MÃE

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P.O.V AMY

Sonho on

   Escuto uma voz linda, o canto de uma mulher. Que voz familiar. Abro os olhos lentamente e percebo que estou em uma floresta um tanto sombria.

   Me levanto do chão e começo a andar. O som fica cada vez mais alto. Entro cada vez mais pra dentro da floresta, é como se essa voz me puxasse.

   Finalmente encontro a dona dessa voz. Ao vê-la meu coração dispara e meus olhos se enchem de lágrimas. Ela para de cantar e me olha espantada.

  — A-Amy?! — Seus olhos logo começam a se encher de lágrimas.

   Ela é linda, sua aparência é angelical. Seu olho direito é verde e o esquerdo tão azul quanto o próprio oceano, seus cabelos são cacheados e escuros, sua pele era branca feito a neve e seus lábios bem avermelhados. Tirando a parte dos olhos parece até que estou vendo meu reflexo no espelho.

   Não deu tempo de pensar em mais nada. Sou surpreendida por um abraço apertado.

  — M-Minha filha é você? Achei que tivesse te perdido para sempre. — Ela separa o abraço e enxuga minhas lágrimas que não paravam de rolar. Ainda chorando ela sorrir. — Você está tão linda.

  — Como assim?! — Finalmente reajo.  — Você é a minha mãe? — Pergunto em estado de choque. Ela assente com um sorriso meigo. Se antes eu já estava pra fazer um rio de lágrimas agora eu estou para fazer o oceano. A abraço fortemente e finalmente posso pôr tudo o que guardei por todos esses anos pra fora.

  — Minha filha, você cresceu tanto.

  — Foram 16 anos, mãe. — Separo o abraço com um sorriso.

  — Vejo que você ficou a cara do seu pai. — Ela rir irônica e é nesse momento que eu percebo que me pareço mais com ela do que pensei.

  — Até parece, é como se eu fosse seu espelho. — Ela rir.

  — É, vejo que eu e seu pai fizemos um ótimo trabalho com você. Está super parecida comigo, em outras palavras, você está maravilhosa! — Coro um pouco. — E então, minha filha, quando terei um netinho? — Ela sorrir maliciosa. Esquece o que eu disse sobre ela parecer um anjo, porque de inocente ela não tem nada.

  — Mãe, eu sou muito jovem. Eu e ele não estamos prontos pra isso! — Desvio o olhar e coro. Ela sorrir perversa.

  — Quer dizer que tem mesmo alguém? — Droga. Lembro de Jeff e acabo corando. — Quem é? Ele é bonito? Quantos anos?! — Pergunta animada.

  — Acho que a senhora o conhece. — Pego a faca que Jeff me deu no primeiro dia do meu treinamento e a entrego. Ela analisa atentamente a faca, logo arregala os olhos e me encara espantada.

  — JEFF THE KILLER?!

  — Meio que aconteceu. — Ela sorrir.

  — Fico feliz por vocês, ele é um ótimo partido. — Ela dá uma piscadinha.

  — Mãe! — Ela rir.

  — E o seu irmão? Aposto que ele está maravilhoso! O que estou falando!? é claro que está, ele tem meu sangue! — Ela diz convencida me fazendo rir. Com certeza essa mulher é minha mãe.

  — Preocupado como sempre. — Rimos. Ela me olha e sorrir.

  — Essa foi a floresta em que conheci seu pai. Eu era bem nova e ele tentou me sequestrar, mas ele percebeu que eu não era qualquer criança e resolveu me criar. Com o passar do tempo estabelecemos um laço impossível de ser rompido e nos apaixonamos. Ele deixou sua forma original e tomou posse de uma forma humana, assim nos casamos e tivemos você e seu irmão. — Ela sorrir. — De certa forma você me lembra à ele. Fico muito feliz com isso. — Logo abandona o sorriso como se tivesse lembrado de algo. — Como sou boba! Filha, o que faz aqui? — Finalmente me lembro do meu objetivo. Fico séria e ela me olha preocupada.

  — Mãe, alguma coisa aconteceu comigo, mas não consigo me lembrar de nada. Preciso saber o que eu fiz. — Ela assente sério.

   De repente todo o espaço a nossa volta muda. Agora estamos dentro de uma cabana na floresta. Sinto ela pôr sua mão em meu ombro.

  — Filha, vai ficar tudo bem. — Me conforta de maneira séria. A porta se abre e olho imediatamente dando de cara com uma garota. — A culpa não é sua. — Aquela sou eu? O que eu tô fazendo?

   Eu estava arrastando um garoto desacordado. O amarrei em um cadeira e coloquei uma mordaça em sua boca. Ele acordou desesperado foi e foi aí que começou. Vejo meus cabelos ficaram brancos, meus olhos vermelhos e minha pele super clara. Eu o esfaqueva com gosto mesmo depois de morto.

  — AMY! — Alguém abre a porta, mas não consigo ver quem é, pois logo eu e minha mãe haviamos voltado novamente para a floresta.

   Caio de joelho no chão, chocada com o que acabei de ver.

  — O que foi isso?

  — A maldição.

  — Maldição?

  — Filha, a maior parte do seu sangue vem do seu pai, é como se seu corpo fosse preenchido por 80% do sangue de seu pai e apenas 30% do meu. Você herdou os poderes dele, essa é a maldição. Querida, você precisa aprender a se controlar.

  — Enquanto à Elliot? — Pergunto preocupada.

  — Se acalme, ele possui a porcentagem exata de cada um, 50% do meu e 50% do de seu pai.

  — Entendo.

  — Por favor, meu amor, não se culpe. — Ela me abraça. Dou um sorriso triste e devolvo o abraço.

Ela separa o abraço e me olha sorrindo.

  — Agora tenho que ir, mas não se preocupe. Estarei sempre observando você. — Acaricia meu rosto. — Tome isso, acho que pode te ajudar. — Ela me entrega um belo colar. — Seu pai me deu quando me pediu em casamento e agora é seu. Sempre que se sentir triste, sozinha ou com medo lembre-se que estaremos sempre com você e um dia vamos poder reunir a família de novo. — Reunir a família de novo? Ela sorrir e põe o colar em meu pescoço. — Eu te amo, filha.

  — Também te amo, mãe. — Ela sorrir e me abraça. Um clarão aparece.

sonho off

  — MÃE! — Acordo atordoada.

  — Amy? você está bem? — Ele me olha preocupado.

   Me levanto e corro para abraçá-lo. Lhe dou um beijo quente e cheio de saudade, ele fica surpreso, mas logo retribui. A porta se abre e é Elliot.

  — O que está acontecendo aqui? — Solto Jeff e corro até meu irmão. O abraço com vontade e posso sentir as lágrimas descerem sem parar.

  — A-Amy, o que foi? — Ele separa o abraço e me olha preocupado enxugando minha lágrimas.

  — Um sonho, só um sonho muito bom. — Ele me olha confuso.

  — Tem certeza de que só foi um sonho? — Slender sai de um canto escuro da sala. — Se foi só um sonho o que é isso em seu pescoço? — Vou até um espelho que havia ali e olho, é o colar da minha mãe.

  — Não foi só um sonho, era ela.

  — Ela quem, Amy? — Pergunta Ellio.

  — Nossa mãe, Ellio, Nossa mãe. — Sorrio ainda não acreditando. Meu irmão me olha pasmo com minhas palvras assim como Jeff.

Meu Psicopata-Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora