XXVIII.✓

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Abro a porta do meu quarto e tiro as roupas ficando só com uma boxer, depois me jogo na cama esperando o filho da puta do Carlos desocupar o banheiro. Abro a janela e espero uma brisa que não vem. Maldito lugar quente da porra.

— Anda logo, merda! — Bato na porta do banheiro.

— Ele entrou aí faz horas — Vinícius comenta sentado na cadeira com um cigarro na boca.

— Tá dando aí dentro, caralho? Vem aqui pra fora que eu te como de verdade! — Esmurro a porta outra vez.

O maldito sai me olhando frustrado.

— Meu Deus! E sua paciência? Esqueceu no útero? — Pergunta segurando suas roupas no braço.

— Esqueci no seu rabo ontem à noite — rosno e ele balança a cabeça negativamente, ainda ouço as risadas do Vinícius.

Entro na merda do banheiro e tomo um banho frio, saio enrolado na toalha, pego uma banana da fruteira e volto para meu quarto. Me sento na cama pelado mesmo encarando a imensa janela que tem de frente pra minha cama, como a fruta quando imagens me invadem.

Vejo a Jessie sentada sobre o balcão da pia, quando estávamos ainda sobe proteção. Ela está com uma banana na boca, chupando, lambendo, e eu estou na sua frente. Depois já estamos engatados um no outro numa foda deliciosa.

Porra Keel! Só faz isso pra foder com a merda da sua mente, só pode!

Já faz tanto tempo e mesmo assim não consigo tirar ela da cabeça de jeito nenhum. A diaba fez uma bruxaria, só pode. Tanto pro meu pau quanto pro meu psicológico!

Jogo a casca da fruta pela janela e me deito na cama com o pau duro. Hoje completa dois anos. Duas porras de anos! Por Cristo, por que simplesmente não consegui seguir em frente? Eu fiz aquilo para o bem dela! Devia estar em paz com a decisão. Merda!

Depois que saí do apartamento deixando a Jessie sozinha eu liguei para o Thereese avisar os caras que eu estava saindo de Londres. Só fiz isso pra eles deixarem a cidade e todos que ali moram, como Estevan e sua família, e minha boneca. Os caras não atacaram e nem se aproximaram muito, mas Thereese garantiu, dias depois através de outro telefonema, que eles estavam atrás de mim. Por sorte cheguei ao Brasil sem muitos problemas, consegui inclusive fugir deles depois.

Então por fim parei nesse fim de mundo, numa cidadezinha no interior do nordeste. Fiz um curso sobre eletrotécnica e comecei a trabalhar em uma usina. Divido um apartamento com mais dois caras, Vinícius e Carlos, eles também trabalham comigo e já se habituaram ao meu humor negro contínuo. O salário que ganho é muito bom, consigo manter o ap junto dos caras e ainda sobra muita coisa que vai direto para a minha conta, eu até poderia alugar uma casa só pra mim, mas confesso que seria pior ficar sozinho.

Sem falar no tesão infinito, porra, me acabo nas punhetas porque não consigo comer ninguém. Isso mesmo! Simplesmente não consegui comer mulher nenhuma que já tentei. Sempre broxava ou meu pau nem subia.

Que merda ta acontecendo? Virei velho agora, que não consegue ficar de pau duro?

Não, porque duro ele fica, até demais, mas quando estou com alguma mulher simplesmente se recusa e fazer seu trabalho, como se tivesse vontade própria. Essa só pode ser a sentença que estou pagando desde já por toda merda que já fiz.

Então se eu já estava irritado quando cheguei, imagina depois de dois anos sem foder, estou mais que puto.

°

Sinto lábios me sugando e gemidos me escapam, vejo a Jessie sorrindo com meu caralho na sua boca.

— Isso... Engole tudinho minha cadelinha — gemo e os movimentos aumentam.

Indecência✓ - Livro 3 da série Corrompidos. Onde histórias criam vida. Descubra agora