69- Aii tu queres brincadeira...

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*POV Vitória On*

Hoje é sexta feira, de tarde, e eu e o Miguel estamos nos bancos onde nos conhecemos pela primeira vez. Será que ele se lembra que foi aqui a primeira vez que oficialmente nos conhecemos? Provavelmente não, mas não consigo deixar de pensar que ele se lembra porque ele tem algo de importante para me dizer e foi logo escolher este sítio. Ele começa a mexer freneticamente comos seus dedos e sei que está nervoso.

Miguel: Amor, quero fazer-te uma pergunta… É muito importante para mim que digas que sim, ok?- Okkkk, será uma coisa assim tão importante para ele? Porque é que ele está nervoso? Não deve de ser nada assim tão mau quanto isso, quer dizer, ele não me vai pedir em casamento, pois não ahahha, claro que não.

Vitória: Ohh, vais-me pedir em casamento, Miguel? Isso é tão fofo. Aviso já que me quero casar numa igreja cheia de flores e que quero ir às Bahamas na lua de mel, ahahah.

 Miguel: Por acaso, não era mau pensado, mas não é isso. Eu quero saber se… Queres ir almoçar comigo e com os meus pais no fim de semana?- ohh, quer dizer, OHH, não é um bocado cedo para eu os conhecer? Sinceramente até agora ainda não tinha pensado apresenta-lo aos meus pais, mas se ele quer.

Eu acabei por dizer que sim e depois estivemos a namorar um bocado. Bem, estes três dias têm sido muito atribulados. Primeiro, a Mariana decide mudar de visual na terça de manhã, para depois ver o Ricardo e beijar outra e de seguida fazerem as pazes. A Mariana sente-se mal e vamos para a porra do hospital, outra vez. Isto é esgotante para uma só pessoa, mas EU tenho a sorte de ter alguém ao meu lado, porque até segunda de manhã as únicas pessoas que tinham alguém era eu e a Lígia, mas neste momento os papeis inverteram-se e é ela que não tem ninguém. Felizmente, posso dizer que ela é a rapariga mais maluca e divertida que conheço. Acho que agora se estivesse longe do Miguel que não conseguiria respirar, mas ela faz tudo parecer tão fácil, ela está “feliz”, quando devia de estar triste. Esquisito ahn?

Ok, acho que falei cedo demais, porque após eu ter andado a experimentar vestidos, mais precisamente dois, já estou a discutir com o Miguel. Aii, ele é tão parvo, mesmo depois de lhe ter dito que não queria que gastasse dinheiro ele gasta, e são logo uns 569 euros por ele, vou demorar algum tempo a pagar-lhe mas eu não quero que ele pense que sou oportunista, nem os pais nem ninguém. Quero ter tudo em pratos limpos, para que quando mais tarde eu e ele estejamos a discutir ele não tenha nada que me apontar à cara.

Miguel: Amor…- chamou-me, mas fingi que não tinha ouvido e continuei com a minha cara virada para a janela, estava amuada.- Babe, eu não penso que és oportunista e muito menos quero saber daquilo que as outras pessoas pensam, eu amo-te e sei que me amas, agora por favor não fiques chateada comigo.

Vitória: Pois, agora podes não pensar, mas a sociedade de hoje em dia é muito cruel, e eu não quero sofrer nas tuas mãos por causa daquilo que tu, os teus pais e toda a gente possa vir a pensar… Eu só não quero que isto acabe…- sussurrei a última parte para que ele não me ouvisse, pois estava com a voz super rouca e mais parecia que ia chorar. De repente, sinto uma mão na minha perna e esta logo a massaja, apertando levemente o que me leva a olhar para a mão dele e sorrir. Sabe bem, não sei porquê mas sabe bem ter a mão quente dele a tocar-me por cima das calças de ganga e a acariciá-la e por momentos leva-me àquela que foi a noite mais linda de toda a minha vida.  Sinto-me derreter de estar a ficar quente e arrepiar no momento que ele chega a sua cara à minha e eu sinto a sua respiração no meu ouvido.

Miguel: Nunca, mas mesmo nunca duvides do amor que sinto por ti. Não quero saber do dinheiro para nada, acredita. Não vão ser os meus pais, ou mais alguém que me vai fazer pensar que te estás a aproveitar de mim. Eu vou sempre amar-te, e com sempre eu digo até um de nós morrer. Tu és a minha menina e se eu gastei o dinheiro foi porque quis, agora para com esses pensamentos tolinhos e dá-me um beijinho, porque eu não te consigo ver assim. Estou farto de te ver mal ultimamente, parece que tens andado adormecida, sempre cansada e às vezes, parece que estás noutro mundo qualquer. Eu quero-te aqui comigo, bem ligada à Terra e feliz.- dito isto, eu fiquei calada a pensar enquanto que ele ligou o carro e arrancou. Ele tem razão, eu sei que me afastei um pouco, por isso tenho de o compensar.

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