57{Melanie}

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Finalmente é sexta feira, está de noite e eu já estou no hospital, encarando a porta dele, hesitando de novo para entrar.

- Olá. - coloquei a cabeça para dentro do quarto e forcei um sorriso.

- Você veio! - um sorriso surgiu no rosto dele.

- Como você está?

- Acho que melhor. - ele olhou para si mesmo e eu neguei.

- Em relação à Madison.

- Melhor, já não é a primeira vez. Sabe o que eu percebi? - ele perguntou e eu me sentei na maca dele. - Como nos conhecemos, Melanie?

- Como você sabe meu nome? Eu não falei.

- A Nat falou, então me conta de nós dois, eu só sei seu nome e sua idade.

- Calma, eu estou nervosa. - falei baixinho e ouvi a risada dele. - Não ri, amor.

- Vai, Melly.

- Tudo bem. Um dia eu recebi uma mensagem, mas bloqueei o número, no outro dia eu recebi outra mensagem de outro número. Você é bem persistente, senhor Finnegan.

- Linda assim eu tinha que insistir, né, fazer o que? - ele falou e eu corei. - Que fofinha.

- Para.

Passei o dia inteiro contando sobre nós, mostrando as nossas mensagens e nossas fotos até que eu ouvi a porta se abrindo.

- Oi doutor. - falei vendo o médico entrar. - Acho que é a minha hora de ir.

- Deixa ela ficar. - Jack pediu e o médico assentiu. - Dorme aqui.

- Eu posso doutor? - perguntei e o homem de meia idade assentiu. - Obrigada.

- Quando eu vou poder tirar o gesso? - G perguntou.

- Só mais uma semana, você aguenta... - o médico falou e saiu.

- Melanie... - ele segurou minha mão e eu o olhei atenta. - Eu... Ahm... Nós... Posso...

- Não precisa terminar. Vem cá. - segurei o rosto dele, nos encaramos por alguns segundos e nos beijamos. - Quando você volta para casa?

- No final da semana que vem.

- Exatamente quando eu vou embora... - falei e ele fechou a cara.

- Fica comigo. Você está de férias, não está? - ele perguntou e eu concordei. - Eu pago a passagem e o cancelamento do vôo que você pagou.

- Jack.

- Eu estou te implorando, Melanie, por favor, fica. - ele fez um biquinho fofo e eu não pensei duas vezes.

- Eu fico. - falei indo até a porta. - Já volto, vou comprar alguma coisa para comer.

- Tudo bem.

Comprei um lanche natural, comi e voltei para o quarto, ele já estava dormindo, então beijei a testa dele e logo dormi naquela cadeira desconfortável do hospital.

Random Number // J.GOnde histórias criam vida. Descubra agora