3 - Quer jantar comigo?

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— Parece que sua presença me dá sorte

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— Parece que sua presença me dá sorte. — Summer comentou, sem responder minha pergunta. — Você trouxe a luz para a minha vida! — Fez uma cara típica de mocinha hollywoodiana e riu em seguida. Estava brincando com a situação, fato importante para fazê-la subir em meu conceito. — Podemos começar do zero, okay? Fingindo que nada aconteceu. — Sorriu e apagou a chama da vela, agora inútil, que estava sobre a mesa. Estendeu a mão para que eu apertasse, mas não me mexi. Fiquei encarando sua mão, tentando decidir o que fazer. — Que gorro bonito! Estava prevenido para uma noite fria de verão? — Perguntou-me e franzi o cenho. O que ela estava fazendo? — Acho que o gorro combina com você. Aliás, sou Summer Young, muito prazer!

— O quê? — Eu estava realmente confuso. Perdera alguma parte da conversa?

— É assim que puxo assunto com um desconhecido que desperta meu interesse. — Explicou.

— Sou Ethan Pearce. — Imitei-a, mesmo sem entender qual era a necessidade de começar de novo. — Gostei da cor dos seus olhos. — Comentei, sem jeito, apenas para entrar no clima de Summer. Será que ela fazia mesmo aquilo com todo mundo?

— Bonito nome. — Sorriu, claramente tentando ser educada. — Você já fez o seu pedido?

— Não. Você? — Eu preferia falar pouco.

— Não. Gostaria de se unir a mim para fazer um pedido? — Perguntou, entregando o cardápio para mim. Fiz que sim com a cabeça e acabamos pedindo uma barca. — Você é introvertido, não é?

— Sou. — Admiti com as bochechas ruborizadas.

— Eu entendo completamente. Sou bem tímida! — Confidenciou-me ela, mas não consegui acreditar muito nisso. Summer Young não parecia uma garota tímida.

— Sei. — Balancei a cabeça em descrença.

— É sério! — Protestou ela, sem perder o bom humor.

— Eu não disse nada! — Defendi-me e ela me mostrou sua língua rosada. — Quer me contar um pouco sobre você?

— Sinceramente? Não. Sempre sou a primeira a ter todas as informações reveladas quando conheço uma pessoa nova, então acho melhor começar por você.

— Por mim? Não sou nada interessante!

— Não saberei se não tentar, certo?

— Certo. — Suspirei. Ela era boa na argumentação curta. Seria boa também na argumentação longa e articulada?

— Você não é canadense, como minha cabecinha de Vancouverite aponta. — Disse, acertando em cheio. — Posso adivinhar? 

— Pode tentar. — Dei de ombros. Eu não sairia dali tão cedo, então não via tanto problema em ter uma conversa civilizada.

Olá, SummerOnde histórias criam vida. Descubra agora