CAPÍTULO 41: Despedida

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      Acordei no outro dia todo cheio de fios. E irritado, eu estava em um quarto de hospital, e o pior, eles me tratavam como se eu estivesse a ponto de morrer.

— Precisa disso tudo doutora?

— Sim, é só pra alguns testes.

— Não lembro de ter virado cobaia. — Cruzei os braços zangado. A médica sorriu.

— Bom, já que você está de mal humor não vou permir você ter visitas.

— Não, por favor, alguém veio me ver?

— Ah sim, um homem muito mal-humorado está lá fora, o nome dele é Pablo. — Eu sorri.

— Deixe eu ver ele, por favor.

— Tá bem.

— Doutora, o que aconteceu com o outro garoto que veio comigo?

— Ele está bem, dei alta pra ele a alguns minutos. — Eu fiquei mais irritado agora, Robert estava pior que eu.

— E quando eu saio daqui?

— Eu vou cuidar disso garoto mal-humorado. — Ela saiu pela porta. Eu relaxei, em minutos Pablo entraria por aquela porta e vai me matar.

— Vítor Junior Oliveira Ramos.

— Eu mesmo. — Sorri para ele.

— O que deu na sua cabeça de me trancar no banheiro e roubar meu carro?

— Eu agradeço se você puder se acalmar. — Pablo andava de um lado para o outro. — Eu não tive escolha, Katarina não queria que você fosse.

— E o que aconteceu?

— Bem, como você vê eu levei um tiro, e ela esta morta. — Pablo olhou para minha cara espantado. — Não, eu não matei ela, Berta a matou.

— Berta? Eu nunca pensei que ela pudesse ser perigosa. — Pablo se sentou na cama. — Mas que bom que você está bem, e Robert?

— Ele ganhou alta. Eu quero sair daqui também. — Resmunguei.

— Seus pais estão atrás de você, o que vamos fazer com a sua perna?

— Posso falar que cai. — Pensei, meus pais iriam achar isso muito normal, ainda mais porque eles conhecem o filho deles tão bem. A porta foi aberta e a médica entrou sorridente.

— Boas notícias, você já pode ir embora. Vai ter que usar muleta.

— Tudo bem, eu só quero sair daqui. — Sorri.

— Vamos lá. — Pablo me ajudou a ficar de pé, eu me vesti e sai do quarto feliz. Fiquei no hospital apenas um dia, mas foi mais que suficiente pra mim. Dentro do carro Pablo não parou de falar comigo.

— Olha vamos ter que ajudar Berta, ela não pode ficar sem defesa.

— Eu sei, eu prometi a ela, e tenho medo dela querer se vingar se eu não cumprir a promessa. — Rimos.

— O que Katarina te disse?

— Que você e Robert tiveram um caso. — Eu olhei para minhas mãos, eu não queria causar uma confusão entre nós dois, no fim eu não ligo para oque ele foi no passado, ou com quem esteve.

— Oh, eu devia ter contado.

— Não, tudo bem, eu não ligo.

— Eu sei, mas mesmo assim, devia ter contado pra você não ter sido pego de surpresa. — Eu fiquei calado, na verdade não queria ouvir ele falar, eu não ia gostar, eu sinto um cíume tão grande que me da raiva quando Pablo fala que já estave com outros. Eu fechei os olhos. — Quer que eu te leve pra sua casa?

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