CAPÍTULOS 6: Velhos e bons amigos.

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Havia se passado semanas depois do acidente de Pablo, e ele ainda estava no hospital, mas ele estava perfeito, não corria mais nenhum risco. Mesmo assim ele ficou, esse mês me mostrou que eu não conhecia meu primo mesmo, ele é um cara muito amável, e tem um grande coração. E eu gostei, já que eu amo ele.
Pablo ficou no hospital a pedido do doutor Beto, ele queria "examinar" ele e ver se teria uma recaída, mas não precisava ser médico pra saber que Pablo não ia ficar pior, esse doutor me irrita um pouco.
Beto e Pablo se tornaram "Inseparáveis", como se fossem velhos e bons amigos.  Ele não deixava eu ficar sozinho com o Pablo. Um dia eu entrei no quarto e eles estavam muito próximos, e eles nem se importaram com a minha presença. Não que eu fosse um ciumento descontrolado, mas eu gosto dele,é meu namorado, a ideia de ter outra pessoa do lado dele me irritava, esse sentimento era novo, eu nunca tive raiva de ninguém além de Pablo. Era óbvio, eu não queria admitir pra mim mesmo mas estou me remoendo de ciúmes.

— Pablo vou ir em casa preciso me trocar! — Falei ou pelo menos tentei falar.

— E ai meu pai falou que eu estava sendo histérico! —  Falou Beto continuando a história do dia que ele descobriu que o pai dele tinha uma amante. Eu revirei os olhos, como se alguém se preocupasse com a história dramática da vida dele .

— Nossa. — Falou Pablo muito interessado na história dele.

— Eu disse qu... — Continuei tentando falar, mas Beto me impediu de novo.

— Eu disse que ele estava sendo injusto com a minha mãe! — Falou ele triste, Pablo pegou na mão de Beto.

Pronto, aquilo foi a gota d'água. Eu sai do quarto e bati a porta bem forte pra eles saberem que eu estava lá. Meu rosto estava queimando, eu devia ter voltado lá e quebrado o braço de Beto.

— Alô Marta podemos nós ver? — Falei ao telefone.

— Olha quem é vivo sempre aparece, olha gato não posso sair de casa estou com meus sobrinhos, mas vem pra cá!

— Ok vinte minutos eu chego ai. — Desliguei o celular e peguei um táxi. No caminho todo eu fui pensando em Pablo, por que ele estava me tratando assim? Como se eu não existisse pra ele, como se Beto fosse a coisa mais importante agora. Porque ele disse que me amava então? e o pior é que eu o amo, e amo ele cada vez mais.
Era injusto agora Beto tomar a atenção dele, e ele me deixar de lado. Deixei um lágrima cair.

— Ei garoto tudo bem? — Perguntou o taxista.

— Ahn?

— Perguntei se você esta bem!

— Tô sim.

— É por que você estava chorando?

— Porque quando eu tô bem eu choro. — Minha falta de humor era horrível.

— Ué.

— Só presta atenção na rua. — Ele me deu um lenço de papel.

— Você é muito lindo sabia, você é modelo? — Perguntou ele. Eu não estava acreditando que ele estava me cantando, não que ele fosse feio, pelo contrário ele é muito lindo, forte, moreno, cabelo curto e olhos cor de âmbar, muito lindo. Mas um idiota por estar me cantando.

— Não, eu não sou modelo. — Minha voz era ácida.

— E tem namorada ou namorado?

Era incrível como ele parecia cada vez mais interessado. 

— Não vejo como isso possa ser da sua conta!

— Muito difícil alguém não notar você.

Fiquei feliz por ter chegado na casa de marta, e um pouco decepcionado, eu estava começando a gostar de conversar com ele.

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