Random Number // J.G

77{Jack}

Já tinham se passado 6 meses e eu aprendi a supera-la, conheci Angel no começo do mês, ela é legal, me arranca sorrisos e muitas risadas.

- Oi, Angie. - Eu sempre chamava ela assim. - Que foi? Por que está me olhando assim?

- Eu quero saber, você ainda sente algo pela sua ex?

- Angel... - puxei ela para sentar no meu colo.

- Não Jack, não vai acontecer nada enquanto você não falar o que eu perguntei. - ela cruzou os braços.

- Talvez eu sinta mas eu estou com você, Angie. Deixa isso para lá.

- Eu sou só uma distração? Sou só alguém que você achou para te satisfazer enquanto ela está longe, é isso, não é? - ela saiu do meu colo e eu levantei junto.

- Eu gosto de você, gosto de verdade. - segurei a mão dela e deixei um beijo ali.

- Jack, se ela aparecesse aqui agora. O que aconteceria?

Eu abaixei a cabeça e por um momento imaginei a Melanie ali comigo, deixei uma lágrima de saudade cair e senti um beijo na minha bochecha.

- Foi o que eu imaginei. Adeus, Jack.

- Angie, por favor. Eu não posso perder você também. - segurei a mão dela com força.

- Eu só preciso pensar um pouquinho, Jack, amanhã cedo eu venho aqui.

- Tudo bem. Tchau, Angie. - dei um selinho demorado nela.

- Tchau, Jack. - ela se direcionou até à porta e foi embora.

Eu estava sozinho em casa, Johnson saiu com o resto dos meninos e eu preferi ficar aqui. Fui para o quarto e peguei meu violão e comecei a tocar Stone Cold. Eu só deixei a música sair pelas cordas que eu dedilhava no violão.

- Que foi, irmão? - ouvi a voz do Johnson e olhei para ele.

- Você não tinha saído com os meninos?

- Não desvia o assunto, o que aconteceu? - Johnson insistiu e se sentou ao meu lado.

Essa era a melhor coisa da nossa amizade, existia a brincadeira, mas se um precisasse do outro, sempre estaríamos juntos.

- A Angel me perguntou se eu ainda tinha sentimentos pela Melanie, eu falei que talvez, mas que agora eu estou com ela e é isso que importa. Mas ela me fez imaginar que a Mel estava aqui e...

- Você percebeu que a ama mesmo depois de seis meses. - ele completou e eu apenas assenti. - O amor de vocês sempre foi muito forte, não pode esperar que passe rápido assim. G, você precisa sair um pouco.

- Não, eu não quero.

- Por favor. Vamos, faz uma semana que você não sai de casa. - ele insistiu e eu continuei negando.

- Me deixa dormir. - me virei de bruços e logo ouvi o barulho da porta se fechando.

Tentei afastar alguns pensamentos e finalmente consegui dormir.