Assim que a Nat disse aquilo, eu fui para o meu quarto, tomei um banho e vesti uma roupa normal. Corri para fora sem falar com ninguém, peguei o carro e dirigi até o hotel.
Cheguei na recepção e pedi para subir.
- Preciso fazer uma surpresa no quarto 68, me deixa subir, por favor. - pedi, mas a recepcionista só dava em cima de mim. - Tchau.
Ignorei tudo que ela estava falando e fui até as escadas, subindo os degraus de dois em dois até o sexto andar. Cheguei na porta do quarto dela e bati, me debruçando sobre a parede, eu estava ofegante. Percebi a porta se abrindo e praticamente no mesmo momento ela fechou.
- Melly, por favor. - girei a maçaneta e entrei, encontrando ela deitada de bruços na cama. - Oi, amor.
- Não me chama de amor, Jack.
- Melanie, me desculpa. - me abaixei ao lado da cama e fiquei mexendo no cabelo dela.
- O filho é mesmo seu?
- Sim. - respondi de cabeça baixa. - É verdade que você vai para o Canadá e só volta depois da faculdade?
- NATASHA BOCA ABERTA.
- Então você ia sem se despedir, sem me deixar saber. - limpei uma lágrima e ela me olhou pela primeira vez desde que eu tinha chegado.
- Você tem sua família agora, tem que cuidar do seu filho e da mãe dele, eu já não faço mais parte da sua vida.
- Melanie, eu não aguento mais ficar sem você, eu faço o que for preciso, eu quero, eu necessito ter você aqui comigo. - falei tentando segurar a mão dela, mas ela tirou.
- Jack, vai embora, minha decisão já foi tomada e nem você, nem ninguém pode fazer algo que me faça mudar de ideia.
- Não! - falei completamente autoritário. - Eu não vou deixar você ir, não posso te perder por dois anos, é muito tempo Melanie. É pelo Peter, não é?
- Não. Eu estou voltando pela minha bolsa da faculdade.
- Se o problema é a bolsa, eu arranjo uma bolsa para você em Stanford. - falei tentando manter a calma.
- Não. Não quero ficar. Não vou ficar, pronto. Tchau, sai do meu quarto. - Ela me empurrou até a porta e eu saí.
Desci de elevador, peguei o carro e voltei para casa, todos estavam lá se divertindo então eu quis ir para o quarto.
- Jack, você não vai se trancar naquele quarto de novo. - ouvi meu melhor amigo falando e parei no meio da escada. - Volta, fica aqui com a gente.
- Eu só preciso esfriar a cabeça, vou tentar compor alguma coisa.
- Não! - Johnson gritou e eu me virei para ele.
- Ela vai embora, Johnson, vai deixar a gente aqui sem pensar duas vezes. Como você espera que eu fique? Feliz, é impossível. Eu vou subir e ficar lá um pouco. - praticamente gritei e sequei umas lágrimas no canto interno do olho. - Me deixa, Johnson.
- Gilinsky, desculpa, eu não devia ter te falado. - Nat falou ainda sentada no sofá.
- Foi bom que você falou, ela não ia falar nada para ninguém, só se despedir de vocês e ia embora. Eu vou para o quarto.
Subi para o meu quarto e fiquei deitado de bruços até que acabei dormindo.
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Random Number // J.G
FanfictionJack Gilinsky, da Old Magcon, decidiu mandar uma mensagem para um número aleatório, apenas o número de uma garota que tem seus 18 anos e comparada ao do cantor, tem uma vida bem calma. Eles não tem muito em comum, mas é o que dizem, duas peças iguai...