ISSO SÓ PODE SER UM PESADELO

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P.O.V Amy
  
  Sinto alguém tocar meu rosto suavemente e começo a abrir os olhos lentamente, assim, dando de cara com  meu amado psicopata que me encara com um sorriso meigo.

  — Desculpe, te acordei? — Pergunta sorrindo. Sorrio e me sento sobre a cama, só agora percebo que não estou mais no escritório de Slender e sim no quarto de Jeff.

  — Não, ainda estou dormindo, não está vendo? — Digo irônicamente e ele rir.

  — É, vejo que já está melhor. — Ele rir e eu jogo o travesseiro com força nele.

  — Tá bom, agora é sério, quanto tempo eu dormir? O que aconteceu? A última coisa de que me lembro é um menino loiro e depois só um borrão vermelho. — Pergunto confusa com a mão na cabeça. — Quando tento me lembrar do que aconteceu minha cabeça dói muito. — Olho para Jeff que me encara seriamente. Nunca o vi tão sério assim.

  — Você está dormindo desde ontem e respondendo sua pergunta acho melhor Slender te contar, ele vai saber explicar melhor do que eu e quando precisar de conforto eu vou estar aqui. — Se levanta da cama. Tento me levantar também, mas sinto uma forte tontura e caio novamente no travesseiro. — Ei! Vai com calma, você ainda não tá totalmente recuperada. Se quiser podemos ir falar com ele mais tarde. — Sugere preocupado.

  — Não, eu consigo. — Me levanto. A tontura volta e perco o equilibrio, mas antes que eu possa dar de cara no chão Jeff me segura.

  — Tudo bem então, mas eu te carrego. Você provavelmente vai desmaiar antes de chegar na porta se andar sozinha. — Ele me pega em seus braços. Eu adoraria reclamar disso, mas como posso se eu tô gostando?

   Chegamos à sala do meu tio. Jeff tranca a porta e me coloca sentada no sofá.

  — Vai ficar tudo bem, fique calma. —  Jeff sussurra em meu ouvido e posso sentir o olhar de ódio do meu irmão. Como assim? De repente uma lágrima escorre de meus olhos, coloco minha mão delicadamente em meu rosto e um pouco estasiada sinto as lágrimas descerem sem parar. Estou sem expressão alguma, estou confusa. No fundo eu sei que fiz algo horrível, eu sinto isso mesmo que eu não consiga lembrar.

   Jeff me encara serenamente, mas percebo que no fundo de seus olhos havia algo de diferente como um sentimento de tristeza e culpa.

  — Amy, minha querida. — Slender me chama voz de Slender e volto minha atenção à ele. — Você se lembra de alguma coisa? — Tento me lembrar novamente, mas tudo o que consigo é uma dor de cabeça e mais uma tentativa falha.

  — Sinto muito, não consigo me lembrar de nada. A última coisa de que me lembro é um garoto loiro e depois só um borrão vermelho. — Digo ainda tentando me lembrar. Não ligo se minha cabeça está doendo a única coisa para qual ligo é o que realmente o que realmente aconteceu lá.

  — Eu posso te fazer lembrar, mas para isso... Você tem certeza de que quer lembrar? — Assinto. — Tudo bem, preciso que você tenha a mente aberta para isso. A única coisa que você realmente precisa saber é que a culpa não foi sua. — Assunto novamente. — Certo, deite-se no sofá, por favor. — Me deito. — Tente relaxar ao máximo, feche os olhos e tente lembrar do que aconteceu, se concentre somente nesses pensamentos. — Assim faço. Fecho meus olhos e me concentro, tento ir até o fundo dos meus pensamentos. — Jeff, você sabe o que tem que fazer.

  — Sim, Eu sei. — Responde Jeff. Logo sinto seus lábios contra os meus em um beijo calmo que me deixa ainda mais relaxada. Começo a me sentir exausta e sinto Jeff desgrudar seus lábios dos meus calmamente, ele sussurra um "Não se culpe". Acabo caindo em sono profundo.

P.O.V Jeff

   Amy logo cai em sono profundo. Não sei o que pensar, em breve ela vai acordar e sei que irá se sentir culpada pelo que aconteceu.

   Vocês devem estar pensando em porquê ela se importaria com isso já que ela mesma decidiu que queria se tornar uma assassina. Na verdade a resposta é bem simples: Ser um Killer significa sempre ter consciência do que está fazendo, consciência de que você está acabando com a vida de alguém que talvez nem mereça e que está destruindo famílias com isso.

   Quando Amy acordar e se lembrar de como foi insana quando desmembrou aquele garoto ela com certeza vai se culpar, vai ser o momento em que sua ficha vai cair e ela finalmente vai abrir os olhos de verdade.

   Ser um Serial Killer exige autocontrole sobre as emoções. Na verdade um creepypasta se apaixonar, ainda mais por quem deveria ser sua vítima, é algo bem raro, por isso pensei que comigo seria impossível, mas como podem ver eu estava completamente enganado. Não sei o que faria se a perdesse. Desde a primeira vez que nos encontramos eu soube que Amy seria o meu ponto fraco.

    Olho para o babaca que me encara com ódio. Dou um sorriso vitorioso para ele que serra os punhos em resposta.

  — Agora está nas mãos dela. — Diz Slender fazendo minha atenção voltar à Amy. — Ela é forte, ficará bem. — A olho com carinho e preocupação. Senhorita, não precisa se culpar por nada. Sei que tenho que estar preparado para confortá-la e eu não sou muito bom em confortar pessoas, afinal de contas sou um assassino psicopata, um doentio, mas também sou um bobo apaixonado. Rio dos meus pensamentos.

  — Amy. — O babaca sussurra preocupado e, ao que parece, sentindo o peso da culpa.

  — Isso pode demorar um pouco, Jeff. — Alerta Slender sabendo como sou impaciente. Sorrio.

  — Não se preocupe, Slender, eu vou esperar. — Digo com um sorriso bobo.

   A porta bate fortemente e percebo que o idiota saiu. Dou um sorriso vitorioso e volto a olhar seriamente para minha killer que está maravilhosa como sempre, sua expressão serena, suas bochechas coradas, seus lábios avermelhados e seus cabelos espalhados pelo travesseiro. — Tão perfeita. — Me aproximo. — Você é forte. — Sussurro delicadamente em seu ouvido. Vou até a poltrona ao seu lado. Já escureceu, a lua brilha intensamente. — É, vai ser uma longa noite. — Suspiro e me sento.

  — Acho que vou sequestrar algumas crianças, já tem tempo que não faço isso. — Slender vai até a porta. — Me mantenha informado! — Afirmo e volto minha atenção à ela. As vezes me sinto culpado, é como se eu tivesse metido você nisso.

Meu Psicopata-Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora