61- Novas roupas...

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Wow, espera o quê? Eu não me acredito que ele quer dar um tempo… Será que ele não sabe que ele é a razão do meu sorriso, da minha gargalhada, a razão de eu ter as forças necessárias para ajudar as minhas melhores amigas? Não, ele não me pode deixar, nem que seja só por um tempo, se ele mo está a pedir ou é porque já não gosta de mim, ou porque eu fiz alguma coisa… De qualquer das maneiras, nenhuma das opções me agrada porque eu sei que ele consegue arranjar quem ele quiser e assim ele vai-se esquecer de mim, facilmente.

Lígia: O quê? Porquê?- estou tão baralhada, porquê agora, no autocarro e não num sítio mais privado? Provavelmente, porque ele sabe que se estivéssemos a sós, eu iria fazer uma birra para que ele não me deixasse e já que estamos à beira de tanta gente eu obviamente, não vou fazer isso.

Pedro: Porque, ultimamente, não me tens andado a dar atenção nenhuma, eu sinto que já não sentes o mesmo por mim e que a nossa relação já não é a mesma… Tu passas o teu tempo a tentar consolá-las e esqueces de dar atenção ati própria e até a mim.- disse num tom triste, que me partiu o coração. Eu nunca pensei que ele se sentisse desta maneira, apesar de eu sentir o mesmo. Não, eu não vou deixá-lo afastar-se mim, não agora que eu preciso tanto dele.

Lígia: Sim, é verdade, eu já não te dou tanta atenção, mas eu continuo a amar-te, tu és aquele que me põe um sorriso na cara, a razão de eu viver. És aquela pessoa em que eu penso quando me deito e quando acordo. És aquela pessoa por quem eu tento estar sempre bem, és o meu suporte. Como é que achas que eu vou ficar se tu me deixares?- perguntei e senti os meus olhos encherem-se de lágrimas, mas não Lígia tu não vais chorar à frente de toda a gente…

Pedro: Desculpa mas neste momento eu não me sinto bem em relação a tu estares constantemente com elas e não comigo. Se estou a ser egoísta? Sim estou, estou a ser o maior parvo do mundo, mas não me podes culpar por me sentir desta maneira. Já não me beijas, já quase que não me falas, nós nem sequer temos trocado carinhos um com o outro. Eu sinto que te estás afastar e que até as tuas amigas estarem bem que nós não devíamos de estar juntos. Por isso é que te estou a pedir um tempo e não a acabar com a nossa relação.

Lígia: Espera lá, isto não pode ser assim, se é carinho que precisas é isso que eu te vou dar. Receber mais atenção, não é problema, eu vou esforçar-me para ta dar. Beijos, eu vou-tos dar quando quiseres, onde quiseres. Apenas não me deixes, não agora.- supliquei, e deixei cair uma lágrima, que logo limpei com as costas da minha mão. Não posso ser fraca, não à frente dele, não agora, tenho que me manter firme e pensar em maneiras de não o deixar escapar por entre os meus dedos.

Pedro: Esquece, eu não vou mudar de ideias, por mais razões que me dês para o fazer. Durante um tempo, vais dedicar o teu tempo às tuas amigas e quando estiveres realmente pronta para me prestares atenção eu vou estar aqui. Eu não quero que duvides que eu te amo, porque eu Amo… Agora pára de chorar, porque estás a partir-me o coração.- pediu-me e eu não consegui deixar de reparar no seu olhar destroçado.

Lígia: Ok, se é isso que queres…- disse sabendo que não podia fazer mais nada para fazê-lo mudar de ideias.

Passado alguns minutos quando já tinha parado de soluçar, chegámos ao Parque das Nações. Está decido, hoje vou fazer com que elas se animem, elas não podem continuar assim. Se eu pensar bem, eu a Vitória não temos andado a fazer isto bem. Temos andado a consola-las, a ter pena delas e não a puxá-las para cima. Se eles não as querem elas têm de encontrar outros rapazes para as fazerem felizes e de certeza que no shopping há muitos rapazes bonitos e sexys.

Saímos do autocarro e primeira coisa que fiz foi puxá-las para o shopping e contar-lhes do meu plano. Elas não queriam concordar e a Mariana estava tão deprimida que nem sequer nos estava a ouvir.

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