II.✓

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Argh! Idiota! — Ouço do outro lado da porta ela gritar por último e sorrio.

Saio daquele corredor e caminho em direção a sala do Ivan, encontro Tyan no caminho.

— Você sabe o que ele quer? — Pergunto caminhando ao seu lado.

— Alguma coisa relacionado aquelas meninas da Flórida. — Olho para ele curioso. — Só sei disso.

°

— Até que enfim vou me livrar delas. Apareceram compradores interessados — Ivan solta alegre.

— Menos bocas pra alimentar — comenta Sylver cutucando o meio do dente com um palito. 

— Como assim? — Thereese pergunta.

— Oras, é simples, vou vendê-las! — Ivan sorri. 

— E pra quem? — Pergunto.

— Não é só um, amigo — diz colocando o braço em cima dos meus ombros. — São vários! Todos interessados nelas. E os exames podem comprovar o que eles querem: pureza e imaculação. Podem encher a cara! Vamos lucrar mais que nunca com elas! — Faz um gesto vitorioso. 

— Quando eles vão vir?

— Bom, semana que vem provavelmente. A Nash já acertou tudo com eles...

— E onde ela está? — O interrompo.

Ivan me olha curioso e responde:

— Ora, ora. Alguém aqui ficou bem interessado, não? — Ri. —Provavelmente ela já chega. Sabe como ela gosta de ser o centro de tudo.

— Falando de mim, querido? — A negra entra na sala e joga sua bolsa em cima do Sylver, que ocupa um sofá, fica só com uma pasta laranja em suas mãos de longas unhas pintadas em um vermelho sangue. — Aqui está toda papelada que precisa. — Chega muito próxima do Ivan fazendo ele ignorar a existência da pasta e puxá-la em sua direção. Ele tenta beijá-la, mas ela vira o rosto sorrindo. — O que precisa está somente nesta pasta, querido — avisa e se afasta dele. — Eles virão no final da próxima semana. 

— Eles quem, afinal? — Josh tira as palavras da minha boca.

— Os irmãos Smith! Quem mais seria?! — Ri. — Eles sempre querem nossas ninfetinhas novatas. São uns tarados nojentos mesmo. Tenho pena dessas coitadas. — Engulo em seco sentindo um gosto amargo na garganta.

— Mas lembre-se que sem elas e sem esses pervertidos você não compraria esse casaco de pele aí — Ivan comenta.

— Eu sei disso, meu bem. Por isso procuro sempre os mais necessitados e que pagam mais por elas. — Joga uma piscadela.

°

Droga, que merda me deu?! Não sei porquê estou fazendo isso.

Continuo andando junto com Thereese, ele para na porta do seu quarto.

— O que você tem com aquelas garotas? — Sou direto. Ele me observa procurando por algo.

— Isso não importa. — Olha para os lados, não há ninguém por ali. Ou estão bêbados ou com alguma garota. Essa é a vantagem de morar em um clube de prostituição: garotas a qualquer momento.

Thereese abre mais a porta me dando passagem.

— Vem.

Entro e ele fecha a porta em seguida.

— Então? Eu saquei que tem algo acontecendo, não sou burro. Agora me diz porquê não quer que as garotas sejam vendidas.

— Só vou falar porque confio em você e sei que também confia em mim. Eu acabei me envolvendo com a Myrcella. — O olho atordoado. — Não. Calma. Não aconteceu nada demais ainda. Mas eu sinto que vai. — Suspira sentando relaxado em uma poltrona vermelha. — Eu... Não sei. Gosto de estar com ela, mas sei que é errado. — Me olha. — Olha a idade da guria, tem 17! Isso seria pedofilia.

Indecência✓ - Livro 3 da série Corrompidos. Onde histórias criam vida. Descubra agora