ERA ELA

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P.O.V AMY

  — Como assim "nossa mãe", Amy? — Ellio pergunta ainda em estado de choque.

  — Foi muito estranho. Eu dormi e então à vi, era ela. — Toco no colar. — Ela me mostrou tudo. — Digo triste. — O que eu fiz foi tão horrível. — Me lamento. Isso dói tanto. Meus dois meninos me olham com pena. Meu irmão me abraça e Jeff não fala nada.

  — Me perdoa, maninha, a culpa é minha. Se eu não tivesse gritado com você por motivo nenhum isso jamais teria acontecido. — Ele se lamenta. Separo o abraço e o olho no fundo dos olhos.

  — A culpa não é sua, você só tava tentando me proteger. — Suspiro. — Mas você tem que entender que eu amo Jeff. Eu também não contava com isso, mas realmente o amo. Por favor não me odeie por isso. — Encaro o chão já imaginando os gritos de ódio que ele vai dar, mas ao invés de fazer qualquer coisa que pudesse me afetar ele afoga as mãos nos meus cabelos me fazendo olhar pra ele. Meu irmão sorrir.

  — Eu jamais poderia odiar você. Fiquei com tanto medo de te perder que achei que ia morrer. — Ele olha sério para Jeff e volta a olhar pra mim. — Quanto à ele prometo que vou tentar me controlar e respeitar o que você sente. — O abraço pegando-o de surpresa.

  — Eu te amo. — Sussurro.

  — Eu também te amo, minha pequena. — Fala carinhoso. Separo o abraço e olho para meu tio.

  — Tio, minha mãe falou algo sobre reunir a família de novo. O senhor sabe o que ela quis dizer? — Pergunto. Mesmo sem face consigo notar o espanto seu espanto.

  — Talvez, mas não dá para ter certeza. Você não viu seu pai, viu? — Nego com a cabeça. — Talvez...

  — "Talvez" o quê, tio? — Pergunta Ellio. Slenderman parece tão emocionado.

  — Talvez o pai de vocês esteja vivo. — Eu, meu irmão e Jeff arregalamos os olhos.

  — E a mãe de vocês talvez, só talvez, também esteja viva.

  — O que está dizendo, Slender? Se esse fosse mesmo o caso eles já teriam vindo atrás dos dois, certo? — Pergunta Jeff.

  — A não ser que algo esteja os impedindo. Pode ter acontecido algo à mãe de vocês, se esse for o caso meu irmão faria de tudo para salvá-la.

  — Está dizendo que nossos pais podem estar vivos? — Elliot pergunta.

  — Talvez, mas não esquente tanto a cabeça com isso, criança, se você se estressar sua irmã ficará ainda mais ansiosa e agora ela precisa descansar. — Meu irmão assente sério.

   Jeff se aproxima e me pega em seus braços. Percebo a raiva no olhar do meu irmão, mas ele não diz nada, realmente está tentando se controlar.

  — Me solta, Jeff! — Reclamo tentando me livrar dele.

  — Vai começar de novo? — Ele suspira. — Te solto quando chegarmos no nosso quarto. — Coro. "Nosso quarto"?

  — Eu já me sinto melhor, posso andar sozinha. — Digo meio sem jeito.

  — Mas eu quero te levar até lá e não aceito "não" como resposta. — Simplesmente me calo e ele sorrir. — Nós estamos indo. Tchau, Slender. — Ele sorrir pro meu irmão e automaticamente percebo que ele vai fazer alguma provocação. — Tchau, cunhadinho.

  — Jeff! — O repreendo. — Não provoca!

  — Tá, desculpa. — Ele rir. — Um bom dia pra vocês. — Saímos do quarto. "Bom dia"? Olho para a grande janela no corredor e percebo que já está amanhecendo. Eu dormi bastante mesmo.

   Jeff abre a porta do quarto, entra e a fecha. Ele me coloca com todo o cuidado do mundo sob a cama. O olho como uma boba apaixonada e ele rir enquanto se senta na cama.

  — O que há com esse olhar?

  — Que olhar? Você é muito bobo. — Ele rir.

  — E você é muito fofa e cabeça dura ao mesmo tempo. — Ele rir. — Todos estão muito preocupados com você, especialmente a Cherry, Clock e Sally. — Sorriu fraco.

  — Preciso ver todo mundo.

  — Mais tarde, agora o que você precisa é descansar. Como se sente?

  — Não sei, é muita coisa pra pensar. Eu fiz algo tão errado, mas estou tentando ao máximo não me culpar tanto. — Ele sorrir.

  — Boa garota.

  — Quanto à possibilidade dos meus pais estarem vivos eu quero pensar nisso mais tarde, não me sinto muito bem. — Digo e ponho a mão na barriga.

  — Fisicamente? — Concordo com a cabeça. — O que você tá sentindo?

  — Enjoo, náusea e muita dor de cabeça provavelmente por causa de tanta notícia de uma vez ou por eu ter dormido tanto. — Ele sorrir fraco.

  — É. — Concorda meio pra baixo.

  — O que foi?

  — Nada.

  — Fala. — Ele me olha mantendo seu sorriso fraco.

  — Quando Slender nos perguntou se queríamos que ele fizesse algo pra que você não engravidasse você não disse nada. O que você acha?

  — Quer aceitar a "oferta" dele?

  — Não! — Ele diz desesperado. Sorrio.

  — Então, é assim que eu me sinto. Quero ter uma família com você, Jeff. Eu quero esperar um pouco, mas se viesse um bebê agora com certeza eu o aceitaria de bom grado. — Olho pra ele com carinho e acaricio minha barriga. — Afinal de contas seria o fruto do nosso amor. — Ele sorrir.

  — Acho que você seria uma mãe incrível.

  — E você daria pro gasto como pai. — Rimos. — Você seria um ótimo pai. — Ele sorrir.

  — Eu quero muito uma família com você.
 
  — Menino ou menina?

  — Não importa, mas acho que se for menina vamos ter um problema.

  — Problema?

  — Sim, quando ela quiser namorar. — Faz uma cara de raiva ao pensar na possibilidade. Não aguento e quase morro de tanto rir.

  — Deixa a menina! Nem nasceu ainda e você já tá pensando nisso?

  — Claro, garotos são muito idiotas não vou deixar se aproveitarem da minha garotinha.

  — Mas você é um garoto.

  — Isso não importa. — Rimos. — E o nome?

  — Você tá mesmo bem apressadinho, né?

  — Claro, não vejo a hora de ter dois pestinhas nos impedindo de transar. — Diz irônico e me beija.

  — Dois?

  — É, eu quero no mínimo dois.

  — Tá, e não importa o que eu quero?— Ele beija minha testa e volta a me olhar no fundo dos olhos.

  — Claro que importa, mas acho que consigo te convencer.

  — Talvez. — Ele rir.

  — Okay, mas agora você precisa descansar. — Ele se levanta. Fecho a cara o fazendo rir ainda mais. — O que foi agora?

  — Fica. — Peço envergonhada. É notável a surpresa dele.

  — Nós realmente evoluímos muito na nossa relação. — Ele sorrir e se deita ao meu lado me abraçando. — Isso é um problema.

  — O quê?

  — É tão excitante ficar assim com você.

  — Nem pense!

  — Eu sei, eu sei. — Ele rir e me aperta mais contra ele. — Prometo me controlar, você ainda não tá bem. Agora só relaxe. — Sorrio e o abraço também.

   Adormecemos naquela posição mesmo. É tão bom ficar assim com ele.

Meu Psicopata-Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora