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Cheguei até o quarto onde ele estava, abri a porta lentamente, e vi que ele estava dormindo. Entrei e me aproximei, ver ele bem, salvo dava um conforto pro meu coração, não consegui conter o sorriso e as lágrimas de alívio, por tudo aquilo ter acabado. Nem consigo imaginar como seria se eu não tivesse ido atrás dele. Segurei forte a sua mão, e comecei a acariciar seu rosto, toda a raiva que estava sentindo por ele simplesmente sumiu, no momento em que vi ele em perigo.

- Ca... - ele disse baixinho tirando a máscara de oxigênio do rosto. - Eu tô muito confuso, o que aconteceu? Por que você está chorando? O que eu tô fazendo aqui. - ele começou a ficar agitado.

- Ei, vai com calma. Agora já está tudo bem. Mas então, você me ligou, muito bêbado, e no meio da ligação eu ouvi um estrondo e a ligação caiu, eu me assustei e fui atras de você, você estava em um barzinho, que pegou fogo e o prédio começou a cair, mas eu te achei lá dentro, no chão, te tirei de lá e te trouxe pra cá. - a cara dele de confuso e susto só aumentava - Mas está tudo bem, os médicos te examinaram, e não tem com o que se preocupar, você está com um corte no seu antebraço esquerdo e outro na testa, e precisa de oxigênio por causa da fumaça. Mas é só isso. - disse tudo da maneira mais tranquila possível, não queria assusta-lo.

- Eu tô sem palavras! Você salvou a minha vida, se você não fosse atras de mim, provavelmente agora eu estava morto, no meio dos escombros. Eu não sei como agradecer. - ele dizia enquanto acariciava a minha mão.

- Shhh... chega, não vamos falar disso, já acabou, nós estamos bem, agora por a máscara e descansa. - eu disse tentando colocar a mascara dele de volta, mas foi em vão.

- Não Ca, é sério, muito obrigada! Eu nunca vou ser capaz de te agradecer o suficiente por isso. Mas você disse que eu te liguei bêbado, o que eu disse?

Contei tudo com detalhes pra ele, depois que o convenci colocar a máscara de volta, ele morreu de vergonha quando eu disse tudo o que tinha me falado pelo telefone.
Uma enfermeira entrou no quarto, trazendo outra máscara de oxigênio, pra mim. Ela administrou os remédios na veia do Juan, e nos avisou que ele passaria o resto da noite ali, e que eu quisesse poderia ficar com ele.
Perguntei se ele queria que eu ligasse pra alguém ficar com ele, mas ele disse que não, que a única companhia que ele queria ali era eu, após ele insistir um pouco, eu aceitei, me sentei na poltrona e lá mesmo adormeci.

Yo Soy Maluma Baby - MessageOnde histórias criam vida. Descubra agora