- Oi, amor. - ouvi a voz dele meio abafada porque ele estava deitado de bruços.
- Oi Jack.
- Que foi? Você está brava comigo? - Ele perguntou preocupado enquanto eu olhava para a tela do MacBook.
- Não, desculpa, é que eu estou com medo de perder a minha bolsa de estudos, preciso arranjar um emprego. Além de já estar difícil de pagar o condomínio do prédio.
- Olha para mim. - ele pediu e foi o que eu fiz. - Deixa eu te ajudar.
- Não.
- Ei, eu posso te ajudar, você não precisa ficar se matando. - ele insistiu e eu neguei. - Você já se mata de estudar que eu sei, agora imagina trabalhar, você vai ficar doente.
- Eu já falei não e a resposta final é essa, eu vou arranjar um emprego e pronto.
- E quando você vai tirar um tempo para si mesma? - ele perguntou indo até a cozinha.
- Não sei, mas eu preciso do emprego, amor. É muita coisa para pagar... Tem o condomínio, o carro e as coisas para casa. Eu não quero ficar dependendo de ti, entendeu?
- Mas que saco, Melanie! - Ele socou a parede e eu bufei. - Eu quero te ajudar e só.
- NÃO GILINSKY! Você não pode se estressar, hoje tem show e você tem que estar calmo, nós vamos conversar depois.
- Não desliga, por favor. - ele pediu e eu deixei o MacBook na mesa.
- Quando você volta?
- Vou pegar o avião amanhã cedinho. - ele falou e eu fui para a cozinha procurar um chocolate.
- Preciso ir no mercado, não tem chocolate em casa. - falei indo para o quarto. - Não vou não.
- Por quê?
- Você não sabe o que é ter 1,53 de altura, se eu comer um pouquinho a mais eu fico gorda.
- Não tem academia aí no prédio? Vai para a academia. - G falou e eu revirei os olhos.
- Odeio academia. - me virei na cama e fiquei de bruços com o urso embaixo de mim. - Eu comecei a fazer, mas é chato.
- Pode ser chato, mas no final vai valer a pena.
- Para você é fácil falar, você deve ter uns sessenta só de braço, de perna nem se fala. - Revirei os olhos e ele apoiou o celular em algum lugar e cruzou os braços. - OLHA O TAMANHO DESSES BRAÇOS.
- Para de reclamar.
- Não estou reclamando que você é forte. - falei e nós rimos. - É por causa deles que seu abraço é melhor e mais apertado.
- Não. Meu abraço é melhor porque tem amor envolvido.
- Amor. - chamei a as bochechas dele ficaram avermelhadas. - Você ficou bravo porque eu neguei?
- O que? O beijo? - ele perguntou e eu assenti. - Claro que não, eu realmente apressei as coisas. Você me desculpa?
- Ah, claro que sim. Tem como abraçar virtualmente?
- Ainda não inventaram essa tecnologia. - ele brincou e eu abracei o travesseiro. - Amor, tenho que ir.
- Tudo bem. Tchau, toma cuidado, ok?
- Pode deixar. Tchau. Eu te mando mensagem quando estiver voltando e quando chegar aí.
- Tá tchau. - mandei um beijo no ar e ele mandou outro.
Desligamos a chamada e eu voltei a procurar na internet uma vaga de emprego.
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Random Number // J.G
FanfictionJack Gilinsky, da Old Magcon, decidiu mandar uma mensagem para um número aleatório, apenas o número de uma garota que tem seus 18 anos e comparada ao do cantor, tem uma vida bem calma. Eles não tem muito em comum, mas é o que dizem, duas peças iguai...