CAPÍTULO 38: Sequestro

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      O quarto estava todo escuro, eu estava tentando me encontrar. Primeiro eu sabia que esse não era meu quarto, segundo alguém ma atacou. Mas quem?

— Enfim você acordou! — Falou uma voz muito famíliar.

— Carlos?

— Sim.

— Então você veio me buscar?

— Na verdade, fui eu quem trouxe você pra cá!

      Meus pés estavam amarrados na cama, certamente ele sabia que eu ia correr!

— Por que?

— Por que? Porque você é meu!

— Você é doente. — Falei tantando me mover.

— Eu sou doente por você, doente de amor!

— Me deixe ir embora, Pablo está me esperando.

      Ele começou a rir, a risada dele era maligna, me deu medo.

— Ele não vai te esperar, não depois da carta que você escreveu.

— O que? Que carta? Eu não escrevi nada.

— Eu sei, eu te poupei o trabalho e eu mesmo escrevi.

— Você o que? — Eu gritei

— Calma amor você não precisa se exaltar!

— EU NÃO SOU SEU AMOR!

— Você fala isso agora, mas vai me amar. — Ele estava calmo e tocou no meu rosto.

NARRAÇÃO DE PABLO.

      Eu estava na frente da casa do Vítor. Já era sete horas e ele não apareceu. Já estava apreencivo. Vítor nunca se atrasava.
      Desci do carro, estava muito frio. Toquei a companhia da casa. Ninguém estava, mas a porta se encontrava aberta. As luzes todas estavam apagadas isso era estranho. Subi a escada que levava para o quarto de Vítor, a porta do quarto estava escancarada, havia luz no quarto, mas Vítor não estava lá.
      Um bilhete na cômoda me chamou atenção. O peguei e abri.

Pablo
Quando ler essa carta já estarei bem longe daqui, fugi com o Carlos, ele sim é o homem da minha vida, você só me fez sofrer, então eu fugi para que você parasse de me fazer mal!

Assinado Vítor.

      Eu estava tremendo, mas vários motivos me fizeram acreditar que essa carta não foi escrita pelo Vítor. Primeiro que a letra nem era dele, e a pressa que a carta foi escrita demostra que alguém tinha urgência de sair daqui. Algo aconteceu com Vitor.
      Eu já tinha juntado todas as peças, Carlos o sequestrou aquele filho da mãe. Mas pra onde ele o levou?
      Meus tios estavam na sala agora, vi uma surpresa nos olhos deles.

— Boa noite querido! — Falou minha tia

— Oi tia.

— Cadê o Vítor?

— Ele não está. — Tentei parecer calmo!

— Que estranho ele não sai a essa hora. — Falou meu tio. E cruzou os braços, ele sabia que algo estava errado.

— Ok. — Eu disse. — Sejam fortes mas acho que Vítor foi sequestrado. — Minha tia desmaiou, continuei no lugar, isso é oque sempre acontece.

— Onde está meu filho? — Meu tio veio pra cima de mim e agarrou minha camisa.

— Se acalme tio!

— Como quer que eu me acalme? Meu filho pode estar ferido ou…

— Não fale! — Eu me soltei dele. — Ele não está morto.

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