Yo Soy Maluma Baby - Message

41º

Acordo sendo chacoalhada, e antes mesmo de abrir os olhos a minha vontade é de matar o desgraçado que está fazendo isso.

- Cá acorda! - ele me chacoalha ainda mais, eu abro os olhos e o encaro com fúria. - Até que enfim, achei que tivesse morrido, tô tentando te acordar faz alguns minutos, desculpa ter te chacoalhado, mas foi o único jeito - Juan diz se explicando, deve ter entendido porque o olhei daquela forma.

- Tá, tudo bem - respiro fundo - Por que me acordou? Não chegamos ainda.

- A gente pegou uma turbulência, e o piloto disse que provavelmente terá outra, e eu fiquei com medo, aí te acordei pra ficar comigo. - ele diz todo nervoso.

- Você tá falando sério? - disse quase voando no pescoço dele, e ele só balançou a cabeça concordando. - Se vai ter mais turbulências você deveria ter me deixado dormir, assim eu não iria perceber, do mesmo jeito que não percebi a última.

- Me desculpa, mas é que... - ele tava gaguejando um pouco - Que eu fiquei um pouco em pânico, e eu te acordei pra você ficar comigo e me acalmar. - ele disse parecendo um garotinho com medo.
Admito que ele conseguiu amolecer o meu coração, só o suficiente pra eu não xinga-lo e voltar a dormir.

- Tá bom, tudo bem, eu vou ficar acordada com você. Mas a última turbulência foi muito forte? - disse querendo entender todo aquele desespero.

- Na verdade não, mas pra mim foi o suficiente pra eu achar que o avião ia cair e todo mundo ia morrer. - ele falava rápido, agitado.

- Ei, calma, tá tudo bem, já passou, o avião não vai cair e todo mundo vai ficar bem. - disse tentando acalma-lo.

Eu estava me segurando para não rir da situação, pois ele não estava parecendo nem um pouco com aquele mulherengo, cafajeste que eu conheço.

Eu coloquei um filme na tela dele, para que ele se distraísse, e depois de tanta insistência comecei a assistir com ele.
Um pouco depois de ter começado o filme, outra turbulência se iniciou, e o pânico de Juan voltou, que me olhou desesperado.

- Tá tudo bem, calma, já vai passar. - disse olhando em seus olhos.

Ele estava me encarando, seus olhos transmitiam o medo que ele estava sentindo. Sorrio tentando mostrar que está tudo bem e seguro em sua mão, que estava gelada e suando, pouso nossas mãos em seu colo e fico ali ao seu lado, acariciando de leve a mão dele.
Mas, a turbulência começou a ficar mais forte, pois estávamos pegando uma tempestade, e o medo começou a tomar conta de mim também.