Eu já estava no carro, no caminho para casa quando começou uma chuva forte, a pista já estava escorregadia e eu tive que frear bruscamente quando vi uma mulher no meio da rua com uma arma apontada para o carro.
- Madison? - perguntei para mim mesma.
Ouvi dois barulhos de tiros e senti o carro ser levado pela água, ela tinha atirado nos pneus, o carro foi levado para a grama ao lado da estrada e junto com o choque do capô em uma árvore, minha cabeça foi jogada na direção do volante e foi aí que tudo se apagou.
[...]
Acordei e senti uma luz forte no meu rosto, ouvia vozes do lado de fora e barulhos sequenciais, olhei ao meu redor, tentando me ajustar à claridade. Me lembro do acidente mas não como eu vim parar aqui.
Um homem de meia idade entrou no quarto e eu deduzi ser um dos médicos.
- Você finalmente acordou!
- Faz quanto tempo? Como eu vim parar aqui?
- Você ficou desacordada por 4 meses. No dia do acidente um carro da polícia estava passando na estrada e viu seu carro.
- Quatro meses? Tem certeza?
- Sim. Temos que fazer uns exames.
Fomos para uma outra sala e enquanto o médico tirava o meu sangue, eu ficava pensando em tudo que eu perdi.
- Doutor, eu preciso fazer uma ligação.
- Você não pode. - ele falou.
- Não vai demorar, eu juro. Só alguns minutinhos.
- Tudo bem, pode usar meu celular.
Ele me entregou o celular e acho que eu nunca digitei um número tão rápido.
- Amor? - chamei assim que ele atendeu.
- Ei, o que aconteceu? Você sumiu.
- Gilinsky... - comecei a chorar. - Eu estou há quatro meses no hospital desacordada desde aquele dia.
- Eu estou indo aí, vou dar um jeito de pegar um avião agora. Sabia que você foi dada como desaparecida? Melly, eu achei que você tinha morrido, o que aconteceu?
- Eu te explico pessoalmente, a história é longa e eu estou no hospital, não dá para falar muito, vem para cá eu te conto.
- Tá, vou tentar pegar o jatinho de um dos meninos.
- Vem logo.
- Daqui uma hora eu chego aí.
- Ok.
Agradeci o médico pelo celular e ele me levou de volta para o quarto no andar de cima. Fiquei passando tudo que pode ter acontecido com as pessoas que fazem parte da minha vida, principalmente na dele. Não vi o tempo passando, só voltei para a realidade quando ouvi o barulho da porta se abrindo.
- Você está bem! - um sorriso surgiu no rosto dele.
- Acho que sim. - falei encolhendo os ombros. - O que aconteceu nos últimos 4 meses? Só as coisas importantes.
- Eu me mudei, você foi dada como desaparecida, 3 dias depois como morta, a mídia me culpa pela sua suposta morte, aparentemente você perdeu a bolsa da faculdade.
- Ah não. É brincadeira, não é? - me referi à bolsa da faculdade.
- Não. - ele abaixou a cabeça.
- Jack, eu quero que você seja sincero comigo... - Falei e ele assentiu. - A Madison foi atrás de você, não foi?
- Foi. Como você sabe?
- Você precisa se acalmar e prometer que não vai fazer nada. - ele segurou minha mão e assentiu.
- Aquele dia eu estava voltando para casa no meio da estrada tinha uma mulher, ela estava com uma arma apontada para o carro, ela atirou nos pneus da frente e como a pista estava molhada, o carro foi levado. - Falei e ele me olhou boquiaberto. - Era a Madison, Jack.
- O que? - ele quase gritou.
- Sh... Estamos num hospital.
- Posso te beijar? - ele perguntou e ao invés de responder eu o puxei para perto e o beijei.
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Random Number // J.G
FanfictionJack Gilinsky, da Old Magcon, decidiu mandar uma mensagem para um número aleatório, apenas o número de uma garota que tem seus 18 anos e comparada ao do cantor, tem uma vida bem calma. Eles não tem muito em comum, mas é o que dizem, duas peças iguai...