XL.✓

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O pequenino me olha desconfiado assim que apareço na sala.

— Que foi, carinha? — Ele anda com as patas dianteiras e arrasta as traseiras se aproximando de mim e cheirando a mão que estendi, me encara com as orelhas levantadas, sério. — Não venha com essa agora, ela é sua mãe, mas é minha garota. Tem que dividir e você não pode suprir algumas das necessidades que ela tem — comento o pegando no colo, acomodo sua bundinha envolvida na pequena fralda e suas perninhas. — Ou você quer que aquele tal de Theodoro venha fazer isso no meu lugar? — Como se entendesse, ele rosna baixinho me olhando. — Nem eu, então só fica de boa que eu arrumo uma gatinha pra você. — Ele solta um latido me fazendo rir. — Não literalmente uma gata, rapazinho, você entendeu. — Reviro os olhos e ele solta a respiração pelo nariz com força.

Acaricio seus pelos macios o fazendo se acomodar no meus braços até eu entrar no quarto, Jessie nos espera sentada na cama e sorri quando entramos. Estende as mãos e o Fry se agita ao ver ela, sua expressão é clara de pura felicidade.

— Por que estava resmungando com o tio Ken, neném? — Deito na cama e a puxo pra deitar junto, ela deposita o cachorrinho no meu peito. Ele começa e esfregar o focinho na orelha dela.

— Tio nada, agora sou pai. — Jessie me encara com as sobrancelhas erguidas. — Não é mesmo, carinha? Fala pra ela que combinamos.

— Combinaram? Hunf, fazendo planos pelas minhas costas, Philip Jay Fry? — Franzo a testa e rio alto.

— Fala sério! — Exclamo e ambos me encaram confusos.

— O quê? Estava tentando repreende-lo aqui. — Jessie bufa.

— Esse nome.

— Philip Jay Fry? — Jess repete e eu rio de novo.

— É o nome dele? — Ela cruza os braços sentando ao meu lado na cama ainda sem nada cobrindo seus peitos agora que o lençol escorregou para a cama.

— Sim, algum problema? — Sua voz é severa.

— Jessica, isso é o nome de um personagem de desenho.

— Sim, o Fry de Futurama. Foi uma homenagem a ele que era meu personagem preferido. — Revira os olhos e firma seus braços fazendo seus peito ficarem mais empinados ainda.

— Meu Deus, boneca! Por que não me homenageou? Tipo Kendall Junior? — Levanto as sobrancelhas e ela bufa.

— Primeiro porque ficou ridículo — rio — e segundo que eu te odiava quando encontrei com o Fry. — Meu sorriso some. — Então é claro que eu iria colocar um nome bem distinto de você.

Seguro sua mão e trago até minha boca onde deixo um beijo no seu pulso. Acaricio o pequenino que já está dormindo em cima de mim e o deposito com cuidado ao meu lado.

— Vem dormiu, minha linda — chamo. — E confesso que até gostei do nome. — Ela revira os olhos e sorri. Apaga o abajur e deita me abraçando e colocando a mão por cima do nosso garotinho.

— É um nome lindo — resmunga e se estica, fazendo seus peitos roçarem em mim no caminho, e beija meu pescoço. — Eu te amo um pouquinho — sussurra e meu coração acelera e um sorriso gigante aparece.

— Você me ama um montão que eu sei — provoco e ela morde meu ombro.

— Cachorro.

— Pai do Philip Jay Fry. — Ela ri, mas não deixa de me morder outra vez. — Também te amo, minha boneca — sussurro e beijo sua cabeça.

°

Acordo primeiro que a Jessie, Fry está acordado todo agitado me encarando com as orelhas levantadas.

Indecência✓ - Livro 3 da série Corrompidos. Onde histórias criam vida. Descubra agora