Let me love you - Norminah

Capítulo 24 - Parte II

Heey õ/

Percebi que tem várias leitoras novas por aqui, sejam bem viadas! <3' Já estou stalkeando todas porque sou dessas haha

Eu fiz um novo vídeo para essa fic, mas o youtube excluiu porque achou muito pornô KKKK Tô rindo, mas já chorei bastante ;(

Boa leitura!

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- Normani? - chamou.

- Sim? - respondi encarando-a.

- Posso te fazer uma pergunta?

DINAH'S POV

- Pode. - disse receosa.

- Como você soube que era... - pigarreei. - Que era...

Argh, eu simplesmente não conseguia dizer aquela palavra!

- Lésbica? - perguntou e eu assenti. - Você pode falar essa palavra, Dinah, tenho orgulho do que sou. - disse firme e foi como um tapa em minha cara.

Ela tem orgulho do que é. E você, Dinah, tem orgulho de ser quem é? Minha mente debochou e eu apertei com força o copo de vidro em minha mão.

- Quando soube que sentia atração por mulheres? - perguntei tentando voltar ao normal.

Ela me olhou de forma avaliativa e respirou fundo antes de responder.

- Eu sempre soube, eu nasci assim.

- Não me venha com esse papo! - dei uma risada. - Não existe um gene homossexual, ninguém nasce assim.

- Sério que você quer colocar a biologia no meio disso? - riu. - Estou falando de sexualidade, Dinah, algo abstrato que vai muito além da ciência.

- Me conte a sua história então. - pedi curiosa.

- Eu sempre senti algo diferente pelas meninas. No jardim de infância eu sempre protegia as minhas amiguinhas daqueles garotos que gostavam de bater, sabe? - sorriu. - Fui crescendo e isso foi crescendo dentro de mim, comecei a perceber que não se tratava apenas de proteção, eu me sentia atraída pelas meninas.

- Mas e os meninos? Você nunca sentiu nada por eles?

- Eu cheguei a beijar alguns por causa das minhas amigas, mas nunca senti nada. Era a única do grupo que não babava pelo carinha mais bonito da escola, e sim pela namorada dele. - deu uma risada e eu a acompanhei. - Então com 14 anos eu finalmente beijei uma garota e o mundo parou. - passou as mãos pelos cabelos. - Sei que é clichê, mas pela primeira vez consegui senti alguma coisa em um beijo, foi a sensação mais maravilhosa. E naquele instante eu soube que queria beijar meninas para o resto da vida. - terminou de falar e eu estava meio boquiaberta olhando para ela.

Ela riu da minha cara e eu corei um pouco.

- Você não teve... medo? - perguntei e a sua expressão tornou-se séria.

- Claro que tive. Eu lutei contra mim mesma durante quatro anos. - disse tristemente. - Fiquei com vários garotos na esperança de que estivesse errada, me punia cada vez que achava uma garota bonita, controlava o meu comportamento o tempo inteiro. Tinha que parecer com as minhas amigas, porque elas eram normais e eu era uma... aberração. - disse e eu engoli em seco. - Aquela não era eu, entende? Era um personagem que criei. Eu me olhava no espelho e não me reconhecia, quanto mais me anulava, mais as coisas pioravam.