É normal querer gritar? Não? Tudo bem.
AAAAAAAAAAAAAAAAA.
Já tomei um banho e agora não faço ideia do que vestir, estou encarando meu guarda-roupa há dez minutos. Então resolvi colocar um vestido preto de alcinha que alcançava cinco centímetros antes do meu joelho, coloquei um salto não muito alto, passei um rímel e um batom vermelho. Peguei minha bolsa com o celular, documentos, chave do carro e dinheiro. Me olhei no espelho uma última vez e sorri para mim mesma.
- Vamos lá. Ele não é um bicho de sete cabeças. - Falei para mim mesma e desci até o estacionamento, peguei meu carro e dirigi até o local combinado.
Já são 19:30 e por incrível que pareça, só tem uma pessoa aqui no Starbucks, por mais que ele estivesse de frente para a porta, não consegui reconhecer, já que ele estava de cabeça baixa, mas foi quando ele direcionou o olhar para mim que meu chão desabou.
- Mel? - ele se levantou e eu fiquei completamente calada e sem reação por praticante um minuto todo.
- Não pode ser você, pode?
- Pois é, sou eu. Vem, não vai me dar um abraço? - Gilinsky abriu os braços e eu o abracei com força. - Eu quase te falei que era eu aquele dia no camarim.
- Então foi assim que você conseguiu tão rápido o ingresso, o show era seu.
- Sim. Vem. - ele me puxou para sentar numa mesa mais afastada da porta. - Te ver chorando aquele dia... Doeu tanto.
- Obrigada por me acolher. - Escondi meu rosto nas mãos, mas ele tirou. - Eu estou com vergonha, para.
- Não precisa, linda. - ele riu e beijou minha mão. - Então quer dizer que eu sou a sua droga?
- Não, quando eu disse isso? - me fiz de desentendida e uma garçonete apareceu. - Eu quero um frappucino de chocolate e base creme.
- O mesmo que o dela. - G falou, a menina anotou e olhou de volta para ele.
- Se importa de tirar uma foto comigo? - ela perguntou e ele se levantou de abraços abertos. - Você é tão lindo.
- Obrigado, você é linda também. - os dois tiraram uma foto e eu fiquei pensando que por mais de um mês eu conversei com meu ídolo sem saber.
- Desculpa atrapalhar. - A garçonete saiu e Gilinsky voltou a se sentar ao meu lado.
- Me perdoa por te fazer esperar esse tempo todo para nos conhecermos?
- Tá tudo bem. Eu só sei que falar com você me faz bem. - peguei meu celular e abri o contato dele.
Você alterou o nome de Baby para Futuro marido.
- Que linda.
- Como está o meu nome no seu celular? - perguntei curiosa e ele abriu nossas conversar, me mostrando no topo da tela "Amor".
- Não posta em nenhuma rede social que nós saímos. Eu não quero você recebendo hate das minhas fãs. Mas eu prometo ir te apresentando aos pouquinhos.
- Não precisa. - falei mas ele negou segurando minha mão. - Não precisa, Jack.
- Claro que precisa, você acha que é só isso e acabou? Tá muito enganada.
Ele me abraçou e eu coloquei as mãos no cabelo dele e fiquei fazendo carinho ali até que nossas bebidas chegaram.
- Me conta de você. - ele falou e eu quis negar. - Você deve me conhecer mais do que eu mesmo.
- Sério? Eu não sou nada interessante.
- Por favor. - ele pediu e eu apertei o rosto dele - Ai.
- Desculpa, é que você é muito fofinho. - eu falei e ele levantou a mão para bater na minha perna. - Vamos lá... Na verdade eu sou canadense, mas eu moro sozinha aqui em Omaha, faço aniversário amanhã e curso medicina, nem preciso falar dos meus gostos musicais né?
- Como você conheceu a gente?
- Pela Magcon, eu amava ver vocês, o Cameron, o Nash, o Shawn... Todo mundo. - Falei lembrando do novo tour da Magcon. - Mas vocês se separaram.
- Você não falou de uma coisa, posso perguntar ou você acha muito pessoal. - O olhei atenta. - Seus pais?
- Sofreram um acidente, eu tinha quatro anos, não sei como eu sobrevivi. - limpei uma lágrima que escorreu.
- Desculpa. - ele pediu e eu sorri, como se dissesse tudo bem. - Quer ir para casa?
- Não agora. - falei com as mãos no rosto dele, passando pela barba mal feita e pela sobrancelha grossa e marcante.
- Se eu falar que não quero te largar você vai achar estranho? - ele perguntou e eu neguei. - Eu não quero me soltar desse abraço.
Passamos a noite inteira conversando e rindo até que ele achou melhor eu ir para casa porque já estava escurecendo.
- Te ligo amanhã. - ele beijou minha bochecha enquanto me abraçava e eu fiz o mesmo. - Tchau.
- Tudo bem, tchau. - ele se virou para ir até o carro mas eu o chamei. - Eu amo você.
- Eu também amo você. - ele beijou minha testa e cada um seguiu para o próprio carro.
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Random Number // J.G
FanfictionJack Gilinsky, da Old Magcon, decidiu mandar uma mensagem para um número aleatório, apenas o número de uma garota que tem seus 18 anos e comparada ao do cantor, tem uma vida bem calma. Eles não tem muito em comum, mas é o que dizem, duas peças iguai...