76{Melanie}

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- Amor, me deixa levantar. - ouvi a voz dele me chamando para acordar.

- Fica aqui.

- Tenho que ir para casa. - ele falou e eu me sentei na cama. - Você não vai mesmo?

- Não.

- Tudo bem, pode me ligar sempre que precisar, ok? - Ele se levantou e pegou a mochila dele que já estava pronta e foi até a porta.

- Ok.

- Bom... - ele falou quando chegamos na porta da frente. - Talvez seja a última vez.

- Vem cá. - chamei de braços abertos, já chorando. - Eu te amo.

- Eu te amo muito, Melanie. - ele me beijou e nossas lágrimas se misturaram.

Ele já estava quase entrando no táxi parado na porta de casa quando eu o chamei, fazendo ele me lançar um olhar esperançoso.

- Siga em frente em relação a nós. Serão quase três anos, é melhor terminar aqui. - falei mesmo com a voz embargada.

Ele olhou para mim uma última vez, mesmo com os olhos cheios de lágrimas, ele assentiu, deu um sorriso amarelo e entrou no táxi.

6 meses depois

- Peter, para. - ele estava me fazendo cócegas. Pedi rindo quando ouvi o telefone tocando.

- Você de novo? - Gilinsky do outro lado da vídeo chamada e Peter ao meu lado falaram ao mesmo tempo.

- Oi, Gilinsky.

- Eu estava com saudades, mas já que você está ocupada deixa para lá. - ouvi a voz dele e olhei para Peter. - Podem continuar.

Coloquei o celular no criado mudo e me deitei de bruços, Peter colocou a mão nas minhas costas mas eu tirei.

- Me deixa sozinha.

- Melly... - me sentei de volta negando.

- Não me chama de Melly, eu não gosto. - menti, pois só uma pessoa podia me chamar assim. - Vai embora, eu te ligo depois.

Ele beijou minha cabeça e foi embora. Me sentei na cama, peguei o celular e abri o FaceTime, retornando a ligação do Jack.

- Oi... - falei sem graça.

- Vocês estão namorando?

- Não, na verdade somos só... - fui interrompida quando ele desviou o olhar do celular.

- Oi, Angel, que saudade. Mel, vou ter que desligar tudo bem?

- Claro. - Eu ia desligar quando percebi que ele estava levantando da cama e sem querer vi os dois se beijando.

Desliguei aquela chamada e liguei para o Peter de novo.

- Oi, Pet... - falei assim que ele atendeu.

- Oi Mel, desculpa por aquilo agora há pouco.

- Tudo bem. Pode vir aqui para casa? Não quero dormir sozinha.

- Claro. Vou passar numa pizzaria e pegar uma tamanho família para nós dois.

- Nossa, obrigada, Pet. Te amo.

- Te amo mais.

Desliguei o telefone, tomei um banho, vesti uma lingerie e um pijama qualquer, desci as escadas correndo e ouvi a campainha tocando.

- Desculpa ter feito aquilo. - falamos juntos e só assentimos.

Fomos para o meu quarto, nos sentamos na cama e ficamos conversando enquanto comíamos a pizza de peperoni que ele tinha comprado. Não contei o que tinha acontecido quando ele foi embora, seria mais um motivo para não gostar do Gilinsky.

- Coloca um filme. - pedi me deitando no peito dele.

- Conseguiu o trabalho? - Ele perguntou e eu neguei. - Acho que vou dormir.

- Tudo bem, boa noite.

- Boa noite. - Ele beijou minha testa e logo já estávamos dormindo abraçados.

Random Number // J.GOnde histórias criam vida. Descubra agora