ISSO É AMOR, JACK (ESPECIAL)

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P.O.V Laughing Jack

   Faz um tempão que estou procurando pela Jill, e nada. Flashbacks das nossas noites e das várias vezes que ela disse me amar ficam vindo na minha cabeça, seguidos daquele momento em que ela falou que era o fim. O que foi que eu fiz? Paro um pouco de andar e olho para o sol, que já está se pondo. Pensar no seu sorriso falando que me ama me faz sentir estranho, e quando penso que acabou e na cara que ela fez quando disse isso, sinto muita dor, uma dor que nunca senti antes. Isso é amor? Droga, eu realmente não sei, e fui um filho da puta com ela.

   A verdade, é que ela sempre fez eu me sentir estranho, mas eu não queria admitir pra mim mesmo que gostava dela, então enfiei na minha cabeça que era só desejo sexual. Chamei ela pra transar comigo, totalmente sem compromisso, e, exatamente como imaginei, ela topou sem nem pensar e me deu sua primeira vez. Sou mesmo deplorável, me aproveitei dos sentimentos dela. Eu sabia que ela tava olhando eu e aquela vadia, e ainda assim topei foder antes de matá-la, o quão nojento eu sou? Não tenho o direito de ser perdoado por Jill, não deveria nem olhar mais na cara dela, mas, por alguma razão, não consigo fazer isso. Eu quero ver ela e, pelo menos, pedir perdão, depois vou deixar ela em paz.

   Percebo que me lamentei por tanto tempo que já anoiteceu. Respiro fundo e volto a procurar por ela.

..................

   Procurei por horas, já deve passar de 00:00, e ainda não a encontrei. O que ela deve estar fazendo agora? Continuo andando enquanto penso. As memórias das nossas noites estão bem vívidas em minha mente. Eu não sei dizer exatamente aonde é essa dor nem o porquê, mas pensar nas palavras que ela sempre dizia no final de cada momento parece fazer com que isso piore.

Flashback on

   A cama está uma bagunça, o quarto está com cheiro de sexo por toda parte, a cama bateu tanto da parede que arrancou parte da tinta, nossas roupas estão espalhadas por todo canto. Será que exagerei? Era mesmo a primeira vez dela. Como não podíamos transar em casa, já que não quero que ninguém saiba, matamos um casal de drogados e transamos no quarto deles.

   Sinto Jill me abraçar e a encaro, ela sorri.

  — Foi muito bom, obrigado.

  — Você é louca, não acredito que topou mesmo fazer isso.

  — Sou otimista, Jack, acho que algum dia você também vai me amar. Quem sabe, se eu te der meu corpo e meu coração, com o passar do tempo, seus sentimentos mudem? Não vou perder as esperanças. — seu sorriso se torna fraco e ela desvia o olhar.

   Me perco em seu rosto. Ela é mesmo linda. Será que a machuquei...? E quem se importa? Ela que quis... Mas ainda assim... Droga!

  — Você tá bem? — pergunto, indiferentemente.

   Ela me olha, surpresa.

  — O quê?

  — Você é surda? Perguntei se você tá bem. Acho que eu exagerei, não devia ter ido tão rápido.

   Seus olhos brilham. De repente, ela agarra meu rosto e se aproxima mais, olhando no fundo dos meus olhos.

  — Jack... não me diga que você já sente algo por mim! — pergunta, esperançosa.

  Fico chocado, e travo diante de sua pergunta. Por que, diabos, continua disparando?

   Dou-lhe um olhar duro.

  — Acho que você não conhece a palavra "limite". Eu não sinto absolutamente nada por você. O que a gente tem é só sexo e mais nada, não confunda as coisas. — seus olhos perdem todo o brilho, é como se eu conseguisse ouvir seu coração se partindo completamente. — Agora me solta!

Meu Psicopata-Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora