Ethan Pearce sente necessidade em procurar a beleza no mundo e embelezá-lo quando considera pertinente. As cores faltam para o jovem artista australiano, provavelmente devido a descrença de seus pais em suas pinturas e por sua constante mudança de p...
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— Vou sentir sua falta! — Ela me abraçou apertado, quase chorando.
— Duvido muito. Você tem muita diversão em sua cidade. — Zombei, apertando-a também. A verdade é que também sentiria muita falta daquela garota animada.
— A minha cidade já foi sua por alguns dias, bobo. — Se afastou e me mostrou a língua.
— Mas não consigo ficar nela agora. Preciso continuar com meus sonhos artísticos. — Fui sincero. Não poderia me distanciar da faculdade numa hora crucial como aquela.
— Entendo. — Suspirou. — Promete me mandar mensagens todos os dias?
— Prometo tentar. — Outra promessa que eu poderia cumprir. — Minha vida é um pouco agitada.
Ainda mais agora.
— Tudo bem. — Olhou nos meus olhos por alguns segundos, mas logo estava me abraçando de novo. — Nossa, eu vou sentir tanto a sua falta!
— Pode me visitar sempre que quiser!
— Não tenho essa grana toda para o avião. — Fez biquinho. Ri novamente.
— Você dá um jeito.
— Você não? — Ela perguntou e eu dei de ombros.
— Peixinho de aquário? — Ouvi a voz de Summer atrás de mim e me afastei de Becky. Viramos para olhar minha linda namorada.
— Vai roubá-lo de mim já agora? — Becky fez cara triste para Summer.
— Você já o teve por bastante tempo. — Summer cruzou os braços, tentando se fazer de brava, mas o sorriso estava lá. — Eu preciso levá-lo, se não nunca conseguiremos chegar a tempo das aulas.
— Imagina que tragédia eu faltar nas minhas primeiras aulas em Vancouver. — Fiz um tom dramático e ri em seguida. Sim, eu me transferi para uma universidade em Vancouver. Sem que fosse obrigado! Foi opção minha! Que evolução, hein? E meus pais sabiam, mesmo que não aprovassem. Não que precisem aprovar, afinal, a vida é minha!
— Você não quer viajar o quanto antes? — Summer perguntou, parecendo não entender muito minha reação.
— Sim! Estou louco para viajar ao seu lado naquele carro apertado e cheio de caixas. — Rimos, sendo seguidos por Rebeca. Ela parecia feliz com nosso relacionamento, mesmo que estivéssemos só começando. — Há um extra nisso tudo, sabia?
— O quê? — Minha namorada parecia não acompanhar minha linha de raciocínio. Coitada!
— Frankie está nos esperando lá.
— Com meu celular! — Completou. — E você precisa mostrar seu talento ao vivo para os professores da faculdade nova, então não podemos bobear.
