Eu não acredito que ele fez isso

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- Graças a Deus. - Ela respondeu aliviada, e eu senti uma culpa terrível me consumindo. - Você pode não entregar ele? Ele é o meu único filho, se pegarem ele, vão mata-lo, eu sei que é horrível o que estou te pedindo e você não precisa fazer se não quiser, eu vou te entender.

[...]

P.O.V. Austin

- E ai Austin, o que a gente vai fazer? - Alex falou

- Primeiro temos que pensar em um jeito de recuperar a máfia.

- E como pretende fazer isso?

- É só algum dos nossos se juntar a ele.

- Que? Como assim?

- A gente tenta infiltrar um dos nossos lá sem que ele perceba, até ganhar a confiança dele.

- E quem o bonitão vai querer mandar para lá? - Robert entrou na sala comendo um sanduíche e eu olhei para ele e depois olhei para Alex. - É perfeito, Johnson nunca o viu.

- Ele quem? - Robert falou se aproximando com a boca cheia.

- Eu preciso que você se infiltre na "máfia do Johnson" para conseguirmos recuperar a nossa.

- Que? Eu não faço o trabalho sujo, meu trabalho é hackear e administrar as coisas.

- Para de ser fresco, nós vamos te dar cobertura e você vai treinar antes de ir para lá.

- Por que você não manda o Alex ou o Zach?

- Por que o Johnson já viu os dois, e como você mesmo disse, você fica na aba escondido atrás de um computador.

- Porra, Austin, se eu morrer eu quero ver você vestido de mulher no meu enterro. - Soltei uma risada sarcástica. - Só nos seus sonhos, Villanueva. - Sai da sala e fui andando em direção a porta dos fundos onde ficava a garagem.

- Você solta uma bomba dessas e depois sai assim? - Robert falou botando a mão na porta do carro me impedindo de fecha-la.

- Você vai ficar bem cara, relaxa. - Ele revirou os olhos, largando a porta.

- Onde você vai?

- Tenho que resolver umas coisas.

P.O.V. Ashley

Acordei com a droga do meu despertador tocando para eu ir para escola, levantei sem vontade alguma, fui no banheiro fiz o que tinha que fazer lá, tomei banho e botei a roupa. Desci até a cozinha, preparei meu café, por que não sou ninguém sem tomar café de manhã, comi umas torradas e fui para escola a pé que não é tão longe da minha casa.

Cheguei na escola e todos estavam olhando para mim e cochichando, provavelmente todo mundo já sabia sobre o sequestro, sentei em uma pilastra que tinha ali e fiquei pensando em tudo que estava acontecendo, no pedido de Michele.. Lia estalou os dedos em frente ao me rosto me tirando do transe.

- Estava no mundo da lua, menina? -  Sorri e ela me abraçou. - Senti tanta saudades! - Ela falou me apertando.

- Eu também, mas não precisa quebrar meus ossos. - Rimos e ela me puxou até os nossos armários, que são colados um no outro.

- Como você se sente?

- Mais ou menos, tenho tanta coisa para te contar.

- Dorme na minha casa hoje? Assim a gente pode conversar melhor

- Acho ótimo, você viu o Dylan? Estou com saudades dele. - Ela fez uma expressão triste.

- O que aconteceu? ele esta bem né?

- Você não sabe?

- O que? - Respondi aflita.

- Ahs, encontraram ele morto no dia do seu sequestro.

- O-o que? O-onde? - Senti algumas lágrimas já se formarem nos meus olhos.

- Não sei bem onde foi, mas foi em um lugar meio distante daqui.

- Eu não acredito que ele fez isso! Ele me prometeu! - Falei, já não me importando mas, com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

- Ele quem?

- Eu preciso ir.

- Você não vai ficar para aula? Me conta o que está acontecendo.

- Depois eu te prometo que te conto tudo que você quiser saber, mas agora eu preciso ir.

Aproveitei que não tinha ninguém vigiando o portão da escola e sai, eu não tinha a menor ideia para onde estava indo, estava sentindo tanta raiva, minha vontade era de ir agora na delegacia, mas algo me prendia, meu coração falava para eu não ir, minha cabeça dizia totalmente o contrário, eu não sabia o que fazer, cheguei até a rua da minha casa e sentei em um banco da pracinha que tinha ali, um carro preto passou voado pela rua chamando minha atenção, olhei para casa da Michele onde ele parou e não acreditei quem saiu dali.

P.O.V. Austin

Entrei no carro e em 20 minutos cheguei na casa da minha mãe, eu sei que ela deve estar sofrendo muito, esse tempo todo sem ter nenhuma noticia minha.

Sai do carro e toquei a campainha onde minha mãe abriu logo em seguida, sua feição triste se transformou em um sorriso, ela veio até mim e me abraçou.

- A mamãe sentiu tanta saudades de você, eu estava tão preocupada. - Ela desfez o abraço, me dando espaço para entrar.

- Carter? - Ela chamou a atenção do meu pai que estava sentado no sofá vendo televisão, ele me olhou e veio em minha direção me abraçando.

- Onde você estava, filho? Eu e sua mãe estávamos preocupados.

- Eu estou bem, não precisa se preocuparem.

- Como não? a policia esta achando que foi você que sequestrou a Ashley. - Minha mãe falou aflita.

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