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m a c k e n z i e c a m p b e l l

Já havíamos dado várias voltas pelas ruas movimentadas de Nova York. Ninguém podia negar, aquilo era um sonho.

Eu me sentia que nem uma criança numa loja de brinquedos. Meus olhos brilhavam com cada arranha céu e enormes lojas chiques.

— Você está se divertindo? — Nash me pergunta.

Paro de andar, deixando o resto do pessoal nos passar. Assinto rápido porém solto um suspiro.

— Eu preciso da sua ajuda, Nashty.

— Você sabe que eu estou aqui pra tudo por você. — sorri fraco. — E eu sei que o motivo de estarmos aqui é por causa da sua irmã.

— Exatamente. — olho para meus pés cobertos por uma bota pequena e preta. — Não conta pra ninguém, por favor.

— Óbvio que não. — fala convicto de si. — O que aconteceu com a Lindsay, Kenzie?

— Ela... — minha voz falha. — Foi presa.

Seu queixo caiu e seus olhos se arregalaram. No mesmo momento, ele me agarra apertado para um abraço, me fazendo retribuir e descansar minha cabeça no seu peito.

— Preciso ir na delegacia. — saímos do abraço.

— É aqui na esquina. — afirma ele.

Antes de andarmos até lá, ele mandou uma mensagem pro grupo avisando que iríamos resolver algumas coisas.

Como o caso de minha irmã ainda não estava resolvido, ela ainda estava na delegacia e não exatamente na prisão.

O lugar era todo organizado e com cores escuras. Depois de ter conversado por alguns minutos com a recepcionista, pude entrar para a sala de visita.

— Meu Deus. — murmuro.

Haviam várias mesas simples de madeira, com duas cadeiras. Em cada canto da sala branca tinha os policiais, supervisionando os prisioneiros.

Com a perna bamba, andei devagar até a mesa onde tinha a garota de cabelos negros pintados e com a cabeça abaixada. Me sentei em sua frente, ainda receosa e com medo.

— Lindsay? — pergunto num fio de voz.

E lá estava ela. Olheiras profundas, lábios ressecados e com uma feição acabada.

— Mackenzie. — abre um sorriso pequeno. — Você vai me tirar daqui?

— Ainda não. — respondo. — Você está bem?

— Eu...não sei. — fecha os olhos por um momento. — Eu não deveria ter me metido com o filho da mãe do Brian.

— Preciso só de mais algumas semanas e eu consigo o dinheiro pra te tirar daqui. — seguro suas mãos geladas.

— Eu sempre fui uma péssima irmã para você, eu não sei como ainda consegue me ajudar. — solta uma risada sem humor.

— Você pode ter feito várias coisas, mas não participou daquele tráfico maldito de drogas. — falo com convicção, mas uma parte de mim rezava para que eu estava certa.

— Eles querem que eu fale quem é o "meu chefe". — Lindy suspira. — Como se eu soubesse.

— Eu vou fazer meu máximo, tudo bem? — assente. — Qualquer coisa eu faço uma ligação pra cá, eu dou um jeito.

Vejo que meu horário de visitação terminou e me levanto, a lançando um sorriso confortante e me virando para ir embora.

— Mackenzie. — me chama. — Valeu.

Apenas assenti de leve, sabendo que ela se esforçou pra dizer essas simples palavras.

Saio dali e finalmente me sinto mais leve e aliviada. Encontro com Hamilton que olhava para o relógio da parede, em um transe.

— Pronto. — encosto em seu ombro e ele relaxa os músculos. — Obrigada, sério.

— Disponha, Bell. — usa o apelido do meu sobrenome. — Já está escurecendo e eles nos chamaram para jantar. Pode ser?

— Claro.

Contract | Hayes GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora