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O caminho até calçada pareceu levar uma eternidade, o alívio me invadiu quando finalmente saímos daquele lugar. Assim que aparecemos na calçada algumas pessoas que estavam ali nos ajudaram, e disseram que os bombeiros e a ambulância estava a caminho.
E foi exatamente o que aconteceu, as ambulâncias chegaram no mesmo instante, os paramédicos foram até nós, perguntaram como estávamos, eu expliquei que estava bem, mas que ele não estava, então colocaram Juan na maca, e eu o acompanhei, entramos na ambulância e fomos pro hospital, no caminho nós dois fomos no oxigênio, por termos engolido tanta fumaça.
Juan tentava dizer algo, mas pela falta de ar, não conseguia, eu apenas fiquei sentada ao seu lado, acariciando seu cabelo, tentando não pensar em tudo o que tinha acabado de acontecer.
Chegando no hospital os médicos o levaram para um leito e eu fui fazer a ficha dele, encontrei a carteira dele no bolso, e fui até a recepção, passei todas as informações e fui liberada, o médico apareceu e disse que faria alguns exames apenas pra garantir que estava tudo certo, a única preocupação era o corte na cabeça, que poderia ter levado a alguma concussão. Me sentei na recepção para esperá-lo. Eu estava aflita, deveria ligar pra alguém, pra avisar o que estava acontecendo, mas com a correria tinha esquecido meu celular em casa. Lembrei que tinha deixado meu carro no local do acidente, e como iria demorar até os exames terminarem, fui até a recepção, e pedi pra que me chamassem um táxi.
Quando ele chegou, pedi para me levar até onde meu carro estava, chegando lá, agradeci, paguei e desci.
Entrei no meu carro e voltei pro hospital. Chegando vi que meu percurso não tinha levado mais que 15min, me sentei novamente e esperei.

- Camila Senna. - o médico surgiu do outro lado da sala. Me levantei e fui até ele.

- Ele está bem doutor? - eu disse extremamente preocupada.

- Fique tranquila, está tudo bem, ele está em observação, no oxigênio, na glicose por conta da bebedeira, e já foram feitos os curativos. - respirei aliviada - Mas eu vim para ver como a senhorita está, quero examina-la, e você precisa de oxigênio, engoliu fumaça demais, depois disso irei deixá-la ver seu namorado. Me acompanhe por favor. - Ele fez um gesto com a mão, e eu fui.

- Aliás, doutor, nós não namoramos. - sorri um pouco envergonhada.

- Que pena, vocês formariam um casal muito bonito.

Fiquei sem jeito, não soube o que dizer. O Doutor Henrique me examinou, e viu que estava tudo bem.

- Pronto mocinha, está liberada. - ele sorriu. - O quarto dele é o 203, pode ir até lá, peço pra uma enfermeira preparar o oxigênio pra você lá mesmo.

- Muito obrigada doutor. - fiz um aceno com a mão e ele correspondeu.

Sai da sala e segui pelo o corredor, quase correndo, não via a hora de ver como ele estava depois daquele susto.

Yo Soy Maluma Baby - MessageOnde histórias criam vida. Descubra agora