Ondas em Rebentação (AMOSTRA)

Capítulo 01

Nota inicial

Enfim começou <3 o segundo livro da série O Amante do Tritão.

Aos recém chegados, recomendo muito que leiam o primeiro livro antes. No Spirit está como amostra, mas procurando no Wattpad vocês encontram O Amante do Tritão completo até dia 20/06 (depois volta a ficar amostra).

Recomendo também a leitura de O Preço da Adoração, que ainda está sendo postado nas duas plataformas, pois introduz alguns personagens importantes mais adiante na história.

Os dois livros anteriores também podem ser comprados como ebook na Amazon, completos e revisados. O Amante do Tritão também tem livro físico, à venda no site Clube de Autores.

Espero que gostem desta nova história <3

*******

Ondas em Rebentação

Ato 00

Capítulo 01

"Eu te amo, Hian."

Naquela época eu não sabia, mas com aquelas quatro palavras, Maikon viraria meu mundo de pernas pro ar.

Eu abracei as pernas, me encolhendo no canto do nosso forte de almofadas.

"O que significa eu te amo?" Perguntei.

A pele cor-de-avelã do Maikon ganhou tons avermelhados. Ele mastigou o lábio de baixo com um sorriso que nunca vi ele fazer. Então ele aproximou-se de mim e acariciou meu rosto.

"Significa que você é a pessoa mais importante do meu mundo." Ele avermelhou ainda mais.

Eu comecei a rir. Estava acostumado a ver meu primo correr pela casa, quebrar a mobília, e levar bronca da tia Leilani por ficar de recuperação. Todos os professores da quinta série já mandaram ele pra diretoria pelo menos três vezes, e até da aulinha de surfe ele conseguiu ser expulso. Era muito estranho vê-lo tão sério.

"Você também é importante pra mim, Maikon." Eu afastei minha franja escura para trás da orelha. "Nós somos primos. Parceiros do crime, como você diz."

Maikon torceu o lábio e tirou a mão do meu rosto. Pela forma como afinou os olhos, eu soube que minha resposta não agradou.

"Você não sente nada por mim?" Ele perguntou.

Eu tentei não demonstrar confusão. Maikon odiava ser mal compreendido, mas lidar com ele era tão difícil. Nos meus onze anos de vida, eu podia contar nos dedos as vezes em que ele pensou antes de agir.

Daquela vez, entretanto, a situação parecia diferente. Maikon não se magoava fácil, então seu tom de voz apertou meu peito. Eu não podia responder qualquer coisa.

Maikon bufou em impaciência e jogou uma almofada na minha cara.

"Não precisa responder agora. Mas algum dia vou querer saber." Disse ele, com um sorrisinho meio triste.

Eu engoli amargo, apertando a barra da minha canga havaiana. Maikon me chamou no quarto dele para jogar videogame, como as coisas chegaram naquilo tão rápido? Ele devia saber o que esperar de mim.

"São necessários dezoito ciclos solares para que a função reprodutiva dos tritões atinja a maturidade. Antes disso o chamado permanecerá dormente, e o instinto de acasalamento... hum... desculpa, estou falando coisas loucas de novo, não estou?"