Jessie me encara e segura minha mão assim que descemos do carro em frente à um grande portão todo lacrado. O policial Cooper está na nossa frente junto com a outra policial, Michelle. Eles que ficaram com as investigações do paradeiro dos caras que escaparam, entre eles o desgraçado do Tyan.
— Aqui vocês estarão em segurança — Cooper fala depois de terminar a conversa com um cara armado no portão.
— Eu acompanho vocês. — Michelle avisa e entramos.
O lugar é como se fosse um condomínio, tem quatro casas de um lado e quatro do outro. Elas são elegantes e bem feitas, o pátio é grande e espaçoso com árvores e flores enfeitando, além de uma fonte no meio e banquinhos delicados pintados em branco espalhados pelo local. Muros enormes e cheios de arames e cercas elétricas estão em volta do lugar, além de vários homens de terno com algumas armas ou bastões nas mãos.
Paramos na frente a penúltima casa, eu ajeito minha mochila e da Jess no ombro e aperto a mão dela de leve. Michelle sorri destrancando a porta.
— Aqui será o novo lar de vocês por enquanto. — Abre a porta e nos da passagem.
A casa é grande, realmente grande demais somente pra Jessie e eu. Uma sala de estar enorme, uma cozinha também grande e a sala de jantar ao lado, subimos as escadas e entramos nos três quartos disponíveis. Todos são suítes. Voltamos para o hall de entrada onde Michelle nos espera sorrindo. O lugar já está todo mobiliado, elegante e sofisticado, as cores são mortas o que deixa tudo pior ao meu ver.
— Gostaram? As casas são todas basicamente assim...
— O que vamos ter que fazer para morarmos aqui? — Jess a interrompe se colocando na minha frente para ficar mais próxima da mulher. Seu braço ainda está engessado e seu corpo contém algumas marcas roxas de pancadas, assim como o corte no seu lábio.
— Bom, isso já foi discutido com o senhor Kendall e está tudo resolvido. — Jess me olha com a testa franzida. — Além de vocês, mais seis das oito casas estão ocupadas. Qualquer problema podem falar com qualquer segurança, ou até mesmo com algum vizinho. Mas tanto meu número, quanto o do Cooper estão anotados ao lado do telefone fixo na sala.
Confirmo e ela se despede indo.
— Como foi esse acordo? Você vai ter que pagar? — Jessie me pergunta quando estamos subindo as escadas.
— Sim, precisamos pagar uma taxa para cobrir os gastos pela segurança, comida, água e luz que gastamos.
— Quanto? — Falo o valor e ela arregala os olhos. — Isso é muita coisa!
— É sim, mas nós temos dinheiro suficiente, Jessie. — Abro a porta do último quarto e entro jogando as mochilas sobre a cama e me sentando em seguida.
— Eu sei, mas... Nada garante que eles vão estar mesmo nos protegendo ou só estão nos extorquindo.
— Não era você que os estava defendendo no hospital aquele dia? — Sorrio e ela revira os olhos.
— Não defendo ninguém, só acho que você devia confiar mais na autoridade. — Da de ombros. — Mas eu não gosto deles.
Deito na cama e respiro fundo.
— Preciso de um banho.
— Precisa mesmo. — Abro os olhos e ela está sorrindo. — E não pense que vai ficar aqui, esse é o melhor quarto e vai ser só meu. — Reviro os olhos.
— Os quartos são iguais, Jessie.
— Diz isso porque não vai ficar com o melhor.
— E qual o problema de eu ficar aqui contigo? — Ela pega sua mochila.
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Indecência✓ - Livro 3 da série Corrompidos.
RomanceLivro III da série Corrompidos, não é necessário ler os livros antigos para entende-lo. Ela atiça Ele provoca Ela odeia Ele gosta Ela foge Ele procura Ela quer Ele precisa Ela anseia Ele busca Ela impede Ele errou Ela não esquece Ele sabe Ela te...