Depois do que aconteceu naquele quarto de hotel, Kendall e eu nunca mais falamos nada e nem nos tocamos de outra forma. Claro que estamos conversando normalmente, porém quando o clima começa mudar nós procuramos retomar o controle.
Agora estamos em um barco, a moto está ao meu lado. Keel conheceu um homem que sairia da cidade e iria navegar até Cancún, no México. Depois vamos seguir de lá sozinhos. O homem ganhou uma boa comissão por ficar calado e não querer saber sobre nós.
Estou deitada sobre um colchonete olhando o céu todo estrelado, uma brisa gelada me envolve e eu fecho os olhos curtindo o clima. Sinto lábios contra os meus em um selinho gostoso que Ken sempre me da. O encaro e ele está sobre mim sorrindo com seu jeito espertinho.
— O que foi? — Pergunto alcançando seus ombros e o abraçando, ele deita e me deixa por cima. Pega o cobertor e coloca por meus ombros.
— Vim trazer isso, está frio — fala me abraçando.
— Está gostoso. — Dou de ombros apertando o cobertor contra mim.
— Gostoso sou eu. — Reviro os olhos sentando sobre ele novamente.
— Talvez um pouquinho, mas bem pouquinho mesmo. — Ele sorri sentando e me beijando de um jeito calmo, carinhoso.
O abraço com o cobertor, deixando seus braços para dentro, e ele me abraça forte beijando meu rosto e meu pescoço e por fim descansando a cabeça sobre meu ombro. O balançar do barco nas águas me faz fechar os olhos sentindo meu corpo cansado.
Sinto quando ele me pega no colo e depois sou colocada em cima de uma cama, seu corpo me abraça.
— Ela já dormiu? — Alguém pergunta ao fundo.
— Pois é, essa aqui é só encostar que já está dormindo. — Idiota, quase sorrio, mas o sono continua me levando para a escuridão magnífica.
Sinto um beijo na minha testa e outro no meu pescoço, me acomodo contra seu corpo e ainda ouço ele sussurrar no meu ouvido antes de eu dormir:
— Você está fodendo com meu psicológico, garotinha.
°
Acordo morrendo de fome, levanto e vou para o banheiro, lavo meu rosto e escovo os dentes, depois volto para o quartinho onde dormi e coloco uma das jaquetas do Keel, a manhã está muito fria.
— Bom dia. — O homem que ainda não sei o nome sorri quando me vê.
— Bom dia, o café está servido. — Aponta a mesa mais afastada onde Kendall está sentado olhando para o nada.
— Obrigada. — Sorrio e o homem volta a olhar o horizonte navegando com calma.
Sento ao lado do Keel e ele sorri me olhando.
— Bom dia, flor do dia. — Não respondo pois ocupo minha boca com o pedaço de torta que ele segurava. — Isso era meu — resmunga. Sorrio e de boca cheia respondo:
— Era. — Ele faz uma careta e oferece leite de uma garrafa.
— Tem café ali. — Aponta outra garrafa. Coloco ambos os líquidos em um copo e tomo calmamente olhando na direção que o Keel está observando, mas não tem nada além de muita água infinita.
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Indecência✓ - Livro 3 da série Corrompidos.
RomanceLivro III da série Corrompidos, não é necessário ler os livros antigos para entende-lo. Ela atiça Ele provoca Ela odeia Ele gosta Ela foge Ele procura Ela quer Ele precisa Ela anseia Ele busca Ela impede Ele errou Ela não esquece Ele sabe Ela te...