Capítulo 6

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Vocês já devem estar cansadas da minha cara, não é mesmo? Três dias seguidos de atualizações! Não se acostumem, ok? Ok haha

Só queria dizer que "don't tell your mother" está chegando nos 3K e eu estou bem doida, viado haha

Boa leitura!

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De Dinah Jane Hansen eu só queria uma coisa: distância.


DINAH'S POV

Dirigi em alta velocidade até minha casa, sem me importar com os semáforos vermelhos e com as multas que receberia. Poderia até perder minha carteira de habilitação, mas que se foda!

Para a minha sorte ainda era por volta de 6:30 da manhã de um domingo, poucos veículos e pessoas circulavam pelas ruas. Então apesar da velocidade de meu carro, seria bem difícil acontecer um acidente, mas até com isso não estava me importando.

A única coisa que martelava em minha cabeça era aquela maldita mulher, aquele maldito beijo!

Não conseguia acreditar que aquilo realmente tinha acontecido. Como? Como me deixei enganar tão facilmente? Como fui incapaz de perceber que se tratava de uma mulher e não de um homem? Aquelas perguntas estavam me torturando.

Soquei o volante com força, acionando a buzina.

- MALDITA! MALDITA SEJA, NORMANI KORDEI! - praguejei.

Estacionei o carro na garagem e praticamente me arrastei para dentro de casa com a capa de meu vestido nas mãos.

Joguei aquela roupa pesada no chão da sala e fui em direção ao enorme espelho que havia no corredor, nele eu podia ver o meu reflexo inteiro.

O lado direito de meu rosto ainda estava marcado. Levei as mãos até lá e o espelho mostrou-me alguns arranhões em meus braços. Tirei os meus saltos e depois o meu vestido, sentindo um cheiro diferente no tecido, o cheiro... dela.

Meu corpo começou a tremer de raiva. Parecia que ela estava em cada canto de mim, impregnada na minha pele. Se fechasse os olhos poderia sentir novamente o seu beijo, os seus toques. Gritei desesperada.

Peguei o vestido, a capa e meus sapatos, os levei para meu quintal e os queimei ali mesmo, como se fosse um ritual. Só queria que aquele fogo apagasse todos os vestígios daquele dia, como se nada tivesse acontecido.

Fiquei repetindo aquele mantra em minha cabeça até que tudo virasse cinzas. Respirei fundo.

O vento soprou e levou aquelas cinzas para longe dali, como se estivesse me avisando que não precisava mais me preocupar com aquilo. Sorri e fui para o meu quarto.

Preparei a minha banheira e tomei um banho longo e relaxante, quando saí da banheira meu corpo estava leve.

Depois de um longo debate comigo mesma, cheguei a conclusão de que a única culpada era aquela mulher, foi ela que me enganou! Com aquela roupa ridícula não tinha como saber que se tratava de uma mulher, e o mais importante: só gostei do beijo porque achei que estava beijando um homem. Eu gosto de homens, APENAS de homens. Sempre gostei e sempre irei gostar. Sou normal. Sou hétero.

Olhei-me no espelho de meu quarto e sorri para meu reflexo. As marcas em meu rosto e braços eram quase invisíveis, uma maquiagem básica daria conta disso. Agora eu só precisava dormir um pouco.

Deitei em minha cama sem roupa alguma e realmente esperava ter um sono bom e tranquilo, ainda mais depois de tudo que passei. Mas a única coisa que consegui ter foi pesadelos envolvendo uma mão com unhas curtas e pintadas de azul claro deslizando por meu corpo, me apertando, me arranhando, me estimulando até o ápice.

Let me love you - NorminahOnde histórias criam vida. Descubra agora