78- Sinto nojo do meu corpo...

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Esta noite foi muito mal passada, com tudo o que o Pedro me contou sobre o Rodrigo eu não consegui dormir, porque passei o tempo todo a pensar que ele violava raparigas e estava com medo que ele tentasse alguma coisa, pois por escolha minha, nós dormimos em conchinha e o seu braço ficou por cima da minha cintura a agarrar-me.

Obviamente que preferia estar assim com o Pedro, mas não há nada a fazer, porque se eu quero estar com ele sem obstáculos, eu tenho de me livrar deste rapaz que está a dormir comigo. Tudo por causa de um plano. Pergunto-me onde estava com a cabeça para pensar numa coisa como estas... Como é que eu fui estúpida o suficiente para me enfiar na mesma cama que ele, mesmo sendo só para dormir.

Não sei que horas são, só sei que tenho estado a olhar para a janela à imenso tempo, já devem de ser por volta das 5 da manhã e eu ainda não consegui dormir... Sinto-me tão cansada e o alcoól que consumi parece querer sair do meu sistema, porque tenho o meu estômago a dar voltas e voltas e estou completamente mal disposta. E sem que eu me dê conta, já eu estou a correr para a casa de banho para vomitar. 

Segundos depois, o Rodrigo já está à minha beira a segurar-me o cabelo e massajar-me as costas, enquanto eu expulso tudo do meu ser. Assim que acabo a minha reação é encostar-me à parede e encolher-me pela vergonha que estou a passar, eu nunca tinha vomitado antes, não sei porque o estou a fazer desta, talvez por ter bebido demais.

Rodrigo: Eu avisei-te que beberes demasiado te fazia mal...

Eu: Isto nunca me tinha acontecido antes, é a primeira vez!

Rodrigo: A julgar por aquilo que bebeste é completamente normal, se amanhã não acordares com a cabeça a explodir, vais estar com sorte...

Eu: Obrigada, por tudo!

Rodrigo: Como assim?

Eu: Então obrigada, por te preocupares comigo, por teres me teres apoiado hoje, por me teres ouvido, por estares aqui agora e por não me julgares, tens sido fantástico para mim e nem sequer me conheces assim tão bem!

Rodrigo: Se eu o estou a fazer é por minha vontade, não precisas de me agradecer, a sério! É um prazer ajudar uma rapariga tão bonita como tu...- pois, só o estás a fazer por causa do meu corpo, mais nada. Dou-lhe um sorriso amigável e de seguida, ele estica a mão para eu a agarrar e dirige-se para o quarto de novo...- Agora vê se descansas que foi um dia longo...

Não respondi, apenas me encostei mais a ele, para ele pensar que eu realmente o via como um porto seguro e fechei os olhos, apesar de não ter sono nenhum. Após alguns minutos sinto o seu braço mexer-se e sair da minha barriga. Quando penso que se vai virar ou apenas largar-me, ele surpreende-me por levar a mão à bainha da camisola que ele me emprestou e levanta-a.

Aperto os meus olhos violentamente quando ele percorre o meu corpo, desde a minha coxa até à minha anca com a sua mão. Eu sinto-o respirar em cima do meu ombro e o facto de não termos nada a tapar-nos por causa do calor, faz com que ele tenha uma visão perfeita do meu corpo moreno e atlético. O seu toque sobre mim é simples apenas as pontas dos dedos me tocam, mas mesmo assim não deixo de sentir nojo por ser ele a tocar-me...

*****

Rodrigo: Bom dia! Fiz-te o pequeno almoço, espero que gostes...

Eu: Obrigada!- digo sorrindo levemente e sento-me numa das cadeiras que tem à beira do balcão para comer as paquecas que ele me preparou. O meu cérebro ainda me tenta alertar por causa do facto de possivelmente haver algum tipo de droga na comida para me fazer adormecer, mas rapidamente afasto esses pensamentos, devido à fome que me consume.- Está ótimo...

O som de algo a vibrar invade-me e eu meio que me assusto por não estar à espera. No segundo seguinte, já sei que o som vem do telemóvel do rapaz com quem dormi, ou tentei dormir hoje à noite e ele dá-me um sorriso e um olhar de que vai atender num sítio mais privado. O meu cérebro funciona para me dizer que aquela chamada o pode denunciar de algo e eu decido segui-lo e espiá-lo. 

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