34{Melanie}

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Já faz duas semanas que eu estou aqui no Canadá, está tudo correndo bem na medida do possível, eu fiquei péssima com a mensagem que ele mandou aquele dia.

Se eu estou com saudade? É claro, quando ele estava longe nós nos falávamos todos os dias, mas agora perdemos todo e qualquer tipo de contato.

Ele provavelmente desativou as redes sociais mas a turnê continua, hoje eles estão em Omaha, se nada daquilo tivesse acontecido, eu iria no show e no Meet&Greet, eu poderia ir apenas no show, ficar longe do palco e ficar olhando-o de longe, matando um pouco das saudades mas eu não ficaria sem chorar.

Eu estava sentada na cama quando ouvi a campainha tocando. Andei devagar até a porta e quando abri, por impulso eu fechei no mesmo instante.

- Melly, por favor. - só uma pessoa me chama de Melly, exatamente. - Eu preciso te ver. Eu falei que ia manter distância mas eu estou sofrendo.

- Vai embora, Gilinsky. - minha voz saiu fraca, o choro estava instalado na minha garganta.

- Nem que seja para brigar, me deixa entrar. - Eu tenho certeza que ele estava chorando e que eu não ia aguentar por muito tempo. - Eu estou me sentindo o Shawn.

- Por quê? - perguntei curiosa.

- Porque eu escrevi uma música em homenagem a você. - ele falou e eu deixei o choro livre. - É só abrir a porta, mas você é orgulhosa demais para isso. Eu não vou me aproximar demais, eu não vou tentar te beijar, nem fazer alguma coisa que você não queira.

Só de lembrar do toque, do abraço e do beijo dele, eu senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

- Melanie. - ele chamou e eu quis abrir a porta. - Por favor, eu estou com saudade.

Contra a minha vontade, ou nem tanto, eu abri a porta devagar e acenei com a cabeça, mandando ele entrar. Meu olhar não se perdeu do chão da casa até que ele levantou meu queixo.

- Podemos conversar? - ele perguntou e eu assenti, apontando o sofá. - Quando decidiu vir para cá?

- Um minuto depois da briga. Arrumei minhas coisas e vim, sem falar com absolutamente ninguém. - me sentei em uma ponta do sofá e ele se sentou na outra.

- Melanie, ela me chamou para conversar, eu acabei aceitando, conversamos, ela me pediu desculpa e eu falei não, que aquilo não me importava mais e eu só queria você e nada além disso, ela percebeu que tinha paparazzi na rua e foi aí que ela me beijou.

- E você retribuiu. - falei já me exaltando.

- Se acalma, eu não vim até aqui para brigar. E eu não retribui, eu saí de costas na foto não dá para você sair falando assim. Minha felicidade depende de você, sabia?

- Por que você aceitou? - perguntei me referindo a ele ter ido conversar com ela.

- Alguém me convenceu. - ele falou escondendo nomes então eu levantei uma sobrancelha. - O Johnson.

- Ah sim, seu melhor amigo que não gosta de mim. - falei e fui até a cozinha com ele me seguindo.

- Me desculpa. - aquilo foi uma súplica. - Melanie... Eu preciso de você mais do que qualquer coisa. Você sabe bem que a mídia retorce as coisas.

- Eu não consigo!

- Por que não? - ele se aproximou muito.

- Eu não preciso falar. Você sabe o que é.

- Ok, eu sei, eu tirei sua virgindade, prometi que não ia te machucar, fui para a turnê e vacilei com você. Desculpa. - ele falou e eu sequei uma lágrima minha.

- Eu preciso pensar. - me levantei do sofá, indo para a cozinha e ele foi junto.

- Então deixa eu te abraçar pelo menos. Não me diz que não está com saudades. - ele falou e eu parei o que estava fazendo só para perceber que a voz dele estava diferente. - Melly, vem.

- Sua voz mudou.

- É a ressaca. - ele falou eu me virei para ele. - Eu bebi ontem. Ideia do Taylor e do Nate.

- Do... Nate?

- Calma, não foi nada além de vodca com energético. Eu nunca vou entrar no mundo das drogas, eu já perdi um tio para elas. - ele falou e eu não fiz algo além de pular no colo dele e o abraçar.

- Nunca mais faça isso, é a primeira e a última vez que eu te perdoo.

- É sério? - ele perguntou subindo as escadas comigo no colo dele. - Qual é o seu quarto?

- Terceira porta. - falei e logo senti minhas costas na cama.

- Quando você vai voltar?

- Só mais duas semanas. - falei ligando a televisão. - Não está com frio?

- Na verdade, sim. Aqui é bem mais frio.

- Eu trouxe uma coisa. - fui até o guarda roupa e tirei o moletom dele de lá. - Isso é seu.

- Obrigado. - ele vestiu a blusa e me puxou para o colo dele. - Eu te amo.

- Também te amo. - fiquei dando vários selinhos nele, até que nós dois cansamos e nos beijamos de uma vez. - Senti saudades de tudo em você.

- Eu senti mais ainda. - ele nos virou na cama, ficando por cima de mim.

- Não. - dei só um selinho nele e dei um jeito de levantar.

- Deita, eu não vou fazer nada com você. Só uns beijos. - ele falou mas se levantou rápido, falando no telefone. - Tudo bem... Já estou a caminho... Eu sei, tchau.

- Que foi?

- Eu tenho que ir, a turnê não acabou. - dei um beijo demorado nele. - Você não vem? 

- Não. - dei um beijo na testa dele e caminhamos até a porta da frente. - Mas você precisa ir agora, eu volto em duas semanas.

- Eu não vou estar em Omaha. - ele choramingou e eu abri a porta.

- Essa distância não vai acabar com o nosso amor, vai?

- Nunca. - ele me deu outro selinho, nos despedimos e ele foi embora.

Fiquei na sala assistindo Expelled e vários outros filmes aleatórios que estavam na minha lista.

Acabei dormindo no sofá e com a TV ligada, só acordei quando senti meus pelos arrepiarem de frio. Corri para o banheiro, tomei um banho quente e voltei para o quarto, dormindo assim que me deitei e me cobri.

Random Number // J.GOnde histórias criam vida. Descubra agora