Uma mensagem mandada para o número errado ou o destino agindo da maneira certa? Isso depende apenas do ponto de vista.
Mas a certeza é que agora que eles se conheceram, a vida de ambos nunca mais será a mesma.
Interrompi nosso beijo, já sem ar. Ficamos alguns segundos nos olhando profundamente, sem dizer se quer uma palavra, o que tinha acabado de acontecer já dizia tudo. Respirei fundo, me recompus e me lembrei de tudo, inclusive do gato do Francisco, que nem devia estar mais me esperando. Olhei pro Juan que estava com a boca entreaberta e a respiração descompassada, me aproximei, passei a língua por seu maxilar até próximo ao ouvido, senti ele se arrepiar com o meu toque.
- Tchau babe, vou continuar a curtir minha noite! - sussurrei e sai.
Fui até o bar e surpreendentemente ele ainda estava lá.
- Desculpa a demora, achei até que você ia ter desistido de mim. - soltei um riso.
- Eu que achei que você tivesse desistido de mim, e tinha caído fora. - ele riu junto.
- De jeito nenhum, tô aqui.
O que te deu Camila? Dois? Em uma única noite? Paris vai ser mesmo inesquecível.
Eu estava com os braços apoiados nele, quando Juan passar por mim com um sorriso malicioso no rosto, mas ao mesmo tento com um incômodo no olhar por eu estar ali com outro. Não me importei nem um pouco. A gente estava conversando, ele também é modelo Francisco Lachowski, e vai desfilar pra Colcci.
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Estávamos nos divertindo muito, conversamos, bebemos, dançamos, nos beijamos, mas a Nah e a Mel apareceram pra estragar tudo.
- Cá, vamos embora, tá tarde - a Natália disse completamente enrolado.
- Já querem ir? - disse olhando o Lachowski, não queria ir embora.
- Ela não tá bem. - a Mel disse segurando a Natália.
- Eu tô vendo, vamos então. - me virei pra ele, e revirei os olhos - Eu tenho que ir.
- Eu também vou, não tem graça ficar aqui sem você. - ele disse, eu vou me apaixonar.
A gente saiu da balada e fomos chamar um táxi.
- Cá - ele me chamou, e me levou um pouco pra longe das duas - Você acha que a sua amiga da conta de cuidar da bêbada sozinha? - ri da forma com que ele se feriu a Nah.
- Acho que sim, por que? - disse sem entender.
- Queria saber se você quer andar pela cidade comigo de scooter. - ele sorriu e apontou pra moto do outro lado da rua.
- É sua? - eu perguntei e ele assentiu - Eu ia adorar - disse empolada.
- Então vamos! - ele pegou na minha mão.
Falei com a Mel, que disse que dava conta da Nah sozinha, e fui. Quando fui colocar o capacete vi Juan me olhar com fúria, provavelmente, ciúmes! Sorri, subi na garupa da scooter, abracei ele com força e saímos pelas ruas de Paris. Que noite incrível.
