FAZENDO AS PAZES (PARTE 1)

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P.O.V Amy

  — Deveria aprender a bater antes de entrar, cunhadinho. — Meu irmão diz em um tom sarcástico e sério.

   Elliot se afasta de mim e se senta para encarar Jeff melhor, faço o mesmo. Universo, por que fez isso? Não quero presenciar um assassinato desses.

  — O que pensa que tá fazendo com ela?

  — Bem, antes de você aparecer eu estava tentando deixar algumas coisas claras.

  — Seu...

  — Shh... Não vê que ela acabou de acordar? Acho que ver a gente brigar não vai fazer bem a ela.  — O provoca.

   Jeff me encara preocupado e começa a se aproximar mais de nós. Ele para na minha frente e se ajoelha, depositando um beijo na minha testa. Vejo o ódio estampado no rosto do meu irmão. Jeff então se levanta e me oferece sua mão.

  — Vamos sair daqui, senhorita. Tem coisas que preciso te dizer e te implorar. — Olho para meu irmão, que me encara de cara fechada, e com certo receio aceito a mão do meu namorado, que logo sorrir.

   Me levanto e sou surpreendida por Jeff, que não perde tempo e me toma em seus braços, me carregando.

  — O que você pensa que... ?

  — Você não pode fazer esforço. A culpa disso tudo é minha. — Diz me olhando nos olhos e se vira comigo em seus braços, andando até a porta, pronto para nos tirar dali. Ele parece tão sério.

   De repente ele para e se vira para o meu irmão. Por que isso tá acontecendo comigo? É algum tipo de castigo, só pode. Os dois ficam se olhando como se a qualquer momento fossem partir pra cima um do outro.

  — Não vou brigar com você, me recuso a descer tamanho nível. — Diz Jeff. Elliot deixa escapar uma expressão de espanto, que logo se torna uma expressão de puro ódio novamente. Droga, Jeff! Quer piorar tudo ou o quê? — Quero que você saiba que nem você, nem ninguém, vai ficar entre nós. — Elliot desvia o olhar por um segundo e Jeff sorrir. — Então você já sabe, não é? Está na hora de desistir, cunhado, mas realmente não pensei que desceria tanto ao ponto de se aproveitar da fraqueza da sua própria irmã.

   Em um milésimo de segundo, Elliot se levanta.

  — Seu...

  — Shh... Não faz muito tempo que ela acordou, né? Acho que nos ver brigar não lhe faria bem, concorda? — O Killer debocha, fazendo meu irmão cerrar os punhos. — Sabe o que eu e sua tão amada irmãzinha vamos fazer agora? Aqui vai uma dica: começa com "fo", termina com "der", e daqui a nove meses você pode ter uma surpresa muito fofa e bochechuda, porque eu não brinco em serviço e ela sabe bem disso. — Coro, totalmente sem reação.

   Jeff se vira e nos tira dali, deixando meu irmão ardendo em ódio sozinho.

   A cada passo, sinto meu coração disparar. Logo ele para em frente a porta e a abre.

   Adentramos o quarto. Ele me coloca sentada sobre a cama e se ajoelha no chão.

  — Não acredito que disse aquilo! — Digo brava. Ele cora e desvia o olhar.

  — Me... desculpa. — Diz hesitante. Ele disse isso mesmo?! Não aguento, acabo gargalhando. — O que é tão engraçado? Estou abrindo mão do meu orgulho por você, sabia? — Diz bravo e corado, me fazendo rir ainda mais.

  — Desculpa, eu não aguento! — Sinto minha barriga doer de tanto rir. — Não precisa ficar bravo e nem se desculpar. É que foi muito engraçado ver a cara do meu irmão quando você disse aquilo.

Meu Psicopata-Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora