MALDIÇÃO

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P.O.V Jeff

   Escuto gritos vindos de lá de cima. Se ele fizer algo à ela eu meto um soco naquela cara perfeita de paspalho dele.

  — TALVEZ EU O ODEIE OU TALVEZ ODEIE AMAR ELE! — Ouço a voz de Amy. Não demora muito e ela desce as escadas correndo até a porta.

  — ESPERA, AMY! DESCULPA! — Elliot grita e desce as escadas correndo atrás dela que bate a porta com força e sai sem rumo pela floresta.

  — O que aconteceu? — Pergunto cerrando os punhos me controlando pra não meter um soco nele. O cretino me encara com um olhar de ódio e nojo.

  — Não te interessa!

  — Agora não é hora! Por que minha sobrinha saiu correndo daquele jeito? Elliot, o que você fez com a sua irmã? — Slender se levanta já sem paciência. O filho da minha sogra finalmente se dar por vencido e acaba corando um pouco.

   — Discutimos! — Confessa corado. — Tenho medo do que ela possa fazer nesse estado. — Olha preocupado para Slender.

  —  Eu vou atrás dela! Vocês dois vêm comigo! — Digo friamente.

  —  E quem disse que você dá as ordens?

  —  Você acha que temos tempo pra discutir isso? Pra começo de conversa a culpa é sua. —  Ele cala a boca.

............

   Estamos andando à horas e nada da minha querida Killer. Antes que eu possa perder a esperança escuto um grito.

   Corremos em direção aos gritos e logo percebo que eles estão vindo de dentro de uma das minhas cabanas. Entramos e damos de cara com a garota. Quem é essa? Meus olhos se arregalam ao perceber que é Amy, ela me olha espantada e confusa. Seus olhos estão em um vermelhos intenso, sua pele mais clara e seu cabelo mais longo e branco.

  —  AMY! —  Grito. Ela parece acordar de um transe. Olha para suas mãos ensanguentadas e as coloca em seu peito com força. Percebo que ela vai desmaiar e a pego antes que ela caía no chão.  — Amy. —  A olho não acreditando na cena.

   Sua aparência começa a voltar ao normal. Olho para o corpo que parece ser de um garoto, no entanto não dá pra ter certeza já que está completamente deformado.

  —  Slender, o que aconteceu? — Ele fica paralisado. Nunca o vi desse jeito.

  — Será que... ? Não, não seria possível, mas talvez...

  —  O que seria impossível, Slenderman.

  —  Jeff, Precisamos levar Amy imediatamente para a mansão, preciso ter certeza antes de afirmar algo. — Confuso, faço o que ele pede.

............

  Ao chegar na mansão à colocamos deitada em um sofá no escritório de Slender. Ele analisa cuidadosamente.

  — Como eu imaginava. — Conclui Slender.

  — O quê? Ela está bem? — Pergunto.

  — Não, infelizmente.

  — Como assim? — Me preocupo.

  — Slender, Isso tem alguma coisa haver com a maldição? — O imbecil finalmente abre a boca, mesmo estando sério percebo preocupação em seu olhar.

  — Receio que sim, Elliot.

  — Mas pensei que isso seria impossivel! — Diz espantado.

  — É, eu também. — Slender se lamenta.

  — Do que vocês estão falando? — Pergunto preocupado.

  — Jeff, você sabe que nossa família não tem só sangue humano. Não somos como a maioria de vocês que só se envolveram com seres sobrenaturais. Existe uma maldição em nossa família, mas não esperava que Amy a herdaria. — Explica Slender.

  — Que tipo de maldição. — Pergunto sério.

  — É uma maldição eterna, se ela não aprender a se controlar Irá morrer. — Pronuncia Elliot. — Essa maldição está na família há séculos, mas nunca pensamos que era real. Acho que isso aconteceu por causa do sangue que corre em suas veias: O sangue humano e o sangue creepy. Talvez ela esteja perdendo o controle e o sangue creepy esteja a tomando totalmente de pouquinho em pouquinho. Ela pode acabar fazendo uma chacina. — Ele explica.

  — O que tem de tão ruim nisso? Já somos assassinos. — Pergunto.

  — Nossa família é sobrenatural, Jeff. Se ela perder o controle e fizer uma chacina nesse estado ela vai se matando aos poucos. — Explica Slender.

  — J-Jeff, Elliot, Tio. — Escuto a voz falha de Amy.

  — Shhhh... — A beijo com calma. — Não diga nada, apenas descanse. — Ela sorrir.

  — Eu te amo. — Diz ainda com a voz falha. Sorrio.

  — Eu também te amo muito, senhorita. — Ela sorrir e o imbecil sai do quarto batendo a porta com força e assustando a minha Killer. — Calma, não se preocupe ele vai ficar bem. — Beijo sua testa. — Agora descanse. Slender vai te trazer um cobertor. — Ela acente e se vira voltando a dormir.

   Saio do escritório e dou de cara com meu querido cunhadinho encostado na parede me encarando.

  — O que você quer? — Pergunto sem dar importância.

  — Só quero deixar algo claro. — Ele se aproxima. — Não vou desistir da minha irmã, a farei se apaixonar por mim. — Ele diz seriamente. Sorrio e começo a rir.

  — Então eu tava certo? Incesto é uma coisa muito feia, Elliot. — Ele me fuzila com o olhar. Sorrio. — Isso me parece um jogo.

  — Isso É um jogo.

  — Eu adoro jogos

  — Então esse será o nosso joguinho. — Ele diz seriamente e estende a mão esitatemente aperto sua mão. — Quem ela escolher ganha e o perdedor não vai poder fazer nada para impedir.

  — Trato feito. — Digo seriamente. Eu sei que eu não deveria fazer isso, Amy não é um brinquedo muito menos um jogo, mas assim ele vai nos deixar em paz. Perder não é uma opção, não vou deixar que ninguém a toque.

Meu Psicopata-Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora