Não minta para mim

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- É assim? Sem tchau? Sem obrigado? - Ri

- Obrigada meu amor, tchau. - Falei dando um selinho nele e sai do carro.

Fui correndo e consegui pegar pelo menos a metade da primeira aula.

[...]

Cheguei em casa, abri a porta e fui subir as escadas em direção ao meu quarto.

- Ashley! - Minha mãe me chamou, a voz dela não era uma das melhores.

- Oi, mãe. - Dei um sorriso falso, por que eu estava sentindo que iria me foder.

- O que é isso? - Ela tirou do bolso uma pulseira grossa de ouro. - Ah não, ah não, ah não. - Pensei.

- É... uma pulseira.

- Não me diga! - Ela falou irônica. - De quem é?

- Minha. - Falei a primeira coisa que veio a cabeça.

- Sua? Quem te deu? - Ela perguntou totalmente desconfiada.

- É...

- Não minta para mim, Ashley. - Ela me interrompeu.

- Onde você achou?

 - Na sua cama e não muda de assunto. Quem veio aqui em casa?

- N-ninguém.

- Está dizendo que essa pulseira de homem, apareceu assim do nada? É do Austin né?

 - Que? n-não.

- Ashley. - Ela suspirou. - Escuta minha filha, eu entendo que você gosta dele, mas vocês tem que dar um tempo um do outro, seu pai já está nervoso, ele quer o seu bem.

- O Austin não vai me machucar.

- Nem você, nem ele sabem disso com certeza. E se eu me lembro bem, você não gostava do Austin.

- Por que eu não conhecia ele de verdade. 

- Você é muito ingenua, minha filha. - Ela segurou minha mão e botou a pulseira lá.

- Nós só queremos te proteger, mas se é isso que você quer. E eu espero que o Austin não venha mais aqui sem o meu consentimento, por que da próxima vez eu não serei tão compreensiva.

- O que isso quer dizer?

- Que ele pode vir aqui uma vez por semana para vocês se verem, escondido do seu pai, mas se eu souber que ele dormiu aqui de novo, ou veio aqui sem eu estar em casa, você já sabe as consequências de seus atos. - Sorri e dei um abraço nela.

- Obrigada, mãe, te amo.

- Também te amo, pega o telefone e liga para ele, fala que ele pode vir na quarta na hora do almoço, que seu pai não vai estar em casa. - Sorri e corri para pegar o telefone e subi para o meu quarto, guardando a mochila e trocando de roupa enquanto o telefone chamava no viva-voz do meu lado.

- Alô. - Nem terminei de botar a blusa e peguei o telefone e tirei do viva-voz

- Austin. 

- Ashley? De onde você esta ligando?

- Do telefone de casa.

- Aconteceu alguma coisa?

- Sim e não.

- Explique-se.

- Você é um idiota.

- O que eu eu fiz?

- Esqueceu sua pulseira em cima da minha cama.

- Ah caralho. Deixa eu adivinhar: seu pai pegou, e vai te mandar para o internato.

- Não.

- O que então?

- Minha mãe pegou, e ao contrário do que eu achei, ela não brigou, gritou, nem nada. Ela falou que foi errado o que a gente fez e que entende a nossa situação, ela disse que vai deixar você vir aqui uma vez por semana quando meu pai não estiver em casa para a gente se ver.

- Ela vai estar em casa? - Ele falou em um tom safado.

- Sim, Mahone. Continuando, ela falou que você pode vir aqui na quarta- feira na hora do almoço.

- Que bom, a gente pode dar uma escapada. - Ele falou safado.

- Não podemos não, ela esta confiando na gente.

- Ok. - Ele bufou se convencendo. - Te vejo na quarta, tchau, gostosa. - Ri

- Tchau, bobão.

- Eu te chamo de gostosa, você me chama de bobão?

- Sim, te amo. 

- També... - Desliguei na cara dele, antes dele terminar. 

Ele com certeza ficou puto.

 P.O.V. Austin

- També... Filha da puta..

PossessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora