CAPÍTULO 10: Violência

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      Os dias foram passando, nada de importante aconteceu nesses dias. Eu e Pablo estávamos cada vez mais ligados, as vezes era muito difícil resistir a vontade de ir pra cama com ele, ainda mais agora que Pablo desfilava apenas de cueca na minha frente, tenho certeza que ele quer que eu perca a cabeça, e isso não vai demorar a acontecer.
      Eu estava na minha casa, era muito difícil eu ficar em casa agora, era sempre da escola pra casa de Pablo, da casa de Pablo pra escola e depois pra todos os lugares dessa cidade, nunca na minha casa. Meus pais achavam isso muito estranho, porque até onde eles sabiam, eu não me dava bem com ele.
      Tinha as provas finais, enfim eu ia acabar com os estudos, eu não tinha planos para faculdade, não sei se eu quero ir pra faculdade, o fato de ter que morar em outro país e ficar longe de Pablo fazia esse sonhos se dissolverem. Mas Pablo estava excitado com a ideia de eu fazer faculdade. Eu realmente odeio quando ele sonha meus sonhos.
      Era uma tarde nublada, odiava aquele tempo frio e sinistro, meu celular toca, era um número desconhecido.

EU: Alô
...: Vítor Junior?
EU: Sim é ele, quem é?
...: Uma pessoa que quer te advertir!
EU: Advertir de que?
...: Você está com uma coisa que não te pertence.
EU: Desculpa,mas quem está falando?
...: Em breve você saberá!

O telefone ficou mudo.

      Eu não consegui indentificar a voz da pessoa. O que ela quis dizer quando falou que eu estava com uma coisa que não me pertence? Eu odiava quando esse tipo de coisa acontecia, enigmas não são meu forte. Afastei esse momento da minha cabeça e voltei a estudar.

°°°

      Eu estava arrumando a casa quando meu celular vibra. Era uma mensagem de Carlos, eu olhei tantas vezes para a tela do celular pra ter certeza de que eu estava enganado, mas não. 

*Carlos: Voltei pra cidade e quero te ver.

      Qual era o problema dele? Querer me ver, isso me deixava nervoso, que eu me lembre nosso último encontro não foi nada bom. E isso era um problema porque Pablo me fez prometer não voltar a ver o Carlos. E eu prometi

*Carlos: Ainda espero a sua resposta.

      Eu não podia responder que Pablo não queria que eu o visse. Ele ia rir e não se importar, e ainda é estranho, ele ia dizer que Pablo era meu dono, e eu ia me irritar.

*Carlos: Estou chegando na sua casa.

MERDA.

      Alguém bate na porta, eu fiquei com muito receio de ser o Carlos. Fui abrir a porta, era ele, Carlos estava um pouco diferente, seu cabelo estava louro, ele estava bronzeado e mais forte, muito mais forte. Mas oque me chamou a atenção foi os olhos dele, estavam verdes, ele colocou lente. Ele me lembrou Pablo, então eu tive certeza que Carlos estava com problemas mentais.

— Você não respondeu minhas mensagens.

— Já viu que quando alguém não te responde é porque não quer te ver. — Eu estava tentando fazer ele dar meia volta e ir embora.  

— Eu posso entrar?

— Eu não sei, meus pais não estão.

— Eu não vou demorar, prometo.

— Então entra. — Eu fechei a porta e ele se sentou no sofá.

— Então o que você deseja? — Cruzei os braços.

— Tudo que a Marta me disse é verdade? — Ele me olhou sério, eu não conseguia parar de olhar para os olhos dele. Ele nunca ia poder copiar Pablo, a beleza dele não podia ser duplicada.

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