Possessão

Eu sou sua família agora

- Vamos, eu tenho que passar em casa primeiro para deixar ela.

- Ok.

[...]

- Amanha é a nossa fuga, espero que todos estejam preparados. Quero todos no local marcado as 2:10 da manhã, eles vão estar lá as 3:00 AM, mas temos que chegar mais cedo para nós nos prepararmos. Todos já estão cientes do plano?

- Sim! - Eles falaram uníssono.

- Peguem suas armas, descansem e estejam lá na hora marcada. Podem sair da minha sala.

- Robert está tudo certo sobre a entrega?

- Sim, eles já confirmaram a entrega e para estar um passo a frente deles nossos homens botaram um rastreador no Johnson, e exatamente agora ele está no galpão.

- Muito bom Robert, olha eu te subestimei.

- Hahaha. - Ele foi irônico e eu ri.

- Vamos estou morrendo de fome.

- Alex só aparece para falar de comida, não é possível.

P.O.V. Ashley

Estava sentada no sofá, não tinha nada de muito bom para ver, então botei em uma série que estava passando sobre Einstein na national geographic, ate que era legal. Ouvi o barulho da porta abrindo, fui olhar para ver quem era, e os meninos estavam entrando vindo em direção a sala.

- Quem é que vê série sobre Einstein? - Austin falou sentando do meu lado.

- Você sabe quem é Einstein? Não sabia que você prestava atenção nas aulas.- Fui irônica.

- Não me provoca, Ashley!

- Você vai fazer o que?

- Poderia te dar uns tapas, você está muito abusada! - Revirei os olhos e ele arqueou a sobrancelha pronto para falar alguma merda.

- O almoço está pronto. - Rosa entrou na sala interrompendo ele. - Rosa eu te amo. - Pensei.

Comemos em silencio e eu subi para o quarto, deitei e fiquei olhando para o teto.

- O que você tem? - Austin sentou na cama me tirando do transe, nem vi ele entrando no quarto.

- Quando você vai me deixar ir embora? - Falei sentando na cama o encarando.

- De novo esse assunto?

- Eu estou com saudades da minha família, dos meus amigos, da escola.

- Eu sou sua família agora, você vai formar uma comigo.

- Não acredito que estou ouvindo isso, Austin, isso nunca vai dar certo.

- Por que não? Não vejo nada que impeça isso.

- Nada? Isso é serio? você me sequestrou, me bateu, me estuprou e ainda quer que eu forme uma família com você?

- O que aconteceu ontem não significou nada para você?

- Isso foi um momento de fraqueza.

- Momento de fraqueza? Qual é o seu problema? - Ele falou se alterando.

- Meu? Você é um psicopata, não tem capacidade de amar ninguém. - Cuspi as palavras na sua cara.

- Quem é você para determinar os sentimentos de alguém? Que saber, vai se foder. - Ele saiu do quarto batendo a porta com força.

P.O.V. Austin

A minha vontade era de bater nela, mas eu juro que me seguro. Não posso beber nem me drogar se não eu vou foder com a missão mais tarde, minha única saída para descontar minha raiva é fodendo com uma daquelas vadias da boate.

Já eram 1:55 AM, eu estava no escritório terminando de resolver alguns assuntos da boate, até alguém bater na porta tirando minha atenção.

- Entre! - Falei e logo vi o Zach entrando, se sentando em uma das cadeiras na minha frente.

- Vamos? Todo mundo já está esperando você.

- Vocês já pegaram tudo?

- Sim.

- Ok, vamos!

Levantei da cadeira, Zach fez o mesmo, peguei minha arma botei na cintura saindo do escritório, meus homens estavam lá fora em vários carros, entrei no meu e fomos até o local da entrega;

Deixamos os carros espalhados em lugares diferentes para ninguém perceber nada. Era um rua sem saída em um lugar bem afastado de tudo, nos posicionamos escondidos atrás de alguns entulhos que tinham ali para esperar o Johnson e o carro com as cargas;

Robert mandou uma mensagem avisando que o Johnson estava chegando. Se passou 5 minutos e nada dele, vi um carro virando a esquina e fiz um sinal com a mão para meus homens se prepararem;

O carro era uma Mercedes-Benz. Ela parou no canto da rua e Johnson saiu da mesma indo na minha que direção, como se já soubesse que eu estava ali, ouvi uma arma sendo destravada do meu lado e rapidamente virei para olhar, era um dos meus homens, ele estava com a arma apontada para minha cabeça, o filho da puta me traiu. Levantei rápido apontando a arma para a cabeça do Johnson.

- Ora, olha quem encontramos aqui, Austin Mahone, o que você anda fazendo? - Johnson falou irônico.

- Seu filho da pu...

- Acho que você não esta em condições de xingar a mãe das pessoas, Mahone. Olha quantas armas tem apontada para sua cabeça, uma, duas, três...

- Não sabia que você sabia contar. - Ri e ele me olhou com raiva me dando uma coronhada no rosto com a arma.

- Olha Mahone, eu te subestimei, botar um rastreador em mim... - Ele bateu palmas sarcasticamente. - Parabéns, mas infelizmente para você, nem isso deu certo e eu vou ser obrigado a finalmente estourar os seu miolos.

Tinha cinco armas apontadas para mim, uma do Johnson, duas dos homens dele e as outras duas dos filhas das putas que me traíram, e o resto dos meus homens apontando para Johnson e seus caras.

- Você tem que ser mais cuidadoso Mahone, olha o que seus caras fizeram com você.

- Vai se foder. - Ele apontou a arma para minha perna, atirando na mesma. - Filho da puta. - gritei botando a mão no local do tiro.

- Cala a porra da boca Mahone! - Ele bateu com a arma no meu rosto com raiva e socou meu rosto logo em seguida. - Eu vou acabar com a sua raça, desgraçado! - Ele falou abaixando para olhar para mim.

Ouvi tiros e um dos meus homens já estava no chão, tentei esticar o braço para pegar minha arma, mas Johnson foi mais rápido que eu e chutou a mesma.

- Agora já chega. - Ele apontou a arma para mim e senti uma dor extremamente forte no abdômen e mais duas no peito, estava quase desmaiando, a ultima coisa que ouvi foi uma conversa de Johnson e os desgraçados que me traíram.

- Onde vocês pensam que estão indo?

- Você falou que se a gente fizesse aquilo para você, nos iríamos ser um dos mandantes da sua gangue. - Ouvi Johnson gargalhar.

- Vocês acham mesmo que depois de vocês traírem ele, eu vou confiar vocês na minha gangue? - Ouvi tiros e desmaiei logo em seguida.