XX.✓

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Jessie me encara e segura minha mão assim que descemos do carro em frente à um grande portão todo lacrado. O policial Cooper está na nossa frente junto com a outra policial, Michelle. Eles que ficaram com as investigações do paradeiro dos caras que escaparam, entre eles o desgraçado do Tyan.

— Aqui vocês estarão em segurança — Cooper fala depois de terminar a conversa com um cara armado no portão.

— Eu acompanho vocês. — Michelle avisa e entramos.

O lugar é como se fosse um condomínio, tem quatro casas de um lado e quatro do outro. Elas são elegantes e bem feitas, o pátio é grande e espaçoso com árvores e flores enfeitando, além de uma fonte no meio e banquinhos delicados pintados em branco espalhados pelo local. Muros enormes e cheios de arames e cercas elétricas estão em volta do lugar, além de vários homens de terno com algumas armas ou bastões nas mãos.

Paramos na frente a penúltima casa, eu ajeito minha mochila e da Jess no ombro e aperto a mão dela de leve. Michelle sorri destrancando a porta.

— Aqui será o novo lar de vocês por enquanto. — Abre a porta e nos da passagem.

A casa é grande, realmente grande demais somente pra Jessie e eu. Uma sala de estar enorme, uma cozinha também grande e a sala de jantar ao lado, subimos as escadas e entramos nos três quartos disponíveis. Todos são suítes. Voltamos para o hall de entrada onde Michelle nos espera sorrindo. O lugar já está todo mobiliado, elegante e sofisticado, as cores são mortas o que deixa tudo pior ao meu ver.

— Gostaram? As casas são todas basicamente assim...

— O que vamos ter que fazer para morarmos aqui? — Jess a interrompe se colocando na minha frente para ficar mais próxima da mulher. Seu braço ainda está engessado e seu corpo contém algumas marcas roxas de pancadas, assim como o corte no seu lábio.

— Bom, isso já foi discutido com o senhor Kendall e está tudo resolvido. — Jess me olha com a testa franzida. — Além de vocês, mais seis das oito casas estão ocupadas. Qualquer problema podem falar com qualquer segurança, ou até mesmo com algum vizinho. Mas tanto meu número, quanto o do Cooper estão anotados ao lado do telefone fixo na sala.

Confirmo e ela se despede indo.

— Como foi esse acordo? Você vai ter que pagar? — Jessie me pergunta quando estamos subindo as escadas.

— Sim, precisamos pagar uma taxa para cobrir os gastos pela segurança, comida, água e luz que gastamos.

— Quanto? — Falo o valor e ela arregala os olhos. — Isso é muita coisa!

— É sim, mas nós temos dinheiro suficiente, Jessie. — Abro a porta do último quarto e entro jogando as mochilas sobre a cama e me sentando em seguida.

— Eu sei, mas... Nada garante que eles vão estar mesmo nos protegendo ou só estão nos extorquindo.

— Não era você que os estava defendendo no hospital aquele dia? — Sorrio e ela revira os olhos.

— Não defendo ninguém, só acho que você devia confiar mais na autoridade. — Da de ombros. — Mas eu não gosto deles.

Deito na cama e respiro fundo.

— Preciso de um banho.

— Precisa mesmo. — Abro os olhos e ela está sorrindo. — E não pense que vai ficar aqui, esse é o melhor quarto e vai ser só meu. — Reviro os olhos.

— Os quartos são iguais, Jessie.

— Diz isso porque não vai ficar com o melhor.

— E qual o problema de eu ficar aqui contigo? — Ela pega sua mochila.

Indecência✓ - Livro 3 da série Corrompidos. Onde histórias criam vida. Descubra agora