2Almas 1Coração (5/Romance/fantasia)

*Prólogo*

Agatha...

"Para acabar com uma possível guerra o céu e o inferno fizeram um acordo, construíram um livro, onde nele ficariam armazenados poderes tanto do céu como do inferno, até hoje não se sabe o real motivo que levou a isso, mas rumores dizem que ambos os lados queriam o livro para destruir o outro.

Então o livro começou a ser fabricado, muito sangue, enigmas e dor viram do lado das sombras do inferno, mas o amor, paz e sabedoria vieram do lado da luz do céu, o livro ficaria armazenado na terra e seria responsabilidade dos dois lados cuidarem.

No dia em que o livro receberá seus últimos retoques, uma multidão de anjos e demônios o cercava, à frente os líderes comandavam a missão, então o sangue dos demônios foi unido ao dos anjos e as gotas caíram sobre aquele exemplar único e misterioso de capa grossa e marrom como a terra.

Caíram exatamente 5 gotas de sangue de cada lado, o que seria o ideal para a finalização, mas algo deu errado, o livro gritou, todos se assustaram com o barulho e diante de seus olhos viram o livro se transformar em 5 unidades, cada qual uma cor de capa diferente, branco, azul, vermelho, dourado e preto. Mas em questão de segundos uma nuvem de fumaça cinza cobriu todos ao redor.

Os anjos e demônios ficam se encarando quando a fumaça havia abaixado, foi nessa hora que viram que os livros haviam sumido, sem saber ao certo o que fazer, pois ninguém sabia quem havia pegado-os, estão os olhos desses seres se voltaram arregalados para o local onde os livros estavam a alguns segundos atrás e em letras de fogo, surgiu o disser: "na mão de ninguém é seguro ficar, escondido é o seu lugar".

- Agatha, quantas vezes tenho que dizer para não contar essas estórias para Samantha antes dela dormir, ela terá pesadelos.

- Não exagera Josuel, Samantha adora essa estória, não é verdade? – me viro para a garotinha de dois anos, que concorda sorrindo e bate as pequenas asas.

- Mesmo assim, a estória não passa de uma lenda boba, ninguém nunca viu os livros, eu acho que isso nem seja real. – Josuel diz pegando Samantha no colo. – Está na hora de dormir. - A garotinha faz um bico, que não gostou da ideia.

- Mas eu acho que... – me levanto do sofá e sou interrompida pelo barulho da porta, ela abre com força e olhamos assustados para o local. Kaliel aparece com a roupa um pouco suja de terra, a sua espada em uma mão e algo quadrado na outra, ele entra e fecha a porta, nós três nos encaramos até que ele estica o braço e nos mostra um livro de capa branca.

- O que é isso? – Josuel diz olhando para o livro e volta a olhar seu amigo.

- Um livro Josuel. – digo revirando os olhos.

- Não é um simples livro. – Kaliel diz. Olhamos espantados para ele. – É o livro branco, um dos cinco.

- Isso é impossível. – Josuel diz se sentando no sofá com Samantha ainda em seu colo. Eu não consigo me mover, não estou acreditando no que meus olhos estão vendo.

- Eu também não acreditei, ainda mais da forma como o encontrei.

- Como você o encontrou? – pergunto.

- Eu estava andando na floresta e me cansei de voar, quando tropecei em algo e cai, olhei para ver o que era e era o livro.

- Isso é inacreditável e não acredito. – Josuel diz.

- Nem eu acredito, imagina vocês.

- Ele te escolheu. – digo analisando a fase de Kaliel. – Mas porque?

- Também gostaria de saber. – ele diz e folheia o livro. – precisamos escondê-lo, se alguém souber que ele esta aqui, teremos sérios problemas.

- Ouvi rumores que se perguntar o livro responde. – Josuel diz e olhamos para ele sem acreditar muito, ele é o que menos botava fé na história.

- Isso é muito estranho... mas vou tentar. – Kaliel diz. – Como posso escondê-lo?

Então surge escrito na folha em branco: "digas "feche" e ele se transformara em um pingente, digas "abra" e ele abrirá... mas cuidado, ele não abrirá com mais de um humano, isso inclui o que estiver de posse também e mais uma coisa a corrente é encantada, você coloca, você tira, outro não"

Kaliel faz o que o livro diz, e se transforma em um pingente com o formato de um livro, coloca no pescoço e esconde por dentro da camisa.

- Aqui acho que estará seguro... prometam guardar secreto? - ele encara nossos olhos.

- Sim. – dizemos juntos.