Capítulo 33 - Cura para Agatha

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Dorian...

Carrego Agatha até um lugar que considerei seguro, a copa das árvores protegem um pouco do sol, olho para os lados e estamos no pé da montanha de volta, mas como descemos tão rápido? eu não sei, mas me senti um pouco aliviado por já estar aqui em baixo.

- Como seria bom ter um anjo de cura agora. – digo suspirando ao ver Agatha com a respiração pesada, espera... Agatha era um, talvez ela tenha algo na bolsa, abro sua bolsa, sei que não deveria mexer nela, mas é caso de vida ou morte. Encontro uma maleta pequena de remédios, abro e tem vários frascos com nomes esquisitos.

- E agora? – pensa Dorian, passo a mão na nuca e sento a corrente do livro, tenho uma ideia. Abro o livro.

- O corte de Agatha afetou algum órgão?

"não, mas ela perdeu bastante sangue, isso vai atrasar sua recuperação".

- O que eu posso fazer?

"De sangue a ela"

- Não posso colocar sangue de demônio nela, o certo seria sangue de outro anjo.

"Aff... use o frasco vermelho esse com a iniciais SG"

- Para que serve?

"vai aumentar a produção de sangue, cinco gotas devem dar"

- E depois como fecho a ferida, ela esta desmaiada?

"claro que desmaiou, esta fraca.. depois pingue algumas gotas do líquido verde, CISCAT na ferida."

Coloco o livro de lado e faço exatamente o que ele diz. Agatha respira mais devagar, parece que esta só em um sono profundo agora. O sangue para de sair e faço um curativo por cima.

- E agora? – pergunto para o livro, que parece realmente querer ajudar.

"Espere"

Eu queria era ela acordada e bem. Respiro fundo e sinto um vento gelado, olho para os lados e a noite vai cair a poucos minutos, nem tinha reparado o tempo passar. Agatha precisa de um lugar tranqüilo para descansar.

Pego ela nos braços novamente e vôo em sentido a cidade, preciso achar um lugar confortável para ela se recuperar bem.

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O sol já nasceu e Agatha continua dormindo, não preguei o olho um só minuto, ela dorme como uma donzela segura em seu castelo. Me ajeito melhor na poltrona a frente da cama e sinto os primeiros raios de sol entrarem no quarto e se tocarem com a minha pele. Alguns tocam a pele de Agatha e ela parece brilhar como se houvesse muitos pontos de glitter sobre ela.

Tirei o seu uniforme, para se sentir mais confortável e acabei de olhar o ferimento, parece estar um pouco melhor, mas isso levará alguns dias para cicatrizar por completo, afinal foi uma arma de um demônio que atingiu, nesses casos a cicatrização é mais lenta.

Me levanto, estou angustiado, agoniado, aflito, essa espera esta me matando. Olho seu rosto lindo e os fios do cabelo loiro espalhados pelo travesseiro, eles ainda cheiram a canela, como toda a sua pele, sento na ponta da cama e seguro sua mão.

- Me perdoe. – digo baixo e triste. – Eu nunca tive intenção de machucá-la e não tive a oportunidade de dizer o que realmente sinto. – suspiro. – Eu disse, mas não disse eu te amo com todas as letras, queria estar no seu lugar. – fecho os olhos e acaricio sua mão. Ver ela nessa situação é sentir que uma parte de mim esta morrendo ou está morta, como se a cada minuto que passa meu coração diminuísse o ritmo das compassadas.

2Almas 1Coração (5/Romance/fantasia)Onde histórias criam vida. Descubra agora