Yo Soy Maluma Baby - Message

35º

Acordei com a luz do sol no meu rosto, olhei no relógio era 8:47. Pra quem tinha dormido as 5:20, aquilo era uma péssima visão.
Olhei ao redor, e veio tudo o que havia acontecido na noite passada em mente, vi que Juan ainda dormia, parecendo um anjo, me ajeitei na cadeira e vi o médico entrar pela porta.

- Bom dia senhorita Camila, como está se sentindo? - ele disse me cumprimentando e falando baixo.

- Bom dia dr. Henrique, estou ótima, mas e ele, quando terá alta? - disse.

- Que bom! Foi por isso mesmo que vim até aqui, para assinar a alta dele, então assim que ele acordar, vocês podem ir. - ele disse com um sorriso no rosto.

- Já estou acordado dr. Bom dia, eu já posso ir? - ele disse agoniado pra sair dali.

- Bom dia rapaz, como você está se sentindo? - ele caminhou até a maca.

- Estou ótimo!

- Então sim, vocês dois podem ir pra casa. Mas antes eu gostaria de te dizer uma coisa Juan.

- Claro, pode falar - ele disse curioso.

- Se eu fosse você, não deixaria uma mulher tão bela escapar - o dr. me olhou com um sorriso no rosto - Vocês dois formariam um lindo casal! Se cuidem. - ele disse indo em direção à porta, depois de ter assinado a alta, e ter livrado Juan do soro.

- Dr. Henrique, pode deixar, eu não vou deixar ela escapar. - ele piscou pro médico, e me olhou com um sorriso conquistador.

- Cala a boca vai Juan. - eu disse segurando o riso.

Eu fui ao banheiro, dei uma ajeitada na aparência e voltei pro quarto, vi que ele já havia se trocado.

- Você tá pronto? - perguntei.

- Tô sim. - ele disse sentado na ponta da maca.

- Então vamos.

Fomos caminhando pelos corredores do hospital em silêncio, até entrarmos no carro.

- Ca... - ele esperou que eu olhasse pra ele pra que pudesse continuar. - Desculpa ter feito você ir atras de mim, e por todo esse transtorno, e mais uma vez, obrigada por ter me salvado. - ele encarava meus olhos, o que estava me deixando desconfortável.

- Não precisa se desculpar, a culpa do acidente não foi sua! E está tudo certo, você está me devendo uma, mas não precisa mais agradecer, está tudo bem. - sorri e liguei o carro.

Ele me explicou o caminho para a casa dele, estávamos parados no semáforo quando o celular dele tocou.

- Alô?
...
- Aconteceu um acidente, mas está tudo bem.
...
- Calma Júlia, eu disse que tô bem.
...
- Tô indo pra casa.
...
- Tô sozinho
...
- Não precisa ir pra lá me ver minha linda,eu tô bem mas eu preciso desligar, tô dirigindo, beijos.

BABACA! Tá sozinho? Eu deveria mesmo ter deixado ele sozinho, queria ver se ele estaria vivo agora.

- Namoradinha não ia gostar de saber que você está comigo? - eu disse irônica.

- Ela não é minha namorada Camila.

- Não? É o que? Porque pra você ter precisado mentir pra ela é porque você teme o que ela acharia de você estar comigo.

- Ela é só um lance. E eu só quis evitar confusão, não temo nada.

- Uhum, tá bom.

Fui o resto do caminho quieta, sem tirar os olhos da pista. Chegamos.

- Pronto, chegamos. - disse seca.

- Entra um pouco. - ele convidou.

- Não, obrigada, vou pra casa, estou cansada. - disse sem olhar pra ele.

- Por isso mesmo, é perigoso você dirigir cansada desse jeito, você dormiu muito pouco e muito mal, sentada naquela poltrona.

- Não tem problema nenhum, eu tô bem, vou pra casa. - disse nervosa.

- Deixa de ser teimosa, não vou deixar você ir, você pode pegar no sono e sofrer um acidente, entra logo. - ele insistiu.

- Tá, tá bom! Mas não vou demorar. - revirei os olhos.

Entramos, e ele foi até a cozinha e voltou.

- Pedi pra Lu fazer um café da manhã pra gente - ele disse sorridente.

- Não precisava, só entrei pra decantar um pouco. - disse sem jeito.

- Precisava sim, saco vazio não para em pé. Vem, ela vai levar pra gente, vamos subir pra descansar um pouco. - ele segurou minha mão e saiu andando.

- Não, vou ficar aqui na sala mesmo. - eu disse parando. - A Júlia não iria gostar de saber que fui pro seu quarto - falei de propósito, querendo provocá-lo.

- Esquece a Júlia, eu já disse, esquece ela e vem. A propósito, eu não vou te agarrar, a menos que você queira. - ele me lançou um olhar safado.

Dei um tapa em seu braço e subimos pra quarto dele.