O pequenino me olha desconfiado assim que apareço na sala.
— Que foi, carinha? — Ele anda com as patas dianteiras e arrasta as traseiras se aproximando de mim e cheirando a mão que estendi, me encara com as orelhas levantadas, sério. — Não venha com essa agora, ela é sua mãe, mas é minha garota. Tem que dividir e você não pode suprir algumas das necessidades que ela tem — comento o pegando no colo, acomodo sua bundinha envolvida na pequena fralda e suas perninhas. — Ou você quer que aquele tal de Theodoro venha fazer isso no meu lugar? — Como se entendesse, ele rosna baixinho me olhando. — Nem eu, então só fica de boa que eu arrumo uma gatinha pra você. — Ele solta um latido me fazendo rir. — Não literalmente uma gata, rapazinho, você entendeu. — Reviro os olhos e ele solta a respiração pelo nariz com força.
Acaricio seus pelos macios o fazendo se acomodar no meus braços até eu entrar no quarto, Jessie nos espera sentada na cama e sorri quando entramos. Estende as mãos e o Fry se agita ao ver ela, sua expressão é clara de pura felicidade.
— Por que estava resmungando com o tio Ken, neném? — Deito na cama e a puxo pra deitar junto, ela deposita o cachorrinho no meu peito. Ele começa e esfregar o focinho na orelha dela.
— Tio nada, agora sou pai. — Jessie me encara com as sobrancelhas erguidas. — Não é mesmo, carinha? Fala pra ela que combinamos.
— Combinaram? Hunf, fazendo planos pelas minhas costas, Philip Jay Fry? — Franzo a testa e rio alto.
— Fala sério! — Exclamo e ambos me encaram confusos.
— O quê? Estava tentando repreende-lo aqui. — Jessie bufa.
— Esse nome.
— Philip Jay Fry? — Jess repete e eu rio de novo.
— É o nome dele? — Ela cruza os braços sentando ao meu lado na cama ainda sem nada cobrindo seus peitos agora que o lençol escorregou para a cama.
— Sim, algum problema? — Sua voz é severa.
— Jessica, isso é o nome de um personagem de desenho.
— Sim, o Fry de Futurama. Foi uma homenagem a ele que era meu personagem preferido. — Revira os olhos e firma seus braços fazendo seus peito ficarem mais empinados ainda.
— Meu Deus, boneca! Por que não me homenageou? Tipo Kendall Junior? — Levanto as sobrancelhas e ela bufa.
— Primeiro porque ficou ridículo — rio — e segundo que eu te odiava quando encontrei com o Fry. — Meu sorriso some. — Então é claro que eu iria colocar um nome bem distinto de você.
Seguro sua mão e trago até minha boca onde deixo um beijo no seu pulso. Acaricio o pequenino que já está dormindo em cima de mim e o deposito com cuidado ao meu lado.
— Vem dormiu, minha linda — chamo. — E confesso que até gostei do nome. — Ela revira os olhos e sorri. Apaga o abajur e deita me abraçando e colocando a mão por cima do nosso garotinho.
— É um nome lindo — resmunga e se estica, fazendo seus peitos roçarem em mim no caminho, e beija meu pescoço. — Eu te amo um pouquinho — sussurra e meu coração acelera e um sorriso gigante aparece.
— Você me ama um montão que eu sei — provoco e ela morde meu ombro.
— Cachorro.
— Pai do Philip Jay Fry. — Ela ri, mas não deixa de me morder outra vez. — Também te amo, minha boneca — sussurro e beijo sua cabeça.
°
Acordo primeiro que a Jessie, Fry está acordado todo agitado me encarando com as orelhas levantadas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Indecência✓ - Livro 3 da série Corrompidos.
RomanceLivro III da série Corrompidos, não é necessário ler os livros antigos para entende-lo. Ela atiça Ele provoca Ela odeia Ele gosta Ela foge Ele procura Ela quer Ele precisa Ela anseia Ele busca Ela impede Ele errou Ela não esquece Ele sabe Ela te...