MOMENTO UM POUCO MAIS QUE FRATERNO

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{AVISO: Este capítulo contém incesto leve}

P.O.V Amy

  Abra os olhos, meu amor. Ainda não chegou sua hora. — Sinto o toque delicado de alguém pairar calmamente sobre minhas pálpebras. Essa voz, esse toque... É a minha mãe, não é?

   Abro meus olhos calmamente, pisco algumas vezes até me acostumar com a luz. Este não é meu quarto. O que aconteceu? Por que estou no quarto do meu irmão? De repente flashs de memória passam em minha mente. É mesmo, eu tive uma briga com Jeff. Suspiro.

   Tento me mexer, mas sinto alguém segurando minha mão. É meu irmão. Ele está sentado no chão, dormindo com a cabeça apoiada na cama enquanto a segura firmemente. Deve estar sonhando ou tendo um pesadelo.

  Sorrio e passo minha mão livre em seus cabelos, o despertando.

  — Desculpe, não queria te acordar. — Sorrio.

  Ao me ver seus olhos se arregalam. Antes que me desse conta sou surpreendida por um abraço.

  — Idiota, não tem problema, você me salvou de um pesadelo horrível. — Retribuo o abraço.

  — Então eu estava certa? Estava tendo um pesadelo. — Digo em um tom de tristeza e ele separa o abraço olhando em meus olhos.

  — Nada disso foi culpa sua, Amy. — Ele acaricia meu rosto.

  — Claro que foi, se eu não tivesse me aproximado de Liu, como todos vocês mandaram eu fazer, isso nunca teria acontecido.

  — Mas se você se aproximou mesmo assim teve um bom motivo, certo? — Me espanto com suas palavras e volto a encará-lo nos olhos, ele sorrir com minha reação. — Você sempre foi teimosa, mas costumava me dar ouvidos. Com certeza teve um bom motivo e eu confio em você.

  — Mas por eu ter me aproximado dele isso aconteceu.

  — Isso não foi nada. Acho que subestimamos você. A culpa na verdade é nossa por tentar controlar uma garota tão obstinada. Você é forte, Amy.

  — Isso não é verdade.

  — Claro que é! — Ele olha no fundo dos olhos e se aproxima mais. — E não é por essa coisa, essa maldição dentro de você. Você sempre foi forte, isso é algo da sua personalidade. — Ao perceber que está muito perto ele se afasta e desvia o olhar. — Vou avisar ao Jeff e aos outros que você acordou. — Ele tenta se levantar, mas o impeço puxando-o.

  — Espera, por favor! — Solto seu pulso. — Não quero que eles saibam que eu acordei ainda.

  — Mas eles estão preocupados, Amy.

  — Eu sei, mas não acho que eu esteja pronta pra ver mais alguém além de você agora. — Ele sorrir.

  — Tudo bem então, mas não vou te acobertar pra sempre e vou contar ao nosso tio, mesmo que provavelmente ele já saiba.

  — Certo. 

  — Chega pra lá!

  — O quê? Por que?

  — Porque quero deitar com você, é claro.

  — Tá. — Me afasto um pouco e ele se deita ao meu lado, soltando um longo suspiro cansado.

   — Ainda não conversamos sobre aquilo, Amy.

  — Aquilo? Aquilo o quê?

  — Nossos pais e a possibilidade deles estarem vivos. — O olho um tanto chocada, já que não achei que ele quisesse falar sobre isso até nosso tio descobrir mais. — Não podemos mais fingir que isso não está acontecendo.

  — É.

  — A possibilidade é bem baixa, eu diria que de 5% ou menos.

  — É. — Digo cabisbaixa. Logo meu irmão me envolve em seus braços, confortando meu coração.

  — Mas ainda é uma chance. Não quero que se encha de esperanças e acabe se frustrando, porém é o meu lado racional falando, meu coração me diz que precisamos crer nessa pequena chance de voltarmos a ser uma família.

  — Eu vou acreditar nessa chance, Ellio. — Digo Convicta, e ele rir.

  — É a segunda vez que me chama assim em tanto tempo, eu gosto.

  — Vou passar a te chamar mais assim então. — Sorrio para ele que logo retribui.

   Nos encaramos em um clima confortável, até que ele começa a se aproximar mais e mais.

  — Me desculpa, não sei mais quanto eu posso aguentar. — Ele diz com seu rosto próximo ao meu.

  — Aguentar? Como assim? — Ele coloca o dedo indicador sobre meus lábios, pedindo silêncio, e volta a se aproximar. O que eu faço? Isso é tão errado.

   Fecho os olhos sem saber o que fazer, mas ciente do que ele quer.

   Universo, por favor, me ajuda! A porta se abre bruscamente revelando Jeff, que estava calmo até ver a cena. Meu irmão sorrir, o provocando. Não era bem isso que eu queria, universo.

  — O que você pensa que tá fazendo com ela? — Os olhos de Jeff ardem em chamas de puro ódio, e posso prever um assassinato.
 

  

   Mil desculpas por um capítulo tão curto, gente. O próximo será mais longo, não se preocupem! Mas e agora? Será que o bicho vai pegar fogo?
Kkkkkkk
(。•̀ᴗ-)✧

Meu Psicopata-Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora