XXXV.✓

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O Keel está jogado num canto e Estevan no outro, Mirella não para de chorar olhando para o seu marido. Os seguranças deles estão amarrados próximos do Kendall, sem que possam ajudar.

Um brutamontes me segura bruscamente, eu tento me soltar quando um pano com cheiro muito forte é colocado sobre meu nariz e minha boca, mas tudo que faço é em vão.

Apenas apago com a imagem do Ken desacordado no chão e a testa sangrando.

°

Acordo tonta e com a cabeça doendo feito o inferno. Sinto o chão úmido e muito gelado em baixo do meu corpo e um cheiro horrível. Aqui tudo é escuro, gelado e apavorante.

— Tem alguém aí? Mirella? Mirella? — Pergunto baixo e me desespero quando não há resposta. — Mirella! Cadê você? — Grito andando e passando a mão pela parede procurando alguma coisa que indicasse uma porta, porém o barulho me interrompe. Uma luz forte invade o ambiente assim que a porta grande é aberta, do outro lado da sala. Fecho os olhos sentindo minha cabeça doer mais ainda com a forte luz.

— Você acordou rápido. — Ivan entra sorrindo com mais dois caras atrás deles.

— O que vai fazer, babaca? — Pergunto ríspida e ganho um tapa que me faz cair no chão tamanha a força. O lado do meu rosto queima pela dor.

— Melhor falar direito comigo, vadia! — Ele esbraveja e me puxa pelo cabelo me jogando contra a parede em seguida.

— Merda — sussurro muito baixo, tenho certeza que nenhum deles escutou. Minhas costas doem, assim como meu braço, o mesmo que quebrou da outra vez.

— Quero que fale quem é o delator no meu lado. Sei que tem algum filho da puta ajudando vocês, se não tivesse eu já teria matado o Keel e você muito antes! — Ordena me puxando e erguendo até seu rosto. Seus olhos são azuis mortos, o hálito me enoja.

— Eu não sei. — Ganho outro tapa no mesmo lugar. Caio no chão com o gosto de sangue invadindo minha boca.

— Você sabe sim, sua puta! — Esbravejar abaixando suas calça.

Merda!

— Eu juro! Não sei, que droga! — Grito e ele segura minha cabeça e ordena os outros caras segurarem meus braços, termina de abaixar a cueca e segura seu pênis rente ao meu rosto. Meu estômago embrulha quando seu cheiro chega até mim.

— Você sabe sim, sua desgraçada! — Passa o pau no meu rosto e eu sinto um rastro molhado ficando.

Tenho vontade de vomitar tudo na cara dele.

— Eu não sei — rosno abaixando a cabeça, porém ele a levanta e coloca seu pênis nos meus lábios fechados. Me contorço e tento sair, mas eles são mais fortes. — Eu não sei! — Grito evitando abrir muito a boca e ele ri.

— Puta! Agora vou dar um alô pra sua amiguinha e fazer ela responder algumas perguntinhas, depois vou experimentar a boceta dela já que você não tem a resposta que eu quero. — Meu coração dispara e os homens me soltam. Ivan sai da sala e eles permanecem na porta rindo e olhando pelo corredor.

Limpo meu rosto com raiva, depois abraço-me e me encolho sentindo as lágrimas tentando sair.

— Ele entrou com ela no banheiro — um dos homens fala.

— Daqui a pouco vem os berros — o outro continuam.

— E depois vamos poder usar! — Ouço suas risadas.

— Ei, gordo! — Gritam e eu levanto a cabeça.

— O que foi? — Ouço outra voz.

— Eles já começaram? Por que a puta não tá gritando?

Indecência✓ - Livro 3 da série Corrompidos. Onde histórias criam vida. Descubra agora