72- É tudo por causa dele...

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Miguel: E o que é que as meninas estão a pensar fazer hoje?

Vitória: Ahm, nós íamos estar um bocado juntas, eu tava a pensar irmos a um sítio...

Miguel: Parece interessante, também podemos ir?

Andreia: Não, não podem, é tarde de raparigas e fim de semana também, por isso não se atrevam a telefonar-nos ou mandar sms's durante esse tempo!

Ricardo: Aii que mazinha, e o que é que eu faço se tiver saudades da minha princesa?

Andreia: Tenho a certeza que tens muitas fotos dela que podes utilizar para te aliviares!- oh não ela não disse!!! E foi nesse momento que eu ri, ri muito, ri tanto que cai para o meu da relva à volta da mesa e levei as mãos à minha barriga... Um riso tão histérico, tão parolo e tão estúpido. À muito tempo que não me ria assim... Sabe bem! 

Miguel: Moche à Lígia!!!- e foi nesse preciso momento que parei de rir. Odeio que me façam moches, especialmente depois de me rir tanto. Começo a ficar claustrofóbica e perco o controlo da minha respiração rapidamente, é que nem é pelo peso das pessoas, mas sim pela falta de ar. Todos vieram para cima de mim, de uma maneira nada amigável e eu só tentava respirar em condições, mas não conseguia.

Olhei para o lado e antes de começar a perder o ar consegui ver que o Pedro era o único que não tinha entrado na brincadeira, mas que se estava a rir e quando os meus olhos começaram a fechar, o seu sorriso abandonou a sua linda cara, acabando tudo por ficar preto. A última coisa que ouvi foi um grito a sair pela sua boca, que em tempos eu tive o direito de beijar...

POV Pedro On*

Assim que a vi a correr para trás de mim, soube que ela ainda me via como o seu porto seguro, vi que ela ainda confiava em mim para a proteger. Isso para mim foi fantástico, mas é só aquilo que eu penso. Quem é que me garante que depois de eu lhe ter pedido um tempo ela ainda me ama da mesma maneira? Ninguém. A única pessoa que me pode dizer isso é ela, mas depois de a ter deixado sozinha durante mais de duas semanas, não acho que ela me ame da mesma maneira, ela nem sequer veio ter comigo para falarmos. Se calhar achou que já não valia a pena lutar por nós...

O único problema no meio disto tudo é ele. Eu não posso voltar a sentir os seus lábios perfeitos nos meus porque ele me anda a chantagear... Eu podia simplesmente mandá-lo à merda, mas não funciona assim, eu sei que se o fizer, ele vai-se vingar nela e eu não quero isso, porra não quero mesmo. Doi tanto não a ter comigo, mas doi ainda mais pensar no que ele lhe pode fazer... Eu não contei isto a ninguém, obviamente e toda esta pressão anda a matar-me. Os rapazes já me perguntaram o que se passa mas eu simplesmente digo que é por causa de andar sobrecarregado com problemas da discoteca.

Sou acordado dos meus pensamentos com um riso histérico e sei que lhe pertence. Oh jesus como eu acho piada a este seu riso. É tão alto que me leva a pensar que se eu lhe fizesse cócegas que ela me iria furar os tímpanos, mas para a ver feliz eu faria tudo. De repente, ela manda-se para o meio do chão e eu simplesmente rio-me com o quão adorável ela está, com os seus lindos cabelos espalhados pela relva, as suas mãos na sua barriga e os seus pés a bater no chão de uma maneira a conter o seu riso.

Miguel: Moche à Lígia!!!- ouço o Miguel gritar e vejo o sorriso na cara da Lígia a desaparecer... A princípio pensei que era por causa de não achar piada à brincadeira, quer dizer eu também não gosto de levar com imensas pessoas em cima, mas depois ela começou a ficar com os lábios um pouco roxos e os seus olhos começaram a fechar lentamente e soube que algo não estava bem, ela parecia estar a ficar sem ar. Os seus olhos fecharam e eu só tive tempo de gritar pelo seu nome.

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