Eu te avisei para não ir lá

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Desci com a bandeja que minha mãe tinha levado para mim mais cedo.

- Oi meu amor, está se sentindo melhor? – Minha mãe falou quando me viu entrando na cozinha.

- Sim, mãe.

- Eu ouvi umas vozes vindo do seu quarto, tinha alguém com você? – Ela perguntou desconfiada.

- E-er era a televisão.

- Ta bom, me ajuda aqui, preciso que você corte isso para mim. – Ela falou me entregando uma tábua, com uns tomates, peguei a mesma e botei em cima da pia para cortar.

Meu celular começa a tocar, e minha mãe olha para mim. Peguei o ele do bolso ainda receosa de ser aquele maluco que me manda mensagens e olhei o remetente.

- Oi Dylan.

- Oi Ash, pode vir aqui na pracinha?

- Posso sim, daqui a 5 minutos eu estou aí.

- Ok, vou te esperar. – Desliguei sorrindo.

- Quem ou o que foi o motivo do sorriso?

- O Dylan, me chamou para ir na pracinha aqui perto encontrar com ele.

- E o que você está esperando? – Ela falou, sorri, dei um beijo em seu rosto e fui correndo.

Sai pelo portão animada e recebi uma mensagem.

Desconhecido: Onde você pensa que vai, bonequinha? – Olhei em volta para ver se tinha alguém me observando, mas a rua estava vazia.

Ashley: Não te interessa!

Desconhecido: É melhor você não ir se encontrar com esse tal de Dylan.

Ashley: Primeiro você não manda em mim, segundo como sabe que vou me encontrar com ele?

Desconhecido: Sei de tudo sobre você, bonequinha, até a calcinha que você está usando por baixo desse vestido. – Ok, agora eu realmente estou ficando assustada.

Guardei o celular e fui andando até o local que marquei com Dylan, olhando para os os lados o caminho todo para ver se via alguém estranho. Cheguei na pracinha o Dylan levantou do banco que ele estava, veio até mim e me deu um abraço.

- Como você está? – Ele perguntou, me puxando para sentar do seu lado em um dos bancos.

- Bem e você? – Respondi um pouco tímida.

- Bem, te chamei aqui por que...

- Fala? – Respondi aflita.

Ele foi se aproximando do meu rosto, senti nossas respirações se misturando e em um rápido movimento sua boca já estava colada na minha, ele pedia passagem com a língua que logo cedi, depois de alguns segundos paramos o beijo pela falta de ar. Olhei para ele um pouco assustada e com toda certeza com o rosto vermelho de vergonha.

- Eu vou indo, mais tarde a gente se fala. – Ele me deu um selinho e saiu. Fiquei uns segundos ali tentando assimilar o que acabou de acontecer, ainda não acredito, sai correndo de lá para chegar em casa e ligar para Lia. Entrei em casa correndo e vi minha mãe terminando de fazer o almoço.

- Como foi lá? – Minha mãe perguntou animada.

- E-er foi legal. – Respondi rápido, correndo em ao meu quarto, entrei no mesmo e me joguei na cama, peguei o celular e liguei para Lia.

- Alô.

- Liaaaaaa.

(Celular vibrando)

- Não grita, palhaça.

- ODylanmechamouparaapracinhaeagentesebeijou. – Falei rápido.

- O que? Eu não entendi nada, fala devagar.

- O Dylan me chamou para ir na pracinha encontrar com ele e...

- AHHHHHHHH SOCORRO CONTA TUDO.

(Celular vibrando)

- Contaria se você não gritasse.

- Fala logo antes que eu vá aí e dê na sua cara. – Ri e continuei.

- Ele me beijou.

(Celular vibrando)

- AHHHHHHH quero detalhes.

(Celular vibrando)

- Que droga.

- O que foi?

- Meu celular não para de vibrar, eu vou ver o que é, depois eu te ligo.

- Ok.

Desconhecido: Que feio bonequinha.

Desconhecido: Você me decepcionou.

Desconhecido: Qual parte do que eu falei você não entendeu?

Desconhecido: Você é minha, não quero ver você ficando com mais ninguém.

Desconhecido: Eu te avisei para não ir lá.

Desconhecido: Como você vai se sentir quando seu namoradinho aparecer sem pau por sua culpa?

PossessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora