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m a c k e n z i e   c a m p b e l l

Já estávamos de volta em casa e parecia que eu iria explodir em qualquer segundo.

Passei o caminho todo de volta calada enquanto Hayes me perguntava o que tinha acontecido. Fiz o meu máximo pra não gritar no carro e assustar o pobre motorista, que não tem nada a ver com isso tudo.

Percebo que Nash e Taya não estavam em casa ao ver o bilhete colado perto do sofá, dizendo que voltariam amanhã.

— Agora pode me contar o que aconteceu? — pergunta o moreno.

Me aproximo dele e levanto meu dedo indicador.

— Benjamin, quantas vezes eu tenho que te pedir para não mentir pra mim? — aumento meu tom de voz, engolindo á seco. — Para de pensar que você foi o único que amadureceu desde da última vez que nos encontramos, porque você não foi!

Ele continuava parado, me ouvindo atentamente.

— Não brinque com meus sentimentos como se eu fosse um maldito fantoche. — travo meu maxilar.

— Eu não estou te entendendo, Kenzie.

— Ah, não deve estar. — rio sem humor. — Gregory te pediu para se aproximar de mim, só para eu me sair bem naquela droga de entrevista.

— Mack... — fecha os olhos e suspira profundo. — Aquela entrevista era importante, tudo era importante para eu ser aceito em um trabalho no filme. Você está entendendo as coisas erradas...

— Eu entendi muito bem. — grito. — Você queria que eu me apaixonasse por você pra você conseguir participar de um mero filme!

— Não é um mero filme! É uma das chances de eu ser ator!

— E meus sentimentos são irrelevantes? — pergunto indignada.

Ficamos alguns segundos nos encarando, enquanto eu esperava alguma desculpa por parte dele.

Balanço a cabeça negativamente e com um sorriso sarcástico estampado no rosto, viro de costas para ir até o quarto de Hamilton e Taylor.

Depois de trancar a porta, tiro toda a minha roupa e nem faço questão de tirar a maquiagem, pondo um pijama confortável e me jogando na cama de casal.

Agarro o travesseiro ainda pensando onde estava minha cabeça ao aceitar esse contrato idiota.

De repente, um baque contra a porta acontece. Como se alguém tivesse jogado algo contra ela. Logo, um grito entrega quem foi que fizera:

— Merda, Mackenzie! O que nós temos não é um simples contrato, é real!

Contract | Hayes GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora