O COMEÇO DE UMA VIDA NOVA

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   Ao adentrar a casa percebo o quão sombria ela é. Por fora parece ser uma mansão velha que está caindo aos pedaços, mas por dentro nem parece ser o mesmo lugar. O piso é como o tabuleiro de um jogo de xadrez e tudo é iluminado por velas.

  Continuamos andando até que chegamos à enorme sala de estar. Logo avisto um palhaço que perdeu suas cores sentado em um sofá vermelho sangue. Ele me encara com um sorriso assustador.

   — Quem é essa garota, Jeff?

   O palhaço me olha dos pés a cabeça com um olhar malicioso.

  — Uma de suas vítimas? — Jeff agarra minha mão e o encara.

  — É uma longa história, mas pode ir tirando o cavalinho da chuva, Laughing.

   O palhaço ri como louco.

   Escuto o som de passos e ao olhar para trás percebo várias creepys me encarando curiosamente. Entre elas estão: Jane, Nina the killer, Ticci Toby, Clockwork, Ben Drowned e várias outras. Pelo que vejo é realmente uma grande família.

  — Quem é essa puta, Jeff? — A Jane Vadia pergunta.

  — Se olhou no espelho, foi? — revido.

  — Olha aqui sua...

  — Cala boca, Jane! — Jeff a interrompe.

  — Mas meu amor... — ela começa, se aproximando.

  — Já disse pra não me chamar assim! — Jeff a interrompe novamente.

   Não acredito que tô no meio de uma DR! E ela não deveria odiar ele? Que porra é essa?!

  — Quando vai enfiar nessa tua mente pequena de putinha que eu e você não temos, nunca tivemos e nunca teremos nada? — ele aperta minha mão um pouco mais forte e só agora percebo que ainda estamos de mãos dadas.

  — Nós temos sim! É você que não entende, Jeffrey!

   Agora o bicho pega fogo. Ele a olha como se fosse matá-la e solta minha mão.

  — Não te dei porra de intimidade nenhuma pra me chamar assim! Vê se cala a boca, vadia!

  — Não calo! Não até você aceitar que somos um casal!

  — Nós não somos um casal, sua desgraçada! — Jeff só falta voar em cima dela.

   A discussão persiste e decido me afastar um pouco deles.

  — Eles são sempre assim? — sussurro para mim mesma enquanto os dois idiotas continuam brigando.

  — Sim, eles são. Vai se acostumando. — diz uma voz feminina.

   Me viro e vejo uma garota de cabelos longos e vermelhos. Ela usa um moletom preto e um short curto. Será possível que seja a...

  — Oi, sou Cherry Pau, mas pode me chamar só de Cherry. — sorri — Pelo que vejo você é uma das vítimas do Jeff, não é?

  — Aparentemente eu deveria ser. — rio. — Me chamo Amy.

  — Você deve ser mesmo uma garota muito especial para Slender tê-la poupado da morte.

  — Não diria que sou especial.

  — Que nada! Você é uma de nós agora, isso significa que você é sim muito especial. Seja muito bem-vinda à nossa família!

   Ela me abraça e mesmo surpresa eu retribuo.

Meu Psicopata-Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora