2Almas 1Coração (5/Romance/fantasia)

Capítulo 27 - Curando as feridas

Dorian...

Mudamos a rota, a cabana onde o livro azul foi encontrado ficava mais perto, pelo menos era o que parecia.

- Agatha deite-se. – Digo a fazendo sentar na cama, ajudo-a a tirar os sapatos, já que as armas eu estava levando, com cuidado ela deita. Paramos várias vezes durante a viagem, Agatha tomou um remédio para dor, isso ajudou a chegarmos mais rápido, mesmo assim já deve passar da meia noite.

Vou até o andar de baixo e volto com uma toalha limpa e um pouco de água morna em uma travessa de cerâmica branca.

- Ai. – Agatha resmunga ao sentir meu toque em seu rosto, está com alguns hematomas no rosto, estômago, pulsos e tornozelos, mas por sorte nada quebrado. Passo o pano com cuidado, tirando o sangue cego de seu rosto.

- Como se sente?

- Parece que passou um trem em cima de mim. – ela diz e sorrimos.

- Ainda bem que foi só um. – digo tirando sarro.

- E como você está? Ele também te bateu. – sua face demonstra preocupação..

- Estou bem na medida do possível. – que não era tudo mentira, mas sentia dor no estômago. – Uma boa noite de sono ajudaria muito.

- Vem. – Agatha diz e move seu corpo para o lado. – Deite.

- Não quer tomar um banho primeiro, eu posso te ajudar.

- Amanhã, estou muito cansada e não vou precisar de ajuda, se consegui voar até aqui, consigo tomar banho sozinha.

- Tem certeza? – pergunto com olhar malicioso.

- Tenho... seu pervertido. – ela diz rindo.

- Não sou tão pervertido assim, eu estava me referindo ao banho. – digo e me inclino sobre ela, repousando um beijo no pescoço. – Mas se quer algo a mais, não precisamos estar no banheiro, certo? – Sussurro em seu ouvido.

- Certo. – ela diz no meu ouvido, me afasto e a olho. – Mas hoje não. – ela completa.

- Não ganho nem um beijinho por ter salvado um anjo?

- Estou pensando no seu caso.

- Enquanto você pensa se eu mereço. – me aproximo de sua boca. – Eu vou aproveitar. – a beijo com cuidado, sei que deve estar com a boca machucada, mas mesmo assim ela retribui o beijo e sinto o gosto do seu sangue.

- Sabia que seu sangue tem um gosto muito bom. – levo um tapa no braço. – O que foi? Eu gosto de sangue. – digo sorrindo de lado e volto a beijá-la antes que ela desista dos meus beijos.

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Agatha...

Aninho-me em seus braços, depois de matar muito a saudades daquela boca, esse demônio me deixa com pensamentos pervertidos.

- Estava com saudades. – digo enquanto desabotôo os botões de sua camisa, revelando aquele abdômen que me deixa sem fôlego. Suas mãos acariciam meu pescoço.

- Também estava. – ele diz e sinto seus lábios tocarem minha testa, ele desce sua mão e sinto elas por dentro de minha camisa. – Acho que você me viciou.

- Eu não. – digo sorrindo, adorando ouvir isso de sua boca. – Acho que foi bem ao contrário.

- Pode até ser.. eu sou bonito mesmo.

- Nada convencido também.- digo ao desabotoar o último botão.

- Só um pouquinho. – ele diz e se lança em cima de mim.

- Eu também tenho esse direito. – ele tira sua camisa, fazendo eu arregalar os olhos.

-Direito do que? – digo fazendo de conta que não entendi.

- Disso. – ele começa a abrir os botões da minha blusa e a cada botão aberto um beijo é depositado em meu corpo, seus beijos são quentes, me causando arrepios. O último beijo para no meu umbigo. Dorian me olha de forma maliciosa e faz menção de abrir o botão da minha calça, mas seguro sua mão.

- Eu só abri os botões da camisa.

- Esse é juros. – e abre o botão depositando um beijo no local. Sinto meu corpo se arrepiar mais ainda.

- Posso? – ele pede autorização para continuar, com as mãos no cós da minha calça.

- Não. – digo de forma fraca, ainda tenho um pouco de juízo. Mas Dorian não me escuta, coisa que não deveria me surpreender e arranca minha calça.

- Dorian. – digo já ofegante, ele se afasta um pouco e beija meus tornozelos.

- Não sabe a raiva que senti quando vi ele te batendo... deveria tê-lo torturado mais.

- Ele teve o que mereceu.

- Achei pouco... não fiz pior por que você estava lá. – ele beija meus tornozelos mais uma vez.

Ele se aproxima dos meus lábios e os beija. – Gosto de você assim... pena que não podemos. – ele me beija de leve.

- Assim como?

- Sem esse uniforme. – ele passa a mão em minha barriga e deita do lado.

- Queria dormir todas as noites com você.. você é tão quente. – Dorian diz e beija meu ombro.

- Então aproveite hoje. – digo e me aproximo dele.

- Estou aproveitando. – ele me abraça e puxa a coberta, nós cobrindo. – Agora acho melhor dormirmos... amanhã tenho assuntos para tratar com você.

- Que assuntos? – o encaro.

- Sobre o livro.

- Mas eu..

- Eu sei que não o encontrou... quero ajudar você. – ele diz e fecha os olhos. Fecho os meus também, mas sei que Dorian esta aprontando algo.