- Desculpa.
- V-você me bateu!
- Você me irritou, seria tão mais fácil se você andasse na linha, eu não precisaria te bater.
- O que você quer dizer com isso?
- Me obedecer, entre outras coisas. – Franzi o cenho.
- Por que tenho que te obedecer?
- Por que eu mando aqui, vamos dormir. – Ele falou indo até o banheiro, voltando de lá com um bermudão e sem camisa, não pude deixar de reparar em seu abdômen definido.
- Quer um lenço para limpar a baba, bonequinha? – Saí do meu transe, deitando de costas para ele na cama, ele apagou a luz e se deitou do meu lado.
- Liga o abajur? – Falei virando para ele.
- Eu não uso abajur.
- Mas eu tenho medo do escuro.
- Não posso fazer nada, agora durma. – Bufei virando de costas para ele, sentindo ele botar os braços em volta de mim, minhas pálpebras já se fechavam sozinhas, então não hesitei, só ouvi uma coisa antes de apagar completamente.
"Você ainda vai me amar, bonequinha."
[...]
Acordei e não tinha ninguém na cama, levantei ainda despreguiçando e fui até o banheiro fazer minhas necessidades.
Sai do banheiro descendo as escadas, indo até a cozinha onde o Austin estava de costas ainda sem camisa, cozinhando algo, assim que ele percebeu minha presença se virou sorrindo para mim.
- Bom dia, bonequinha, dormiu bem?
- Dormiria melhor na minha casa.
- Não começa, Ashley, a gente já conversou, agora senta para tomar café. – Sentei na bancada e em cima dela tinha uma jarra de suco de laranja, café, pães, ovos mexidos, manteiga e queijo. Peguei um pão botei queijo, e um copo de suco.
Terminei de comer, olhando para ele.
- Que bom que você comeu, boneca. Quer fazer o que hoje?
- Ir para casa.
- Quantas vezes eu vou ter que falar que não, Ashley? Já que você não vai falar nada, eu vou decidir o que vamos fazer. O que acha de ver um filme? Que tipo de filme você gosta?
- Romance.
- Muito previsível. – Ele me puxou até o sofá, pegando o controle botando no gênero de romance, passando devagar para eu escolher um filme do catálogo da netflix. – Escolhe um.
- Esse – Falei quando ele parou no filme, as vantagens de ser invisível.
- É sério?
- Sim, é um dos meus filmes favoritos.
- Ah claro e deixa eu adivinhar os outros, a culpa é das estrelas e aqueles filmes dos vampiros viados, que brilham.
- É Crepúsculo, e eles só brilham por que a autora quis diferenciar dos outros vampiros, quando escreveu os livros.
- Viados.
- Dá para você apertar o play logo?
- Espero que esse filme seja bom.
- É bom. – Ele apertou o play e ficamos vendo o filme, eu em um sofá e ele em outro, já estava na metade, seu celular começou a tocar e ele levantou para atender.
P.O.V. Austin
Já estava na metade daquele filme meloso e eu dei graças a Deus por meu celular ter tocado. Levantei e fui atender no corredor.
- Alô, Austin?
- Fala Robert? Rápido que eu estou ocupado.
- Acho que você vai ter que parar o que está fazendo e vir aqui.
- Por que?
- Então, a parada já era para ter vindo desde ontem.
- E por que caralhos, você não me ligou?
- Eu liguei, mas não sei que porra você esta fazendo para não atender esse telefone. Estamos achando que o Johnson desviou a carga.
- Esse filho da puta passou dos limites, eu era para ter acabado com ele quando tive chance.
- O que você vai fazer?
- Eu vou aí, chama o resto do pessoal para uma reunião. Mas eu vou ter que levar minha bonequinha.
- Que bonequinha? Você tá ficando maluco?
- Não é nada, eu só pensei alto, chego aí em meia hora.
- Ok. – Ele desligou e eu desci as escadas para falar com a Ashley que estava sentada no sofá vendo o filme.
- Se arruma que nós vamos sair.
- O que? Para onde?
- Vamos para a boate.
- Essa hora? Eu não tenho roupa e além do mais não gosto dessas coisas, o que vamos fazer lá?
- Eu preciso resolver umas coisas, então para de fazer perguntas e vai logo tomar banho, que eu vou pegar uma roupa para você vestir.
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Possessão
Fiksi PenggemarÉ incrível como uma simples paixão de criança, pode se tornar em uma obsessão. Austin e Ashley se conheceram na infância pelo seus pais. Eles eram melhores amigos até a adolescência onde tudo muda, pensamentos, gostos, amizades, mas nada mud...